Contos húngaros

Contos húngaros Gyula Krúdy...




Resenhas - Contos Húngaros


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Aurora75 18/03/2024

Ferencvaros
Lê-lo em Budapeste foi uma experiência única e emocionante. Quem dá-lo uma chance, inicie por Kosztolanyi, apósKrudy, então siga para Karinthy e finalize com esse tal de Csáth, meio dodói da cabeça, tal qual a maioria dos húngaros sempre foram.
Gyula Krudy descreveu o antecipar de um duelo por ambas partes de modo charmoso :)
comentários(0)comente



Anny Campos 23/10/2023

Contos do cotidiano
Contos do dia-a-dia da sociedade, de varias classes sociais, ótima para termos um contato com o universo desse pais que pouco ouvimos falar. Não tem uma história que tenha me marcado mais, mas gostei do todo.
comentários(0)comente



Pr.Thiago 19/08/2022

CONTOS HÚNGAROS
Dez contos inéditos de quatro dos autores mais representativos da literatura húngara compõem esse livro. Gyula Krúdy, Dezsö Kosztolányi, Géza Csáth e Frigyes Karinthy fornecem um impressionante panorama da maestria da prosa húngara do início do século XX, representando tanto a última geração a amadurecer antes da Primeira Guerra até a primeira geração de escritores a colaborarem com a revista Nyugat. A tradução é de Paulo Schiller que, ao lado de Paulo Ronái, é um dos mais ativos difusores da literatura húngara no Brasil. Esta edição é dedicada à memória de Paulo Rónai.
comentários(0)comente



Georgeton.Leal 28/12/2021

Descobrindo as riquezas da literatura húngara
Depois de ler duas obras de Ferenc Molnár, me interessei pela literatura húngara e vi nessa pequena antologia uma boa oportunidade de conhecer outros autores da mesma nacionalidade.
A seleção dos contos feita por Paulo Schiller nessa edição da Hedra é bem equilibrada, apresentando uma amostra do estilo de cada escritor em narrativas que se passam num período interessante da história da Hungria.
Dezsö Kosztolányi e Frigyes Karinthy narram histórias com um saudosismo delicioso e ao mesmo tempo agridoce, sempre se reportando a recordações e experiências do passado. A simplicidade permeia quase todos os seus contos, mas não se engane: aquilo que aparenta ser óbvio na primeira leitura esconde pertinentes reflexões numa segunda camada. Já nas narrativas de cunho mais violento e sádico de Géza Csáth nossa perspectiva pode enveredar através de interpelações mais densas e sombrias que revelam o caráter nefasto e decadente do ser humano. O último autor da antologia, Gyula Krúdy, foi o meu favorito. A destreza de sua escrita é excepcional e cria um ambiente de afinidade tão grande com o leitor que não há como escapar de sua prosa. Somente em dois contos deu pra perceber todo potencial de Krúdy e ver que ele merece mais traduções de suas obras por aqui.
Enfim, esta foi uma leitura inesperada que me apanhou de surpresa e me mostrou facetas únicas de um país que até então eu desconhecia.

site: https://senso-literario.blogspot.com/2022/06/descobrindo-as-riquezas-da-literatura.html
comentários(0)comente



Hillary.Souza 01/07/2021

Interessante
Me ajudou a abrir uma porta pra conhecer uma nova cultura. Os autores tem uma escrita fluida e, muitas das vezes, divertida.

Meus contos favoritos foram com certeza, (além de Matricidio , pq esse é muito bom, assustador, mas bom) os dois últimos, eles se interligam e contam a mesma história, cada um do ponto de vista de um dos protagonistas.

Tirando alguns problemas como várias passagens serem machistas (oq eu entendo pq os autores viveram em outro tempo, numa mentalidade de 100 anos atrás) o livro foi muiito bom pra mim.
comentários(0)comente



Henrique Fendrich 07/02/2019

O meu interesse era ler a primeira seleção de contos húngaros feita no Brasil, pelo Paulo Rónai, mas não achei o livro na biblioteca. De toda forma, o pouco que li neste livro, somado ao que li ao longo da coleção “Mar de histórias”, dá uma boa mostra da grandeza dessa literatura e de como ela precisa ser mais conhecida.

De DESZÖ KOSZTOLÁNYI eu já conhecia o conto "Aurora cinzenta". E, como neste primeiro conto, os demais também se destacam por um clima desolador e angustiante. Os personagens podem estar aflitos para recuperar alguma emoção perdida da juventude, podem andar errantes por uma cidade desconhecida na tentativa de achar o seu espaço no mundo, podem fugir desse mundo louco e caótico para se refugiar na segurança dos livros, e mesmo os que pretendem causar uma graça, pregar uma peça em outro, acabam de alguma maneira sucumbindo à própria angústia. São esses os materiais, respectivamente, de “Velhos”, “O errante de Veneza”, “O leitor” e “O louco de abril,” quatro contos que são a um tempo líricos e existenciais, lembrando algo do que já se fez tão bem na Rússia, mas acrescentando uma pungência, uma dor, um sabor todo especial. Merece ser bem mais conhecido.

FRIGYES KARINTHY comparece com um só conto, mas é um conto e tanto. “Por favor, professor” é dividido em várias peças, todas relacionadas às desventuras de um moleque na escola. Lemos situações como o atraso para chegar à escola, a chamada oral, a reprovação e duas das partes que mais gostei, a que trata das justificativas para um boletim com notas baixas e a da bagunça protagonizads pelos alunos em um momento em que não havia professor em sala. Não se trata de textos bobinhos, são, claramente, textos que só um adulto poderia escrever, e é muito fácil conseguir se identificar, há muita “universalidade” nos cenários que ele pinta, tanto que pode ser aplicado no Brasil de nossos dias. São episódios que podem ser cômicos (e o escritor tinha mesmo uma boa verve humorística), mas também densos e até mesmo dramáticos. Isso tudo usando e abusando do fluxo de consciência e da troca de vozes, em um ambiente caótico que, por vezes, atinge o surrealismo, mas que pode ser lido com muita avidez. Gostei bastante.

Já de GÉZA CSÁTH eu não gostei muito. Três contos eu li: “Johanna”, “Ópio” e “Matricídio”. Desses, o que mais gostei foi o primeiro, embora não tenha simpatizado nem um pouco com os personagens, que ficam tentando imaginar as aventuras amorosas da sua locatária. Mas termina daquela forma desoladora que não sei não se algum dia eu não vou chamar de “húngara”. “Ópio” é uma divagação proustiana, daquelas que a gente lê, acha bonito, mas não entende direito. “Matricídio” é isso o que o nome sugere. Trata-se de duas crianças que assassinam a própria mãe. Mas até chegar a esse fim tenebroso, elas passam ainda por muitas monstruosidades cometidas contra animais. Não recomendável para estômagos fracos.

O outro húngaro é GYULA KRÚDY, com dois contos complementares: “O último charuto no Arabs Szürke” e “O jornalista e a morte”, cada um esmiuçando como uma parte passou as últimas horas antes de um duelo. Os personagens são esquisitos como aqueles que vieram à literatura a partir do Gógol. Fica-se sabendo como é que comiam as classes altas e baixas da Hungria de 100 anos atrás, e mais algumas particularidades da divisão de classes existente na época. Não é reflexivo como eu desejaria. Mas pode se extrair alguma reflexão através da banalidade da morte em contraste com a vida cotidiana
comentários(0)comente



Mary D. 08/01/2015

Encontrei esse livro em uma biblioteca pública e o título e temática me chamaram a atenção: Contos Húngaros. Diferente, não é um país muito conhecido, nem seus textos (pelo menos não aqui no Brasil).
Vi nesse livro um desafio, não sei praticamente nada sobre a Hungria, a não ser que sua capital é Budapeste e que se localiza na Europa. Admito que no começo pensei em deixar para lá e ir ler livros que já estavam na minha meta de leitura ou que eu já soubesse algo e que as chances de não ser nada do que eu esperei fossem menores, mas como não gosto de deixar as leituras pelo meio do caminho e acredito que ao menos algo de bom podemos tirar de uma leitura, continuei, e não me arrependi. Apesar do modo de escrever e dos assuntos tratados serem bem diferentes, digamos novidade ou um pouco longe do que normalmente tratam os contos que já li (que não são muitos), eu gostei desse livro. Cada autor mostrou características próprias da sua escrita, o que mais chamou minha atenção foi Géza Csáth, com Matricídio, no qual dois irmãos torturam animais por prazer e matam a própria mãe para agradar uma prostituta e dar as joias da mãe para essa, e todos os dias agem como se nada tivesse acontecido, como se a noite não fizessem nada de anormal. Bem sombrio. Os outros contos são bem legais, mas com certeza o que me chamou mais atenção foi esse.
Um bom livro, não faz muito meu estilo, talvez por isso a leitura não tenha sido mais proveitosa, mas é bom mudar os ares às vezes.
comentários(0)comente



Israel145 28/01/2013

Ótima seleção de contos húngaros da Editora Hedra. Os contos focam em 4 autores representativos da Hungria com um apanhado geral do gênero conto.
O primeiro é Kostolányi com quatro contos bem representativos desse país pequeno e pouco conhecido, pelo menos por aqui. Seus contos são leves e com uma veia humorística, inclusive um pouco negra por vezes. Seus contos curtos ambientados numa paisagem mais urbana, porém confinada, passa uma certa melancolia e tem todo um clima nostálgico. O conto “O leitor” evoca os males da bibliomania e a tênue linha que a separa da loucura. “Os Velhos” também é um ótimo conto e faz refletir sobre os caminhos percorridos na vida de cada um.
Karinthy contribui com apenas um conto: “Professor, por favor”, mas sua contribuição é genial. Escolhi-o como o melhor conto do livro. Traz o dia a dia de alunos e o sofrimento da vida estudantil na infância. Narrado com muito senso de humor, o conto é o mais divertido e força lembranças da infância e da vida estudantil fazendo com que imediatamente se identifique com os personagens. Ótimo conto.
Csáth é o mais obscuro de todos. Com 2 contos focados em loucura e morte, seu conto “matricídio” levanta o velho questionamento: o homem nasce mau ou o meio o transforma? Muito bom, e após sua leitura, impossível não comparar com o conto clássico “a galinha degolada” de Horácio Quiroga.
E por fim, o mais introspectivo de todos os autores selecionados: Krúdy. O conto “o último charuto no Arabs Skurze” narra as horas que antecedem um duelo entre um polido coronel e um pobre jornalista e as reflexões do coronel que se afunda no mundo sujo e obscuro do jornalista visando saber como é a vida de um homem no seu mais baixo patamar. Muito filosófico e reflexivo. Pena que o conto “o jornalista e a morte”, focando a mesma história, mas do ponto de vista do jornalista, não mantém a qualidade do primeiro.
Merece elogio também o conteúdo editorial da Hedra que ainda vem com uma introdução bastante agradável sobre a literatura húngara no Brasil. Lembrando que essa obra é traduzida diretamente do húngaro. No geral, essa coleção de bolso da Hedra tem várias qualidades que a tornam bem agradável, fazendo com que o leitor se interesse em buscar mais títulos, principalmente que fujam do eixo de autores conhecidos e obras consagradas.
comentários(0)comente



Tarcísio 31/01/2011

O que levaria um leitor a dedicar parte de seu precioso tempo à contos húngaros? Por que não contos de países mais "tradicionais", contos alemães, franceses, britânicos, americanos ou mesmo lusitanos? E, obviamente, por que não contos brasileiros? Mas não, essa resenha refere-se mesmo aos contos húngaros.

Conheci o livro através de uma indicação bem positiva da seção "Veja Recomenda", da revista Veja. Como se somente isso não bastasse, reparei pela foto da capa que tratava-se de uma publicação da editora Hedra. Meu primeiro contato com a Hedra foi através da obra "Feitiço de Amor e Outros Contos" (http://www.skoob.com.br/livro/55035-feitico-de-amor-e-outros-contos). Em formato "pocket book", a editora tem feito um trabalho de qualidade superior, tanto no que se refere ao material e acabamento mas ainda mais quando falamos das informações contidas nas introduções, além das traduções irretocáveis.

Contos Húngaros traz uma introdução riquíssima de Nelson Ascher. Ele, com muita propriedade, inicia afirmando que o tamanho ou riqueza de uma nação não necessariamente tem relação com a qualidade de sua literatura. Apresenta ao leitor, de forma breve mas não superficial, um pouco da história e da cultura desse país situado na Europa Central. Na sequência discorre sobre os autores que fazem parte da coletânea: Kosztolányi, Csáth, Karinthy e Krúdy.

O estilo literário dos escritores varia, indo do humor ao realismo mágico. São textos bem escritos, que prendem o leitor. A qualidade é exacerbada pelo brilhante trabalho de tradução. A verdade é que os até então desconhecidos "contos húngaros" podem nos divertir e nos enriquecer culturalmente. E viva Budapeste!
comentários(0)comente



9 encontrados | exibindo 1 a 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR