Demas 29/04/2010
Revisão vergonhosa
Cheguei ao final da leitura de "A vida das abelhas" impressionado com a organização e peculiaridades que regem o cotidiano desses insetos. No entanto, a decepção com a tradução e a revisão do livro foi ficando maior a cada capítulo. Coisas como "melodia" quando o correto seria "meio-dia" e um festival de mesóclises absurdas (Ter-se-lhes-ão? O que é isso, meu Deus?) me deixaram indignado. "Às vezes" vira "as vozes" mais de uma vez; a conjunção aditiva "e" vira "o" o tempo todo. E como o texto fica confuso em muitos trechos, imagino que a tradução também peque horrores. Uma pena! Uma VER-GO-NHA! E um desrespeito com o leitor e com a literatura. Sinceramente, não tenho coragem de comprar/ler mais nada da coleção "Obras-primas de cada autor" da Martin Claret. Aliás, mais nada da Martin Claret. Queria listar todos os absurdos aqui (como fiz com "Marley & eu"), mas desisti porque seria trabalhoso demais.
PS:
Vi no blog "Não gosto de plágio" que a tradução de "A vida das abelhas" é de 1915. Foi feita do francês para o português lusitano. Pode estar aí a explicação para o texto confuso (que mencionei anteriormente). Mas para a revisão desastrosa, não há justificativa!
PPS:
A resenha foi escrita em 9/10/2009; o PS em 29/4/2010