Prazer em queimar

Prazer em queimar Ray Bradbury




Resenhas - Prazer em queimar


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@tigloko 16/11/2020

Os contos que originaram o clássico
Foi bom conhecer de onde surgiu as ideias para o Fahrenheit. Mas fora isso não tive grande entusiasmo nessa leitura. Tirando uma ou outra, as histórias são previsíveis e com finais sem graça na sua maioria. De destaque fico com Pilar de Fogo e Para o Futuro, os melhores contos do livro. Fora os contos O Pedestre e O Lixeiro, que já tinha lido em outra coletânea do autor, que são muito bons.

Ponto negativo: uma coisa meio sem sentido é o conto "muito depois da meia-noite" e "o bombeiro", que são as bases do que viria a ser Fahrenheit 451, serem praticamente a mesma história, tipo 95% iguais. Ou seja, é como se eu tivesse lido a mesma história. E uma em sequência da outra, para piorar. Além do fator novidade não ser grande, pois não vi muita diferença para a versão final de Fahrenheit.

Ponto positivo: Se o autor quisesse criar um universo na época em que escreveu os contos, eu conseguiria visualizar algumas dessas histórias se encaixando num passado ou futuro dentro do mundo de Fahrenheit com alguns ajustes. Fiquei imaginando como seria um universo expandido dessa distopia, o que foi a melhor coisa dessa leitura.

É o segundo livro que leio do autor (tirando o Fahrenheit da conta) e a experiência não foi tão boa. Espero não me decepcionar com outros livros dele que pretendo dar uma chance, como as Crônicas Marcianas por exemplo.
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WilliamAssis 28/02/2021

Histórias de Fahrenheit 451
Nessa obra incrível Ray nos leva a conhecer e procurar entender como Fahrenheit 451 foi criado, são contos incríveis, alguns contos são bem rápidos e outros bem longos.

Prazer em queimar faz uma viagem no tempo, Ray parece ter escrito o livro nesse século. Para quem acabou de ler Fahrenheit 451 eu não recomendo a leitura do Prazer em Queimar, assim como também não recomendo ler antes, principalmente que não gosta de spoiler.

Ficou curioso e já leu Fahrenheit 451, então venha ler mais essa obra incrível do Ray Bradbury.
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Coruja 28/01/2023

Ray Bradbury é um dos autores que tenho por planos um dia terminar a leitura de toda a bibliografia. Eu tenho paixão pela forma como ele consegue misturar fantasia e ficção científica com temas de necessária reflexão, ao mesmo tempo em que imbuí suas narrativas com uma linguagem incrivelmente, deliciosamente poética, daquelas que te assombram por tempos mesmo após a última página.

Assim é que baixei Prazer em Queimar pelo Skeelo e embarquei no volume. Acho que praticamente todos os volumes dele lançados pela Biblioteca Azul em português estão disponíveis lá (incluindo o mais recente, A morte é um negócio solitário, que será minha próxima leitura no aplicativo).

Eu conhecia alguns dos contos que aparecem aqui de outras antologias e, como vários têm a mesma temática ou mesmo são variantes de Fahrenheit 451, a leitura pode se tornar um pouco repetitiva. É um exercício interessante, contudo, para acompanhar a evolução da ideia e como Bradbury trabalhou os mesmos elementos em cenários por vezes completamente distintos.

Em Fahrenheit 451, os livros são queimados, mas em vários dos contos de Prazer em Queimar, são pessoas - ou melhor dizendo, corpos - que vão para os fornos. Em mais de uma história temos um falecido que retorna num mundo obcecado por uma assepsia que não é apenas física, mas também da memória. Cemitérios estão sendo destruídos, cadáveres e restos mortais de todos os tipos são cremados e sua destruição é também um símbolo de destruição do passado.

Dou um destaque especial para o conto O Sorriso, que li alguns dias após os eventos do oito de janeiro em Brasília - e que me fizeram pensar muito no que aconteceu durante a invasão, especialmente no ataque a obras de artes e objetos históricos expostos nos prédios dos Poderes (que são, afinal, museus públicos também). Teria sido uma história dolorosa de toda maneira, por falar do processo de descida da civilização ao nível da barbárie, mas o momento em que dei de cara com o conto tornou-o ainda mais amargo.

Bradbury, ao final das contas, é muito político e atual, uma leitura sempre necessária e cativante.


site: https://owlsroof.blogspot.com/2023/03/livros-para-ler-no-outono.html
QUEIJO460 28/01/2023minha estante
Muito boa resenha??


Coruja 28/01/2023minha estante
Obrigada!




Evy 28/02/2021

"Tinha medo que os livros fossem coisa do passado"
Tenho esse medo também. E muitos outros nasceram da leitura desse livro que é uma reunião de 16 contos que deram origem ao clássico e maravilhoso Fahrenheit 451, incluindo "O Bombeiro", ponta pé inicial do clássico sobre uma sociedade que queima livros e persegue quem os tenta proteger e manter.

Os contos trazem temas que perpassam pela pós-morte, a liberdade e a falta dela, a opressão e a repressão, a censura, a arte e a necessidade sempre angustiada de manter a memória. Entre alguns contos curtos, e outros um tanto maiores, você vai sendo socado (isso mesmo) por frases e trechos que surgem do nada em diálogos extremamente bem elaborados pelo autor e que trazem uma profunda reflexão. O famoso "blow mind". Aliás, característica que notei nesse livro. É um autor que sabe muito bem utilizar os diálogos para passar mensagens importantes.

"- Meus homens são minhas referências. Estão esperando pelos livros lá fora. Eles são perigosos.
- Esses homens sempre são.
- Não, não, estou falando dos livros, seu idiota".

E esse é um exemplo dos mais leves que você vai encontrar nos diálogos desse livro, sensacional que trata sobre a intolerância, a ignorância cega e um futuro que não está nem um pouco longe de acontecer. São questões importantíssimas recheadas de referências a livros queridos, autores maravilhosos e a muita angústia e dor se você, assim como eu, é um apaixonado por livros. É simplesmente doloroso assistir as atitudes de intolerância e não só com livros, mas com todo o tipo de arte e aquilo que nos torna mais humanos.

É difícil destacar melhores contos desse livro, pois todos tem a sua importância e carregam alguma mensagem necessária, mas alguns mexeram bastante comigo, as vezes nem o conto em si, mas algumas passagens, como é o caso do conto "A Biblioteca" (eu sei, muito clichê rs), "O lixeiro", "O sorriso" e o meu favorito "Para o futuro" que faz parte dos 3 contos extras do livro e que me parecem tratar de uma realidade pós-Fahrenheit 451 e que carregam uma mensagem super importante e que pode ser resumida em uma citação:

"Enquanto houver um cientista inescrupuloso e um político sujo no mundo, eles se juntarão e farão uma bomba pelo primeiro motivo bobo que encontrarem".

Além desses, os contos "Muito depois da Meia-Noite" e "O Bombeiro" que são praticamente versões anteriores do livro trazem a oportunidade de observar o trabalho do autor com o texto e o seu amadurecimento e isso foi realmente muito bacana de conhecer. Eu pelo menos, sempre achei que esse tipo de autor sentasse e escrevesse de uma vez, tão grande é seu talento, mas ver que eles também reescrevem, reveem conceitos é torná-los mais próximos da nossa realidade e aproxima nossos mundos.

Dito isso, me basta apenas recomendar essa obra fortemente!
Andressa 28/02/2021minha estante
Obrigada pela resenha! Preciso ler, já vou adicionar a minha listinha. Fahrenheit é um dos meus livros favoritos de todos os tempos, meu deus, preciso




Diego Rodrigues 28/02/2021

"Enquanto houver um cientista inescrupuloso e um político sujo no mundo, eles se juntarão e farão uma bomba pelo primeiro motivo bobo que encontrarem"
Publicado pela primeira vez em 1953, "Fahrenheit 451" é um romance distópico que retrata um futuro no qual não apenas os livros foram proibidos, mas qualquer forma de pensamento crítico foi sumariamente suprimida. A obra figura ao lado de nomes como "1984" (George Orwell), "Admirável Mundo Novo" (Aldous Huxley) e "Nós" (Yevgeny Zamyatin) e é tida como um dos pilares da literatura distópica. "Prazer em Queimar" reúne treze contos que deram origem a "Fahrenheit 451" e mais três contos escritos posteriormente. Apesar das histórias de Fahrenheit serem o ponto central dessa coletânea, ela não se resume a isso e vai explorar muitos outros temas que o autor aparentemente acabou não levando para o romance. Portanto, essa é uma leitura que, além de expandir e enriquecer o universo de Fahrenheit, ainda nos permite acompanhar o processo criativo e o amadurecimento da escrita do autor que culminou em um dos maiores clássicos de literatura mundial.
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Enquanto alguns contos são basicamente cenas de Fahrenheit ("A Biblioteca"), outros passeiam pelos mais variados temas que vão desde a ideia do enterro prematuro ("O Reencarnado") até viagens no tempo ("Para o Futuro"). A obra de Edgar Allan Poe é outro assunto recorrente e é ricamente explorada aqui, seja através das inúmeras referências que surgem ao longo da leitura ou até mesmo quando o próprio Poe assume o papel de personagem ("Os Feiticeiros Loucos de Marte"). "Muito Depois da Meia-Noite" e "O Bombeiro" são rascunhos do que viria a se tornar Fahrenheit, o primeiro um pouco mais cru e o segundo um conto mais acabado e já bem próximo do romance. Os três contos extras nos dão uma ideia do mundo pós-Fahrenheit e fecham essa coletânea com chave de outro. Assim como Fahrenheit choca por suas semelhanças com o presente, o mesmo acontece com "Prazer em Queimar". Contos como "Um Grilo na Lareira", "O Pedestre" e "O Sorriso" estão assustadoramente próximos da nossa realidade. E como diz Bradbury em uma das passagens do livro: "Enquanto houver um cientista inescrupuloso e um político sujo no mundo, eles se juntarão e farão uma bomba pelo primeiro motivo bobo que encontrarem". Parece que isso insisti em se manter atual, não é mesmo?
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Talvez você esteja se perguntando: "Quanto esses contos podem acrescentar para quem já tenha lido Fahrenheit?" Eu também me fiz essa pergunta antes de iniciar a leitura e confesso que tive minhas dúvidas, mas acabei sendo totalmente surpreendido. Existe certa conexão entre os contos, alguns se passam no passado e outros no futuro e conforme avançamos na leitura nós vamos ligando os pontos. É como montar um mosaico. Claro que alguns contos são melhores do que outros, mas cada um tem o seu papel. Nada é descartável nesse livro! Nem mesmo os dois rascunhos de Fahrenheit, que nos permitem acompanhar mais de perto a evolução no processo de escrita do autor e a confecção da obra final. Seus diálogos, suas críticas, sua sagacidade e tudo o que Bradbury tem de mais genial está aqui (ás vezes até em um conto de não mais que cinco páginas, mas quantos escritores conseguem essa façanha?). Uma pena que alguns desses contos tenham ficado na obscuridade e só vieram a ganhar as páginas em 2010, mas antes tarde do que nunca. E o fato deles não terem perdido seu impacto é mais uma prova do incrível poder que Bradbury tinha de imaginar os rumos da sociedade. "Prazer em Queimar" foi uma leitura arrebatadora, reflexiva e que gerou ótimos debates no nosso grupo de leitura. Inclusive gostaria de deixar aqui um agradecimento a todos os amigos que leram com a gente. Esse livro merece ser mais conhecido, vamos espalhar a palavra de Bradbury!

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Milena 31/05/2023

A mágica está apenas no que os livros dizem, como eles costuraram os remendos do universo em uma peça de roupa para nós.
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André Meirelles 14/09/2020

Prazer em queimar reúnem vários contos do autor de Farenheint 451 que influenciaram na criação do famoso romance distopico. Quem já leu F451 vai perceber várias semelhanças desse "universo" e que serviram de base para a história original.
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Mariane Sena 17/09/2022

Gostei demais desse livro, me surpreendi bastante com a leitura, fui sem muitas pretensões e acabei demorando um pouco pra ler já que ele é antológico, mas foi muito interessante.

Os contos se passam num mesmo universo, se referenciam e tratam de coisas muito diversas, gostei demais de como Bradbury usa tudo isso pra abordar tanta coisa de forma sutil.

Meus favoritos foram Fênix Brilhante e Muito Depois da Meia Noite. Alguns não entendi muito, tem mts referências a literatura clássica alguns que me deixou meio perdida, mas no geral gostei muito dessas referências reais que ele traz, fazendo a gnt comparar o nosso mundo com esse futuro que o autor criou.

Foi uma leitura interessante e inspiradora, consolidou pra mim o Ray Bradbury como um autor que gosto muito, extremamente original e criativo.

Recomendo a leitura, os contos são curtos no geral e muito envolventes.
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Bárbara Allen - @trendbarbs 27/10/2020

Resenha: Prazer em queimar, de Ray Bradbury
Em 2020 Ray Bradbury completaria 100 anos e para comemorar essa data tão importante, a editora Biblioteca Azul planejou muitas reedições de livros do autor. Contudo, a primeira novidade foi o lançamento de Prazer em Queimar.

Nesta coletânea, o autor nos presenteia com 16 contos, sendo que 13 já tinham sido publicados antes de Fahrenheit 451. E por falar nesse livro, vale dizer aqui que o bombeiro mais famoso, Montag, também aparece em um conto em Prazer em Queimar.

Assim como em Fahrenheit 451, o autor nos coloca para pensar e questionar até os tempos atuais, como governos ineptos que não valorizam a arte e cultura. (Conheço essa história!). Além disso, o Ray trabalha muito com a ideia de repressão e censura em todos, se não na maioria, dos seus contos.
Uma coisa interessante é que como ele, autor, trabalha os personagens nesse livro. No caso muitos mortos ganham a oportunidade de voltar a vida para acertar as contas. Confesso que alguns dos casos eu me sentia muito mal pelo morto porque ele tinha uma angustia e sentimento de não pertencimento a esse lugar.

Alguns contos que me chamaram atenção foram: “Fênix Brilhante”, “Muito depois da Meia-Noite” e claro “O Bombeiro”. Este último foi o que origem ao clássico Fahrenheit 451, então sem sombra de dúvidas tornou-se o meu favorito.

Além de todas as histórias serem impecáveis, Prazer em Queimar também é maravilhoso porque possuiu uma escrita fluída que torna a leitura mais leve e rápida. Além disso, a tradução está perfeita e de fácil entendimento. Por ser um livro de contos, é tranquilo você ler um pouco dele e ir alternando as histórias em com outro livro.

site: http://manualgeek.com.br/resenha-prazer-em-queimar-de-ray-bradbury/
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Wilza.Alves 26/04/2021

De modo geral, a experiência foi boa, mas tem vários contos com a base repetida, o que fez a leitura ficar cansativa, quando aparecia um conto fora do esperado, deixava a leitura mais leve. A cada conto, ficava mais evidente o quanto a queima de livros em Berlim foi um evento que mexeu com o autor. Vale a pena a leitura, mas com algumas ressalvas.
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Jaque @blogmalucadoslivros 10/11/2020

Uma obra que merece ser lida!
Depois do meu primeiro contato com a escrita do autor em "Algo sinistro vem por aí", fiquei com receio de ler sua mais famosa obra "Fahrenheit 451", então quando vi este livros de contos do autor, achei que seria uma boa forma de dar mais uma chance para conhecer sua escrita. E fico feliz de dizer que eu não estava errada.

🔥A PREMISSA:
Em "Prazer em queimar" somos apresentados a 16 contos que abordam a censura e os perigos da alienação intelectual. Sim, estes contos trazem quase as mesmas mensagens de "Fahrenheit 451" e inclusive, neste livro também temos o conto "O bombeiro" e 'muito depois da meia noite" que foram as histórias que mais tarde acabaram sendo revisitadas pelo autor, se tornando o clássico do autor, que é tão conhecido hoje em dia.

❝De toda a estupidez, toda a estupidez rastejante, nojenta, podre, asquerosa, ele nunca vira algo assim na vida. Crianças crescendo sem um pingo de imaginação! Qual era a graça de ser criança se você não imagina coisas?❞

💭O QUE EU ACHEI:
Todos os contos reunidos nesta obra me fizeram refletir muito sobre como é fácil alienar as pessoas, como é fácil fazer uma sociedade que não lê, acreditar em qualquer coisa e claro, me questionar como seria viver em uma sociedade que proíbe os livros. Por isso, um dos meus contos preferidos foi "Fênix Brilhante", neste conto os livros começam a ser "perigosos demais" e é decretado que sejam queimados.

Outro conto que me chamou atenção também foi "A fogueira". Este conto é bem curtinho, mas nós leva de certa forma a refletir que uma sociedade que queima livros, não pode esperar resultados bons disso. Mas tarde podemos queimar também.

Enfim, "Prazer em queimar" é uma ótima forma de conhecer a escrita do autor, se assim como eu, você ainda não leu "Fahrenheit 451"mas se você já leu, esta coletânea de contos também será uma ótima leitura, pois todos os contos são rápidos, bem escritos e muito reflexivos.

Adorei dar uma nova chance para escrita do autor e me surpreendi muito. Não vejo a hora de ler "Fahrenheit 451" agora e sempre que eu puder vou reler estes contos tão impactantes!

site: https://www.instagram.com/p/CG3UNlTjZ86/
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Tuyl 04/04/2022

Muito bom! Histórias interessantes e não muito distantes de uma realidade imaginada pelo autor. Recomendo!
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Paulo Silas 09/12/2020

A sociedade distópica que é retratada por Ray Bradbury em seu clássico "Fahrenheit 451" está presente nos vários contos que compõem esse obra: "Prazer em Queimar". Ambientalizados num mesmo universo, de maneira mais ou menos aproximada que no romance, as histórias têm como pano de fundo um mundo em que os livros são proibidos, em que ler é considerado um ato criminoso, em que portar livros é considerado uma grande afronta contra o Estado e a sociedade, em que pensar criticamente ou para além da realidade nua e crua é visto como um ato sem sentido - pois a tranquilidade reina quando nada é questionado e tudo se aceita da mesma forma com que se impõe. Assim, os diversos contos reunidos nessa obra narram histórias de diferentes personagens que experimentam o viver nesse mundo distópico - um mundo em que não se lê.

Para além dos dois contos ("Muito depois da meia-noite" e "O bombeiro"), muito semelhantes, que podem ser lidos como uma espécie de experimentação para aquilo que seria desenvolvido posteriormente no romance "Fahrenheit 451", tantos outros compõem essa coletânea que aponta para diferentes perspectivas de um mundo sem livros. Nas mais de quatrocentas páginas do livro, o leitor pode contar com a história de uma Monalisa que é literalmente cuspida e escarrada pelas pessoas como forma de afirmar a desnecessidade da arte num mundo cru ("O sorriso"), de um lixeiro que enfrenta uma crise pessoal ao receber a notícia de que o seu ofício passará a contar como atribuição o recolhimento de corpos na rua (O lixeiro"), de um rapaz que ressurge de seu túmulo e busca por sua mulher amada ("O reencarnado"), escritores banidos da terra (Shakespeare, Poe, Bierce e alguns outros) que lutam por sua sobrevivência em Marte ("Os feiticeiros loucos de Marte") e várias outras, tendo-se na obra uma boa e convincente reunião de contos.

O embrião de "Fahrenheit 451" reside nessas tantas histórias presentes no livro, inclusive estando a gênese do próprio romance escancarada nos dois mencionados contos. Contos curtos e longos que narram um universo sem livros - nem todos tão atrativos, é verdade, mas isso não faz da obra algo ruim. Aos leitores de "Fahrenheit 451" certamente é uma experiência mais aprazível a leitura que para aqueles que eventualmente leiam essa reunião de contos antes de conhecer o romance. De todo modo, seja como for, é um bom livro que merece e leitura!

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Reis 18/03/2021

Excelente e nostálgico
Prazer em Queimar é uma coletânea de contos onde podemos acompanhar os rascunhos que levaram a criação de Fahrenheit 451, e também outras histórias aparentemente independentes, mas que conforme o texto se desenvolve conectam-se com o universo de Ray Bradbury e nos submergi outra vez no mundo do nosso conhecido Guy Montag.
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