O Retrato

O Retrato Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Retrato - Vol. 2


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Lili 13/02/2015

O Retrato - parte 2
Foi difícil para mim dar uma nota a este livro. Resolvi dar a nota máxima, mas tenho que deixar claro que achei "O Retrato" como um todo bem inferior a "O Continente". O primeiro livro é mais profundo, envolvente, completo... Este é um pouco mais raso. Mas não deixa de ser parte da melhor obra de literatura nacional que já li.

"O Retrato" se trata quase que exclusivamente de Rodrigo Terra Cambará. Existem muitos outros personagens importantes no livro, mas tudo gira em torno dele, e não o perdemos de vista por nem um instante. E, como na vida real, quando se conhece alguém tão a fundo, seus defeitos também se tornam bem aparentes. Não dá para enxergar somente as qualidades.

O personagem é de uma infantilidade e uma volubilidade que irritam a todo momento. Mas assim como todas as pessoas que o cercam no livro, o leitor também se sente encantado e atraído por seu jeito simpático, impetuoso e apaixonado. Ele conseguiu errar mais que seu bisavô homônimo (isso não é pouco!), mas ainda assim ficamos com ele até o final.

Acredito que "O Arquipélago" virá completar lacunas da história contada em "O Retrato", pois aqui vimos dois tempos totalmente diferentes (1910-1915 e 1945), com esse grande hiato sem explicações. Portanto, vamos à parte final da trilogia!
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Laura Bernardes 22/02/2014

O Tempo e o Vento - O Retrato Vol. 2 - Erico Verissimo (Companhia das Letras)
Nem sei mais o que dizer sobre O Tempo e o Vento. Cada vez me prende mais. Erico Verissimo tem um jeito maravilhoso, inteligente e cativante de escrever, e consegue misturar harmoniosamente política e romance, os dramas de uma família e os dramas de um governo. Principalmente em O Retrato, em que a história não me era conhecida, me surpreendo com todo o enredo criado. O Tempo e o Vento é um clássico, e não poderia ser diferente.
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Beto 21/12/2013

O tempo e o vento. O retrato vol. 2
O Retrato vol. 2, nos apresenta um Dr. Rodrigo Cambará, refinado, médico, preocupado com os pobres, mas vaidoso, que nos lembra a atualidade, homens vaidosos e machos, na concepção da palavra, o refino cultural, abrandou as truculências do passado, do Capitão Rodrigo, o Erico Verissimo foi mais uma vez brilhante na composição e exposição dos personagens.

” – Tinhas o mapa do Rio Grande na cabeça e no coração. Por onde quer que andasses, até os passarinhos te conheciam e estimavam. Foste um sábio e um santo à tua maneira, um rapsodo desta terra e desta gente, o melhor contador de causos que conheci. E neste momento, do outro lado da vida, montando num dos teus muitos pingos de estimação que morreram antes de ti, imagino-te cruzando num trote faceiro as invernadas da eternidade: “Ó de casa!”. E vejo são Pedro olhar para fora e dizer aos seus anjos: ” Abram a porta, meninos, é o Fandango. Entre, compadre, sente e tome um mate, faz de conta que a casa é sua” . Fandango, amigo velho, até por lá!

O caixão foi descido à cova. Licurgo agachou-se, apanhou um punhado de terra e atirou-o sobre ele. Outros o imitaram. O negro Antero tomou da pá e começou a entupir a cova. Aos poucos o grupo se foi dispersando.

Ao descerem para a casa, Licurgo resmungou, taciturno:

- Não carecia o senhor fazer discurso. O Fandango não era homem dessas coisas…

Rodrigo, que imaginava o pai orgulhoso de sua oração, ficou desapontado. Sentiu-se, porém, um pouco consolado quando Bio, tomando-lhe afetuosamente o braço cochichou:

- Me fizeste chorar, filho da mãe.

- Eu também chorei…

- Somos duas vacas.
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Ronan.Azarias 03/09/2012

Excelente
Dividir o livro em 2 volumes foi uma jogada legal da companhia das letras, mas é difícil fazer uma resenha do volume 1 somente. Até porque fica na cara ao final do primeiro volume que falta muita coisa pra acontecer.

Em um exame profundo cada personagem exprime um pensamento da época. E Rodrigo é o catalisador da mistura. Sempre as voltas com intrigas políticas das quais não tem nenhum controle e levando ao extremos seus sentimentos, este personagem dúbio vive em guerras internas entre sua personalidade egoísta e seu intelecto solidário.

Quis se casar com Flora para salvar o pai da mesma e ao mesmo tempo mostrar a sociedade que era um homem bom e direito, digno de respeito. Porém vive às voltas com suas "pandegas" com os amigos e aventuras amorosas, mostrando, neste momento que o sangue dos Cambarás fala mais alto. Bem como a sua predileção por brigas, ainda que na esfera intelectual e política.

Em suma um livro delicioso de se ler em vários aspectos, tanto para viver a história política do país quanto para se aventurar nos rolos de Rodrigo.
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Gláucia 05/07/2011

O Retrato Vol.2 - Erico Verissimo
Segundo volume da segunda parte da série O Tempo e o Vento, aqui se encerra a saga da familia Terra-Cambará, narrada sob a visão de Rodrigo Cambará que nos descreve todo o panorama histórico da década de 1940.
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Wallas Felippe 23/07/2009

Dedicado à obra!
Tempo...

Às vezes o tempo é nosso maior inimigo,
Outras vezes é nosso maior aliado.
Nada melhor do que dar tempo ao tempo,
Pois tempo é remédio para tudo

A única coisa que sinto nesse momento é o vento lá fora.
O vento sopra e o tempo passa...
O tempo e o vento...

É noite,
Só encontro você em meus pensamentos.
Meus únicos companheiros são:
O tempo e o vento...

Tudo passa,
A morte chega quando você menos espera.
Só restarão duas coisas:
O Tempo e o Vento...

(Wallas Felippe)
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zette 16/06/2009

Dando continuidade a história de "O continente", surgem novas personagens em "O Retrato".
Bibiana Terra Cambará, casa seu filho Bolivar Terra Cambará, com uma moça doente para reaver as terras que foram tomadas de seu pai pelo pai adotivo da moça. Desta união nasce Licurgo Terra Cambará que se casa com uma prima Alice Terra. Licurgo pouca convivencia tem com a mãe uma vez que sua avo Bibiana absorve completamente a atenção do rapaz, primeiro por não gostar de Luzia e tb por não entender a doença dela.Para isso ela mente, trapaceia segundo ela conta ao médico, uma figura singular que lhe é muito chegado. Nestes volumes,entram em cena , Rodrigo Terra Cambará, figura central do romance e seu irmão Toribio chamado por Bio que para mim é uma das figuras mais importantes do romance , persongem pitotesca, que adorava guerrear e que lembra seu bisavo, Capitão Rodrigo Cambaráe muito fiel as suas ideias politicas que dominava a tds naquele tempo.
Rodrigo se forma como médico, é querido por alguns e odiado por outros e se casa com Flora Quadros filha de Babalo Quadros uma das figuras mais ricas da história que tem ao seu credito, sua bondade, honestidade,sensibilidades e beleza moral.
Encontra-se tb neste livro muitas outras personagens ricas como Maria Valeria que recorda Bibiana, não em seus principios morais mas na fidelidade aos seus antepassados e na educação austera que recebeu.
Entre tds as figuras do livro, não poderia deixar de citar Fan dango, que é uma figura folclorica e amada pela familia Terra Cambará.
Para mim Bio é uma figura impressionante, quase humana, representante de uma raça em extinção, que dominava o Brasil, um sujeito forte, decidido , mulherengo mas que tinha um grande respeito e amor pelo irmão Rodrigo e pelos seus familiares.
Vale a pena ler esta trilogia. Parece-me que ela retrata a situação de td o Brasil durante os nebulosos anos das guerras em busca de um pais federalista. Não digo que recomendo pois não sou critica literaria para indicar nada a ninguem. mas esta trilogia ,para mim reperesenta o que ha de melhor em nossa literatura.
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