O americano tranquilo

O americano tranquilo Graham Greene




Resenhas - O americano tranquilo


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Bruno Malini 30/04/2023

Bom
Um livro bem escrito, que esconde segredos e mescla muito bem o romance, o suspense e o drama. Muito bom.
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willian.coelho. 07/04/2023

É ótimo, mas precisa conhecer um pouco do contexto histórico do século XX.
Greene, autor de “O americano tranquilo”, foi um prolífico escritor britânico do século XX, tendo muitas obras adaptadas. Seus romances ocorrem em países subdesenvolvidos, palcos de interessantes conflitos, como Cuba e Indochina, onde esteve; por ter formação em jornalismo, estava bem situado nas disputas políticas que o rodeavam, imbuindo-as em seu texto de modo satisfatório. Nota-se, também, que ele possuía certo conhecimento em matéria filosófica: neste título, destaca com primazia embates como democracia versus colonialismo, sendo bastante ácido em alguns sagazes comentários antidemocráticos. Contudo, não se limita somente ao campo coletivo: niilismo, fé religiosa, culpa, para citar só uns poucos dilemas individuais, fazem-se deveras presentes.
A trama, que se passa durante a primeira guerra da Indochina (que precede a do Vietnã), se apresenta superficialmente como uma rixa amorosa entre o narrador britânico (Fowler), um americano recém chegado (Pyle) e uma tonquinesa (Phuong), porém grande parte do foco se destina à cultura local, ao combate em curso e aos dilemas morais correntes. São poucas personagens, entretanto são profundas, bem construídas e verossímeis (Graham se inspirou em pessoas reais que conheceu). A cronologia segue da seguinte maneira: começa próximo ao final, regride no tempo e vai de encontro ao desfecho, elucidando os acontecimentos dessa janela formada. Tudo se passa em primeira pessoa, com o leitor seguindo Fowler, um existencialista apaixonado de meia idade enfrentando o fracasso pessoal ao mesmo tempo que seu relacionamento é ameaçado pelo jovem Pyle, um indivíduo totalmente “american way of life”. A escrita é simples (mas não rústica ou tosca), com bastante sarcasmo e autorreflexão.
Foi adaptado para o cinema duas vezes; o filme de 2002 tem muito boa vontade em tentar reproduzir as complexas personagens com fidedignidade, entretanto se obriga a simplificar, e assim também o faz com a geopolítica envolvida (o que fere inexoravelmente a acurácia histórica). Todavia, certamente vale a pena ser assistido (87% no Rotten Tomatoes), não se trata de um longa medíocre demasiadamente comercial. Quanto à obra original, talvez para um leitor do século passado seria um eficiente e simples entretenimento (porque se vivia naquele contexto), mas hoje não é para qualquer um: é lento para os padrões atuais, tem fundo complexo e rico (há necessidade de estudar o tema, além de possuir certa expertise em história contemporânea) e, de jeito nenhum, é proveitoso só pelo enredo amoroso. Definitivamente é daquele tipo de livro que, para ser degustado e apreciado, é crucial ter bagagem em ciências humanas.
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Francisco 04/04/2023

Sátira ao Americano Tranquilo
Já havia lido um outro livro do autor antes, "Nosso Homem em Havana" e gostei bastante desse último. Ler Greene, um dos grandes nomes da literatura moderna e clássica que foi injustiçado por nunca ter recebido um Nobel de Literatura assim como Jorge Luis Borges e Tolstoi.

Nessa sátira à forma dos americanos lidarem com a política externa, conhecemos Thomas Fowler, um correspondente de um jornal britânico instalado no Vietna sob a finalidade de cobrir os detalhes da Guerra da Indochina (1946-1954). Enquanto cobre os detalhes da batalha do povo do Vietna, Laos e Camboja contra os franceses pela independência, conhece a jovem Phuong, por quem se apaixona perdidamente apesar de ser casado. Nesse contexto, conhece o jovem Alden Pyle, o suposto membro de uma delegação americana. Esse último também se apaixona por Phuong e todos esses personagens passam a viver em uma espécie de triângulo amoroso.

O livro é repleto de toques humorísticos, principalmente no que concerne à ingenuidade de Pyle, o intitulado "Americano Tranquilo", um homem de espírito infantil e ingênuo. Greene enquanto cidadão britânico não poupou esforços para satirizar os cidadãos estadunidenses. Portanto, é um excelente livro e que recomendo sem hesitação alguma.
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Marlene Koch 19/09/2022minha estante
Há tal transparência na história que podemos ler a mente do autor. Pyle e seu cão já estão mortos no início da história, foram vítimas da guerra, mas vivem em cada página do livro, assim como a amada Phuong.O livro é de fato bom quando no final da leitura, o seguramos entre as mãos e resumimos toda a história em nosso pensamento como uma segunda leitura abstrata. Li cada palavra e absorvi o sentimento de cada uma. Bons escritores fazem a diferença.




Daniela 11/07/2020

Desconcertante
História de guerra, de amor, de amizade ou não? Na verdade, nunca uma história é de um tema só. Tudo está entrelaçado. O "amor e a guerra".
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Peterson Boll 22/02/2019

Que gênio da narrativa é Greene! Tudo flui para o leitor, tudo conspira em seu estilo para que o leitor crie verdadeira empatia com a história e seus personagens, além de permear o seu conteúdo com discussões filosóficas. Uma obra extremamente adulta.
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monique.gerke 06/09/2018

"- Não se trata de uma questão de razão ou de justiça. Todos nós nos envolvemos, num momento de emoção, e depois não podemos libertar-nos. Guerra e Amor - coisas que foram sempre comparadas."
(...)
"Uma bomba de duzentas libras não escolhe. Quantos coronéis mortos justificam a morte de uma criança ou de um condutor de trishaw, quando se está construindo uma frente democrática nacional?"
*
Um livro moralmente pesado. Muitas reflexões sobre a guerra, vida e morte, e amor, à partir do triângulo amoroso entre Phuong, Pyle e Fowler, os personagens principais. Excelente livro! Recomendo.
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Fabio Shiva 26/03/2018

Grande Greene!
Quando me viu com esse livro na mão, meu irmão Fabrício comentou: “Acho que eu nunca iria pegar para ler um livro com esse título e essa capa.”

E é mesmo verdade. Se tem uma capa que não faz jus a um livro, é a dessa edição de “O Americano Tranquilo”, cujo título (“The Quiet American” no original) também é bastante enganoso.

Pois esse livro admiravelmente bem escrito tem como pano de fundo a Guerra da Indochina (https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_na_Indochina) e trata de um triângulo amoroso formado pelo britânico Fowley (o narrador da história), o americano Pyle (que dá o título da obra) e a bela vietnamita Phuong. Dizer isso, contudo, não é dizer nada sobre a intricada teia de emoções e reflexões sobre a natureza humana que só um mestre como Graham Greene para apresentar com tanta elegância.

O tema do catolicismo, marcante na obra de Greene, aqui aparece de forma sutil, porém marcante, como talvez o leitmotiv da culpa, que permeia toda a narrativa, tanto no nível coletivo (a injustiça e atrocidade da guerra) quanto no nível pessoal (o sofrimento que provocamos em nome do amor).

Esse é o sexto livro que leio do autor, e sou cada vez mais fã da prosa refinada e inteligente de Graham Greene!

Trailer do filme “O Americano Tranquilo”:
https://youtu.be/kcsMQsA9vmE

Seguem abaixo os links de outras resenhas que fiz dos livros dele:

O DÉCIMO HOMEM
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2013/04/o-decimo-homem-graham-greene.html

O FATOR HUMANO
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2015/02/o-fator-humano-graham-greene.html

UM CASO LIQUIDADO
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2015/05/um-caso-liquidado-graham-greene.html

É UM CAMPO DE BATALHA
https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2014/07/e-um-campo-de-batalha-graham-greene.html

***
“Se ao menos fosse possível amar sem causar dano!”

#1livropordia

http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2018/03/o-americano-tranquilo-graham-greene.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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ademircarneiro.prof 09/08/2017

Resenha: O Americano Tranquilo
Olá, mais uma leitura de um clássico findada, quase desistir de ler esse livro, a história é incrível, mas a forma como é narrada não gostei, a leitura não fluía, mas como eu amo clássico demais, não poderia deixar a história sem terminar.

Essa narrativa se passa no Vietnã, território onde houve grandes embates no período da grande guerra, o autor traz para esse clássico questões de cunho político e social, e em meio à esssas questões abordadas, estão o jornalista Thomas Fowler, e o jovem sonhador, o americano tranquilo Alden Pyle, que se apaixonam pela mesma jovem vietnamita. O que em meio a esse triângulo amoroso, os dois homens tornam se rivais.

Enquanto pyle é um jovem sonhador e quer constituir família, Thomas já é um homem experiente, que quer sempre ter uma mulher para saciar seus desejos. uma história incrível e com um final inesperado.

Fonte: @academicoliterario
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W Pereira 05/04/2015

O Americano Tranqüilo...
Na guerra e no amor vale tudo? Depende...se o seu coração fica à "esquerda", sim!

Neste denso romance de Graham Greene acompanhamos a desconstrução do enigmático e suposto enviado dos Estados Unidos em missão humanitária Alden Pyle, personagem que dá título ao livro em uma ironia referente à sua dupla identidade, um trocadilho interessante com os interesses americanos no Vietnam, ao mesmo tempo em que o narrador Thomas Fowler, correspondente do jornal London Times, experimenta uma transformação abrupta em suas convicções sobre a guerra. Um encontro casual coloca o experimentado, desiludido e sarcástico correspondente inglês Thomas Fowler em rota de colisão com o jovem, idealista e demasiadamente ingênuo Alden Pyle, no posicionamento sobre o conflito e na disputa pelo amor de uma bela e exótica vietnamita de nome Phuong que busca oportunidade para escapar do cruel destino reservado às belas jovens de um país em guerra utilizando todo seu "poder de fogo". Uma trama ágil e eficaz onde o vigoroso triângulo amoroso serve como veiculo de análise de um evento real: a guerra da Indochina; mostrando como os escusos objetivos das grandes potências orientadas pela ganância de seus vorazes financiadores podem destruir uma nação alegando, contraditoriamente, como justificativa a luta pela democracia. Neste jogo não temos - para além dos nativos - inocentes e contrariando o que diz o ditado, aqui neste caso o novo veio, mas não venceu, nem no amor nem na guerra.
Ronaldo 20/04/2015minha estante
Sinceramente, apesar de trazer na obra um interessante sentimento antiamericano, Graham Greene embaça demais pra desenrolar a história, podia dar mais vida em todas as ambientações.




newton16 14/09/2014

Amor, desejo, dor e culpa...
Grahan Greene, em "O Americano Tranquilo", narra o triângulo amoroso entre o velho jornalista inglês Folwer, a jovem oriental Phuong e o misterioso americano Pyle, tudo ambientando no meio da guerra da Indochina. Fowler é o personagem-narrador e, naturalmente, o protagonista. O americano surge como o "ladrão" da amante de Fowler. O próprio Fowler disseca-nos sua alma, passando os demais personagens quase que despercebidos psicologicamente. O jornalista inglês, a seu turno, surge como alguém de carne e osso; alguém que não se importa, "tanto assim", com as coisas ou mesmo com as pessoas - para não dizer egoísta. Mas também alguém que sente dor, desejo de ser feliz e culpa. No fundo, alguém "mais parecido conosco".
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Yussif 16/05/2012

Em 1952 Saigon está em plena guerra, envolvida na luta pela libertação do local do domínio francês. É nesta época que chega Alden Pyle (Brendan Fraser), um agente da CIA idealista que é enviado para ajudar as forças locais. Lá ele conhece Thomas Fowler (Michael Caine), um veterano correspondente do jornal London Times, que lhe apresenta Phuong (Do Thi Hai Yen), uma bela vietnamita com quem está envolvido. Logo Pyle também se envolve com Phuong, criando um triângulo amoroso que traz uma série de revelações a tona.
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Jonara 21/03/2010

Fowler é um jornalista inglês de meia idade, realista e sarcástico que está cobrindo a guerra da Indochina. Está morando com uma garota local, quando aparece um rapaz ingênuo e bem intencionado, Pyle, o americano tranquilo (no original Quiet American, que dá uma interpretação um pouco ambígua). Pyle se apaixona por Phuong e fica decidido a conquistá-la, ao mesmo tempo, tenta manter a amizade com Fowler. Tudo se passa no Vietnã, na transição da dominação francesa para a americana.
O livro já joga o desfecho nas primeiras páginas. Já se sabe o que acontece no final, mas Fowler relembra dos últimos anos até retornar ao início do livro. Uma habilidade incrível de escrever, de criar uma profundidade para o personagem principal e demonstrar a superficialidade que ele vê nos outros. Assim que acabei de ler, tive vontade de recomeçar imediatamente.
Pyle representa a nação americana, e a atitude de Fowler em relação a ele é uma critica feroz do autor em relação a todo um país. Com palavras diretas consegue descrever e nos colocar bem no meio do bombardeio e em situações extremamente tensas. Fowler me lembra aqueles homens tipo Humphrey Bogart em Casablanca, talvez até melhor, porque além da carranca tem um sarcasmo arrasador. Cá entre nós, que inveja desse Grahan Greene, como esse sujeito é inteligente e escreve bem! Excelente livro, recomendo!
Eduardo 10/01/2013minha estante
Achei um bom livro. Bem escrito e envolvente, mas peca num proselitismo antiamericano meio clichê..




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