Retratos do Ribeira

Retratos do Ribeira Paulo Jolkesky e Ricardo Martinelli




Resenhas - Retratos do Ribeira


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Guilherme Amaro 09/10/2023

Retratos do Ribeira
Livro Retratos do Ribeira: Paulo Jolkesky e Ricardo Martinelli, 2022, contém 365 páginas, editora Funarte.

Retratos do Ribeira, de Paulo Jolkesky e Ricardo Martinelli, um trabalho de dois fotógrafos, conhecendo pessoas acolhedoras, paisagens encantadora, homenageiam a preservam a memória por meio das artes visuais (fotografia e narrativa), a uma região única, escondida no canto do Vale do Ribeira, com sua insistente Mata Atlântica escondendo uma paisagem esplendorosa e um misterioso mundo subterrâneo, seja pelos olhares, gestos e tradições de um povo acolhedor. Sorrisos largos revelam uma simplicidade impar, convidam a um passeio por manifestações culturais e religiosas. Povos originários são aqui revelados, pescadores, crianças em seu caminhar pela ingenuidade ou anciões forjados pela sabedoria da vida. Casarios que contam a história pregressa de um país moldado pelos europeus se misturam a casas de paredes de taipa modeladas por mãos resistentes e fortes. Um povo de pele escura e alma colorida é dignamente homenageado em mais de duas centenas de fotos monocromáticas, cuidadosamente produzidas ao longo de sete anos.

Destaques para algumas fotografias:
Festa de Nossa Senhora do Livramento, na qual fiéis se atiram no rio (embarcações, boiacross, entre outros), para acompanhar a Nossa Senhora do Livramento.
Rio Ribeira do Iguape, percorre dois estados, um rio que atravessa o maior remanescente fé Mata Atlântica do Brasil, 470 quilômetros.
Aldeias Indígenas, quilombos, pescadores.

"Para nós, o Rio Ribeira de Iguape é isso: uma estrada viva, uma imersão cultural sem paralelo, local impar, para onde tivemos o privilégio de apontar nossas lentes e compor fotografias com a humanidade em primeiro plano, tendo como pano de fundo a natureza e a riqueza imaterial que pe ra sobre aqueles vales. Após conhecer as entranhas de cada curva e corredeira, fica evidente que o Ribeira une as mais diversas culturas, funcionando como uma grande artéria, nutrindo tudo e a todos com suas águas calmas, porém exigentes, deixando claro que sem ele nada existiria."

Como espeleólogos, mapeando e fotografando cavernas no Alto Ribeira. Desse ponto, dali de tal praia, começon um fluxo inverso à correnteza do rio aquele dos desbravadores, que desde os primeiros anos da colonização portuguesa usaram essas águas calmas para navegar terra adentro. Nas serras, abriram pica rotas de tropeiros trazendo década por década e século após século novas marcas humanas em meio as florestas e matas dsse caminho do homem, fluindo ao revés das águas, é o que escolhemos para mostrar estes retratos, por entender que a força do homem está em desafiar seus limites. Nosso relato então começa ali nas areias, com a água doce misturada ao mar, e termina nas serras.

Mais ao final, o antropólogo Antonio Diegues nos conta a saga do homem naquelas terras desde os tempos do descobrimento, e pode-se dizer, de certo modo, que o Brasil praticamente começou ali."
Pg 32 e 33.

A ocupação humana e os ciclos econômicos:

A diversidade cultural A região do Vale do Ribeira e do litoral é de grande diversidade cultural de povos e comunidades variadas que mantém uma estreita relação com o próprio rio e seus afluentes, dos quais dependem em sua luta pela sobrevivência. Nela, encontram-se povos indígenas como os Guaranis; os caiçaras, e os demais descendentes de indios (sobretudo dos Carijo), portugueses, negros, caboclos e caipiras, no Alto e no Médio Ribeira, além de inúmeros núcleos quilombolas, remanescentes da mão de obra escravizada usada nas monoculturas e na mineração. A esses grupos humanos vieram se juntar, mais tarde, outros migrantes europeus, como suíços, franceses, alemães, italianos, norte-americanos e japoneses.

Essa região está entre as primeiras colonizadas pelos ibéricos, tanto espanhóis quanto pelos portugueses, no inicio do século XVI, disputaram a posse dessa terra de fronteira. Esses colonizadores encontraram os povos nativos de origem Tupi que tinham sido precedidos por outros povos. Essa região era habitada, à época dos descobrimentos, pelos Tupiniquins entre São Vicente e o sul da região lagunar (Hans Staden menciona a presença deles no Superagui) e pelos Carijó a partir dali. A contribuição dos povos indígenas foi essencial para a constituição dos falares locais, fauna, flora e instrumentos usados para a caça, a produção de farinha de mandioca.
A história da colonização do Vale do Ribeira e do litoral começou em 1551. quando Martim Afonso de Sousa ancorou seus navios na Ilha do Bom Abrigo, em frente à Ilha do Cardoso, onde
deixou um marco, mas é possível que expedições anteriores tenham aportado ali . A busca do ouro iniciou em 1531, quando Martim Afonso organizou uma expedição de 80 homens que subiu os rios mas nunca mais retornou." Pg 341

em 1531, quando Martim Afonso organizou uma expedição de so homens que subi

se nunca mais retornou. O ciclo do ouro começou, no entanto, por volta de 1550, quando for

"As áreas naturais protegidas O Vale do Ribeira e a zona litorânea paulista abrigam a maior extensão continua ainda conservada da Mata Atlântica no Brasil." pg 350

Alguns pontos negativos, poderiam dar destaques e fotografaren a Reserva Betari, pássaros da Mata Atlântica, cavernas, centro histórico de Iporanga.
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