A Hora dos Ruminantes

A Hora dos Ruminantes José J. Veiga




Resenhas - A hora dos ruminantes


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Valnikson 23/01/2016

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: A Hora dos Ruminantes
O goiano José J. Veiga ingressou um pouco tarde na carreira literária, aos quarenta e quatro anos. Ademais, ele logo foi saudado pela crítica e pelo público por sua prosa singular, dotada de questões incisivas aliadas a uma abordagem bastante lírica. Formado em direito sem jamais ter exercido a profissão, foi tradutor e jornalista, trabalhando em diversos veículos impressos, também se destacando como locutor e comentarista no serviço brasileiro da rádio BBC de Londres. A experiência em suportes periódicos trouxe ao texto veiganiano a preocupação em ser simples e direto no trato do escrito lúdico. Considerado o romance mais importante do autor, 'A Hora dos Ruminantes' traz como cenário um lugarejo interiorano fictício cuja população vê sua pacata rotina ser alterada por acontecimentos inexplicáveis. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2016/01/23/52-a-hora-dos-ruminantes/
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Inlectus 14/02/2016

Bom.
Bem doido, interessante.
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Pedro 07/04/2016

Manarairema vai mudar. A chegada de misteriosos visitantes, vindos não se sabe de onde, arrepia a pacata cidade de maus presságios. O povo não sabe o que querem os forasteiros, o que fazem, por que não falam com ninguém. Com a intriga instalada, a cidade se vê na iminência do caos. Após a chegada dos visitantes, Manarairema é tomada por uma invasão de cães arruaceiros, aparentemente pacíficos, que deixam a população acuada. Depois, surge uma massa de bois, os ignóbeis ruminantes, sitiando a cidade. Escrito em 1966 pelo sempre genial José J. Veiga, sob a sufocante atmosfera da ditadura instaurada, A Hora dos Ruminantes é o retrato de um Brasil que se repete, acomodando tensões ou simplesmente varrendo-as para além da memória.
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Vic 29/08/2016

Realismo Fantástico Brasileiro
No livro A Hora dos Ruminantes, de José Jacinto Veiga, tudo muda na pacata cidade de Manarairema quando visitantes misteriosos chegam e montam acampamento próximo à cidade.
Essa é uma rara obra brasileira em que o realismo fantástico é bem representado. Leitura fácil e gostosa, pode-se devorar esse livro em um dia.
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Clara Vellozo 09/12/2016

Muito bom!
"História original e estranha sem sair da singular estranheza da nossa própria realidade. Ou, o definiu um crítico, um autor que nos faz lembrar o realismo mágico ou surrealista, criando uma realidade bem brasileira, usando o nosso coloquial localista, como se estivesse escrevendo literatura regional."

Como é bom ler a nossa literatura brasileira e melhor ainda quando é um dos seus gêneros preferidos, nesse caso, o Realismo Fantástico. Apesar do autor não considerar a sua obra como tal, a singularidade inventiva de José J. Veiga nos cativa desde os primeiros momentos em que o real e o estranho se misturam. Sua escrita é muito bem elaborada, consegui vislumbrar o que ele descrevia e isso é fundamental para mim enquanto leitora. Um livro que causa uma transformação interior quando você o conclui merece destaque na prateleira.
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lari8 24/08/2020

Tá, mas cadê o resto?
Você tem uma visão ampla dos moradores e da cidade como um organismo vivo. Logo, sente apreensão quando chega um bando de arrombado pra fazer sei lá o que nela, e nisso sendo mal educados, e abusando psicologicamente dos moradores.
Cada um deles que conviveu com os pestes dá uma versão de como é o acampamento deles e você vai se enchendo de expectativa.
Pra depois toda ela ser jogada no ralo com um desfecho sem sentido e sem explicação.
A narrativa é envolvente e instigante, e o enredo tinha tudo pra ser ótimo, pena que ele não teve desfecho. Simplesmente deixou de existir.
Passei tanta apreensão pra depois passar raiva.
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Gladston Mamede 07/01/2018

Gosto de A Hora dos Ruminantes, uma história surreal mas com sombras claras sobre a realidade: a invasão do cotidiano, a aceitação por educação ou comodidade, o reconhecimento das coisas simples da vida ("A Amizade é uma estrada de ida e vinda.") que as pessoas esquecem, largam, deixam-se subtrair. Gostei do livro.
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Eduarda Graciano do Nascimento 12/05/2018

A hora do desconforto
A pacata cidadezinha de Manarairema, no interior do país, tem sua paz perturbada quando um grupo de forasteiros se apossa dos arredores da cidade e monta lá um acampamento. Esse é só o primeiro de uma série de estranhos acontecimentos. Após isso, o local é tomado por uma vasta e misteriosa matilha. Quando tudo parece estar voltando aos eixos, uma boiada toma conta da cidade e impede os moradores de retomarem suas vidas normais.

Narrado em terceira pessoa, o romance de Veiga – que por sua extensão poderia até mesmo ser um conto – não pode ser descrito em primeiro lugar como outra coisa além de desconfortável. O estranhamento que causa o grupo de pessoas que se instala do outro lado da cidade nos moradores é o mesmo que causa em nós, leitores. Eles encaram esses forasteiros com uma curiosidade quase humilde e sua reação diante desse povo é no mínimo interessante.
O livro é dividido em três partes, denominadas “A Chegada”, “O Dia dos Cachorros” e “O Dia dos Bois” (esse último meu favorito, por sinal) que marcam os três grandes acontecimentos que mudarão a vida dos moradores dessa cidade.

Amei a escrita do autor e o retrato realista dos diálogos e das relações humanas. O realismo encontra o fantástico quando nos deparamos com as situações absurdas que vivem os personagens. A descrição dessas situações e das reações das pessoas diante delas soa quase poética, sem perder a fluidez.
Com personagens muito humanos (daqueles que você percebe que conhece mesmo alguém assim), José J. Veiga nos cutuca e incomoda, nos faz refletir sobre relacionamentos, rotina, caos e, é claro, o tempo. Preciso dizer que amei o final da obra. Um parágrafo que vale por ela toda. Mais do que recomendado! E o melhor: dá pra ler em uma “sentada”.

site: https://www.cafeidilico.com/2018/04/a-hora-dos-ruminantes-jose-j-veiga.html
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Juraski 19/11/2019

Agradável Surpresa
Abri o livro sem esperar nada dele. Peguei-o somente porque nada estava fazendo e comecei a bisbilhotar numa estante cheia de livros.
Agradou-me desde a primeira página. O estilo do autor nesta obra é muito agradável e a forma como retrata a vida, as idéias, a cultura, o modo de falar de uma comunidade nos confins do Brasil, na década de 50 é muito interessante.
Durante a narrativa o autor vai criando um clima de suspense tão bem elaborado que mais de uma vez me vi tentado a olhar o final para desvendar o mistério.
A passagem na qual os cachorros invadem a vila é totalmente G. G. Marques.
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Erica 10/04/2020

Delicadeza escondida
A hora dos ruminantes
José J. Veiga
(minha edição é de 1974, Círculo do Livro, sem isbn)

Estranhos montam acampamento nos limites da cidade de Manarairema, gerando curiosidade. Mas logo o sentimento se transforma em apreensão, depois em angústia, os estranhos se aproximam aos poucos e sempre ameaçadores, disseminando medo. Logo a cidade também conhece novas aflições, como uma invasão por cachorros e depois por bois.
A sensação de aflição e opressão cresce em contínua tensão.

Literatura fantástica no Brasil, composto em terceira pessoa, os vários diálogos dão leveza e agilidade, e as descrições e narração são de grande beleza. Na obra, a sensação é de opressão, que pode ter tido origem no momento em que vivia o escritor (a Ditadura) mas que também encontra seus ecos no sentimento de opressão que a todos nos ocorre, nos momentos da vida em que nos enchemos de medo e admiramos a coragem alheia que a nós nos falta, e como mudamos e somos construídos e moldados por nossas ações.

A linguagem é rica em construções, grande variação vocabular, e lembram a oralidade e também as cidades do interior.

“Que força teria conseguido transformar aquele homem inteiriço nesse inútil feixe de medos?” (minha edição é de 1974, Círculo do Livro, p. 76)

“O silêncio do largo lembrava a tranquilidade antiga mas vinha misturado com uma espécie de cheiro de perigo iminente. Uma borboleta grande azul-pomposa entrou tonta na oficina, esbarrou de raspão na parede, pousou no cabo de uma enxó. Os dois olharam para ela encantados, como se nunca tivessem visto uma borboleta igual, ou talvez estranhando que ainda pudesse haver borboleta no ar” (p. 82)

“Mas será que não entra a força da vocação? [...] E será também que o costume de lidar sempre com o mesmo material entra ano sai ano não vai influindo na alma da pessoa, contagiando moleza ou dureza? Reparando bem, parece que cada um vai apanhando cara do ofício que desempenha. [...] As mãos do carpinteiro, o corpo, a alma do carpinteiro, não podem ser mais brutos do que a madeira. [...] Ferreiro trabalha fazendo, não desmanchando; e se desmancha é para fazer de outro jeito. Na brutalidade do ferreiro tem uma delicadeza escondida” (p. 94)

Sobre o nome da cidade, que muito se é repetido, gostaria de saber o que levou o escritor a criar o nome “Manarairema”, seria uma alusão ao “maná” que cai do céu na história da Bíblia, e que o povo (mais passivo do que ativo), tende a esperar que a solução caia do céu do que agir para mudá-la? (se tiver uma teoria, me mande)

---- Uma amiga me enviou:
"A poética de J.J. Veiga apresenta uma transitividade que se manifesta também na criação das personagens, e dos nomes próprios. A sonoridade do nome Manarairema levou à pesquisa de um dicionário de tupi: mana~ espreitar, vigiar,
espiar; ra'i-ra'ir =prole, ninhada; ram =sufixo de futuro ou rêm-ahi = apodrecer. Procurando sobrepor os sentidos à história de A Hora dos Ruminantes, Manarairema seria 'a ninhada que será vigiada' ou 'a prole sob espreita apodrece'... Não traduz, mas aproxima sentidos plausíveis.". [AGOSTINHO POTENCIANO DE SOUZA, UM OLHAR CRíTICO SOBRE O NOSSO TEMPO (Uma J_eitura da obra de José J. Veiga). ]


site: http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/269034/1/Souza_AgostinhoPotencianode_M.pdf?fbclid=IwAR3IGWukmZV5S2BDeK7CuHK8vv4ZHzVFpkxgYGEUmMulNxsfzj268dTQxt8
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Deghety 13/04/2020

A Hora dos Ruminantes
Realismo fantástico sempre é uma leitura agradável e interessante. Em A Hora dos Ruminantes a aura de mistério dá um tempero a mais a obra.
A história se passa na pacata Manarairema. Os personagens são simples, mas cada qual com suas características bem acentuadas . Essa particularidade que mais se destaca no livro, o efeito causado em cada personagem diante do novo e do desconhecido, que é chegada dos homens na tapera e os mistérios que o cercam.
Realismo fantástico é naturalmente isento de explicações, mas nesse caso eu achei que faltou explicações. Porque nesse gênero costuma-se ser todo cenário característico de sua ideia, já em A Hora dos Ruminantes são fatos fantásticos isolados, na verdade não são bem fantásticos, está mais pra Realismo Absurdo .
Enfim, não é um Cem Anos de Solidão da vida, mas é interessante.
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Martelletti Bragança Lucio 03/05/2020

A hora dos ruminantes
Em uma cidade do interior, Manarairema pessoas humildes e simples, tem a vida modificada com a chegada de forasteiros. Por que eles conseguem exercer influencia psicológica nos moradores? Qual a relação do livro com a ditadura militar?
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Manu 25/01/2013

Apesar de no começo ter achado meio chato, a história ficou mais interessante, o livro conta como uma pequena cidade do interior Manarairema amanhece com um acampamento montado do outro lado do rio.
Os habitantes que são pessoas simples se vê envolvida com pessoas que se diz "civilizada" e que aos poucos vai oprimindo e se sente superiores.
Alguns moradores se curvaram aos estranhos da tapera. Mas uns moradores não deixaram se abater pelo novos vizinhos.
A prosa é bem interiorana e os causos muito interessantes!!!
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