Resenhas - Nos olhos de quem vê

Prim 03/12/2022

A história é da Helô, mas é minha também
Quanto mais eu leio livros e quadrinhos como esse, mais forte eu me sinto. Mais liberta e mais segura. Segura de mim mesma e do meu eu no mundo, na sociedade. Do quanto eu posso escolher e do quanto as minhas escolhas são válidas (e que não precisam da validação de outra pessoa). Não estou sozinha!
Os erros e acertos são meus, sim, as consequências também. Mas consequências nem sempre são ruins! Resultados podem ser negativos, positivos... ou neutros (?).

Apesar de o quadrinho ter o enfoque nos questionamentos sobre padrão estético, o peso dele é muito maior do que esse (vamos lá, gente, não tenham medo do peso das coisas! Ou, pelo menos, vai com medo mesmo, a vida é mais generosa do que você imagina).
Sob o meu olhar, enquanto lia, pensei bastante no ouvir (risos dessa frase, mas é assim mesmo). No se reconhecer com (não "nas") outras pessoas. No perceber que a minha história se entrelaça com a de outra pessoa 'desconhecida'. Se abrir para ouvir as vulnerabilidades do outro e vice versa é a chave para a liberdade e a segurança.

Eu gostei muito da arte, da forma como a Helô contou as inseguranças dela, do modo como ela reagiu e se fez ouvir através da arte dela. Gostei do humor, da realidade, da sinceridade, das vitórias (e me reconheci nas tristezas)
Acho que vou sair dando de presente esse livro para as minhas amigas e amigos.

b.evermore 16/04/2023

Esse livro é o tipo de leitura que deveria ser obrigatória para todas as meninas e mulheres ao redor do mundo.
A Helô nos trouxe as inseguranças dela, que também são as da maioria das mulheres que cresceram em uma sociedade e sistema que espera que meninas e mulheres não aceitem seu próprio corpo. E dentro dessa hq isso é explorado de uma forma clara e necessária.
Eu gostei muito desse livro, gostei da arte e gostei de como a autora abordou tantos temas sensíveis que tocam onde dói.

Hilaritssa.Moura 16/12/2022

queria e não queria ler
eu sabia que ia ter emoções fortes ao ler esse livro e confesso que demorei um pouco a tomar coragem. É impossível não se sentir nas páginas, não sentir nada, esse livro me tocou de maneiras que nem consigo descrever, com certeza irei ler de vez em quando, para me ajudar a fixar certos pensamentos. Obrigada Helô, que livro excepcional

Vitoria 07/02/2024

Sociedade
Acho que o maior aprendizado que tirei deste livro foi o quanto, se nos submetermos, pois somos capazes de nos equipar somente de coisas que nos fazem bem (depois de muito esforço mental e algumas sessões de terapia) o quanto a sociedade tem um papel crucial na nossa construção de imagem, na nossa aceitação, nos nossos desejos, e o quanto tudo isso impõe um peso sobre mulheres tão jovens que se cobram tantas coisas sem a mínima necessidade. Com certeza temos dores distintas mas com o mesmo peso no final, mágoas por pensamentos intrusivos e obsessivos sobre nós mesmas?O livro inteiro diz: SE AME.

Kelly.duarte 20/05/2023

Estou lendo essa HQ em uma leitura coletiva que entrei, e que surpresa maravilhosa!!! Me emocionei em várias partes, e me vi em quase tudo!! Tudo na vida depende de quem vê mesmo! Enquanto deixarmos de nos amar para agradar essa sociedade machista, misógina e preconceituosa não vamos nos encontrar e nós autoconhecer, pois nós mulheres, somos lindas, únicas e especiais cada uma do seu jeitinho!

Bru | @umoceanodehistorias 14/01/2023

Necessário
Sabe problemas com autoimagem? Esse livro vai tratar exatamente isso.

A autora, Helô D’Angelo, compartilha questões pessoais que viveu na sua infância, adolescência e vida adulta e é extremamente doloroso acompanhar isso, principalmente, para quem já enfrentou as mesmas coisas.

Helô vai trabalhar o fato de não ter tido apoio por conta do cabelo enrolado, por ser pressionada a se depilar, emagrecer se enquadrar em um “padrão” estipulado pela sociedade.

Como disse, é uma leitura dolorosa para quem passou/passa por situações semelhantes, mas, ao mesmo tempo, é uma leitura que nos faz perceber que nem sempre as coisas são realmente ruins e pode trazer coisas boas, apesar de tudo.

Eu chorei por dentro lendo essa HQ, senti muita dor por ver que vivi/vivo coisas parecidas, assim como diversas outras meninas e mulheres. É triste como nossa sociedade se sente no direito de impor coisas para os outros, quando nem eles seguem, mas, o pior de tudo, é como tudo é uma cadeia, nossas mães, avós, bisavós etc., viveram isso e foi isso que souberam ensinar.

Nos olhos de quem vê é um alerta de que podemos fazer diferente. De que PRECISAMOS fazer diferente.

Por favor, leiam esse livro e obrigada Helô por ter escrito esse livro e colocado tudo o que viveu em palavras/imagens.

site: https://www.instagram.com/p/CmPjIOrPdtQ/

Rosana Miyata 15/08/2023

Me reconheci em algumas passagens e consegui sentir a "verdade" da autora.
É uma HQ muito boa, levanta várias questões importantes sobre aceitação, modelos, sociedade...mas achei que faltou alguma coisa.

Ana Carolina Andrade 29/11/2022

Importantíssimo para TODAS as pessoas
Num primeiro momento esse livro pode parecer (especialmente para pessoas mais tradicionalistas) relevante apenas para quem foge do padrão - para quem ?não consegue? ou ?não se esforça? para ter o corpo certo, a pele certa, o cabelo certo; para quem cansou de perseguir esses ideais e passou a advogar a favor da aceitação. E, de fato, esse livro é extremamente relevante para essas pessoas.
Mas o segredo que cada vez mais se torna conhecido é: ninguém consegue se encaixar no padrão de beleza exigido. E mesmo quem chega perto continua se cobrando e continua insatisfeito por ainda ter alguma coisa fora do lugar.
Nesse livro extremamente honesto e vulnerável, e com suas ilustrações impecáveis e precisas, a Helô escancara a armadilha inescapável de um padrão de beleza construído para nos aprisionar.
O livro é relevante para quem sofre com essa busca inacabável, para quem convive com quem sofre com a mesma, para quem usa dela para ferir outras pessoas, para quem quer continuar nessa busca.. Ou seja, o livro é para todas as pessoas.
Você quer depilar seus pelos? Você quer mudar o cabelo? Você quer tirar aquela gordurinha que te incomoda? Fica à vontade! A lição é: você não precisa, mas se você quiser tudo bem. E, principalmente, se outra pessoa não quiser, não é seu papel julgá-la ou tentar convencê-la do contrário.

Aline Araujo 02/12/2022

Fantástico, lindo, necessário
Eu sou muito fã de quadrinhos, especialmente nacionais!

Esse aqui é um quadrinho que eu recomendaria para todas meninas e mulheres que eu conheço, especialmente as adolescentes.

A autora relata, através das próprias lembranças, como foi sua adolescência (e vida posterior) afetada pelos padrões de beleza, e através desses relatos ela nos conduz a refletir sobre nós mesmas.

Eu adorei! 5 estrelas merecidíssimo!!

Alana 11/08/2023

Um HQ que nos faz refletir como a opinião dos outros nos faz mudar nossas visões sobre como somos e como vivemos. Já ouvi muitas das frases descritas e também me cobrei muito sobre não ter liberdade de ser eu mesma devido ao julgamento dos outros.

Larissa 09/07/2023

Através de frase e tiras vemos como somos dependentes da opinião alheia. Nosso corpo, nossas ideias estão sempre pendentes de aprovação. E a dificuldade imensa que é se desvincular de tudo isso e se amar da forma que é.

Karine 30/12/2022

Deveria ser leitura obrigatória
Pode ser doloroso refletir sobre nosso corpo e como a sociedade olha para ele? Com certeza, mas é necessário pensar o quanto os padrões de beleza têm afetado nossa auto estima. Embora os temas abordados (pele, cabelo, peso, etc) não sejam novidade para mim, saber da relação pessoal da autora com eles foi um toque especial para o livro, já que nos convida a refletir sobre coisas que talvez nós não passamos, mas dezenas de outras pessoas passam.
O fato de ser em quadrinhos torna a leitura ainda mais dinâmica e especial, amei demais e recomendo muito!

Carla.Ligia 18/10/2023

Um quadrinho que me representa
Hoje, aos 39 anos, olho minhas fotos de infância, adolescência e juventude e vejo como era magra. Mas toda a minha vida fui considerada gorda (que estou de fato agora, kkkkkk).
Aprender a se amar, mesmo com as críticas externas, que alimentam a cobrança interna de forma irreal, é um processo.
Recomendo a todas as mulheres, de todas as formas, cores, amores e origens.
Um pouco mais de carinho com nós mesmas faz toda a diferença??????

Kailany 15/12/2023

Amor????
?"Se simplesmente NÃO existissem revistas e filmes mostrando peitos eternamente redondos e empinados, VOCÊ acharia seus peitos "caídos" esquisitos?"?

Que autora genial, incrível e maravilhosa, o meu pecado foi não ter lido esse livro antes. Que ensinamentos grandes esse livro tem, repleto de reflexões sensatas.

Acho muito lindo como todos os assuntos desse livro foi abordado, a questão do peso, dos pelos no corpo, dos seios, do cabelo e da pele. Problemas com a autoimagem, autoaceitação e autoestima.
Quem nunca se comparou a padrões irreais n é mesmo? E a troco de quê?
Como são lindas as mulheres que sabem que são bonitas, sabem que são insubstituíveis, sabem do seu valor, da sua palavra e da sua imagem.

?É triste ver "famosas", pessoas conhecidas em redes sociais que apenas fazem "sucesso" por conta do corpo. Aaahh aqueles corpos que vemos que é de academia, tem algum procedimento estético? Talvez. Mas é desgastante ver apenas essas pessoas ganhando fama, ganhando reconhecimento, ganhando atenção(apesar q a maioria do público é macho escroto), onde são as únicas que parecem ou melhor, merecem ser ouvidas e vistas. Onde apenas 30% do conteúdo é mostrado e 70% é para corpo. Como se tudo que resumisse a mulher hoje em dia, fosse o corpo e beleza. Não sei onde o mundo vai desse jeito, mas quero estar o mais longe o possível dessa realidade porca.

"Na real, me dói pensar naquele mulher tão forte, tão incrivelmente independente, sentindo que seu corpo só seria merecedor de amor e admiração ao ser alterado cirurgicamente"

BibiCourty 07/12/2022

Fico pensando como deve ter sido difícil para a Helô se abrir tanto sobre algo tão íntimo que é o próprio corpo. O livro é bem humorado, mas também tem suas partes densas. Fiquei pensando nos próprios julgamentos que tenho sobre meu corpo e que alguns achava até normais, mas agora percebo que isso vem de uma construção social. Mas entender de onde vem essas exigências malucas que a sociedade impõe no corpo alheio de certa forma me deixa pelo menos um pouquinho mais confortável em burlá-las.