yomaeli 15/05/2020
"a verdade é mais poderosa que o erro"
Lendo essa obra de Thoreau, de 1849, as sensações remontam diversos lugares. As sugestões são utópicas, quando comparadas com o nosso próprio governo - e isso é muito, muito triste. Estamos completamente distantes do proposto em "A Desobediência Civil". Em poucas páginas, o autor consegue expor várias incoerências governamentais e dialoga sobre injustiça, sobre não ser dado a ele a escolha de decidir por si mesmo, propondo uma nova perspectiva de mundo bastante sedutora, mas, como eu disse, que não é nem minimamente executada na realidade.
Também é uma ótima provocação às pessoas que apenas esbravejam, mas não tem uma atitude concreta, assim como aquelas que são omissas perante o mundo e suas desigualdades.
O livro é, mais uma vez, a certeza do quanto o Estado se tornou, ano após ano, cada vez mais distante do propósito humano, mas sempre debruçado no critério monetário.
É frustrante refletir que a inquietação de Thoreau ainda hoje é tão prematura: Um dia teremos um Estado que permita justiça e respeito a todos? Um Estado que permita ao ser humano ter voz e escolha?