iza 16/05/2022
"Realmente havia feito progressos. Tudo porque os desafiara. Seria essa a chave para sobreviver com os Bedwyns?"
Esse é um livro que eu amo. Sou apaixonada por romances de época e quando o plot é casamento por conveniência então, nem se fala.
Comecei a releitura dos Bedwys porque estava com muita saudades deles, e também porque é impossível não sentir saudades deles quando a gente termina.
Quem ainda não leu, não sabe o que anda perdendo, vale muito a pena conhecer a história desses irmãos.
"Eve estava estupefata. Lady Aidan. Tolamente, aquilo era algo em que não pensara ao concordar com o casamento. Não era mais Eve Morris. Agora era Lady Aidan Bedwyn.
- Até amanhã de manhã, então - disse o marido dela e, após uma breve cortesia, se foi.
Eve sentiu então uma terrível sensação de vazio. Como uma criança após terminar uma fantástica brincadeira, ela se pegou olhando além de Bedwyn, para um futuro cinza e infinito."
"- Ocorreu-me que não a carreguei porta adentro depois de nos casarmos. E que porta melhor para isso do que a da nossa casa? E que momento melhor do que agora, o começo do nosso felizes para sempre?
-Nenhum - disse ela. - Mas isso existe mesmo, Aidan? O felizes para sempre, quero dizer?
- Não - retrucou ele, o sorriso agora terno. - Existe algo infinitamente melhor do que felizes para sempre. Há a felicidade. Que é algo vivo, dinâmico, Eve, e tem que ser cuidada a cada momento pelo resto de nossas vidas. É uma perspectiva muito mais empolgante do que a ideia tola e estática de um felizes para sempre. Não concorda?
- Sim - disse ela.
Então deixou escapar uma mistura de gritinho com risada e passou os braços com força ao redor do pescoço do marido quando ele a ergueu no colo e girou uma vez com ela, antes de subir os degraus com a esposa nos braços e entrarem na casa deles. Na casa deles. Entrarem em outro sonho. Não, melhor do que um sonho. Em uma realidade dinâmica, animada, feliz, que eles trabalhariam juntos para manter assim pelo resto de suas vidas."