Seara Vermelha

Seara Vermelha Jorge Amado




Resenhas - Seara Vermelha


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Flavio.Vinicius 08/08/2021

Cangaceiros, beatos, emigrantes e comunistas
Esse livro é de 1946, quando Jorge Amado era deputado pelo Partido Comunista. O livro traz a história de uma família de emigrantes, expulsos das suas terras por um latifundiário. A família vai, então, em busca de São Paulo. O livro também traz a história de personagens cangaceiros, um beato e seus seguidores, e termina com uma luta pela implementação de um governo comunista, a partir de um levante na cidade de Natal (RN).

Gostei bastante das primeiras partes do livro, que abordam a família emigrando e todas as dificuldades, assim como a parte dos cangaceiros e do beato. A parte que fala sobre o levante comunista achei um pouco forçada e deslocada do restante da história, não parece natural como o restante do livro.

Seara Vermelha é um livro muito bonito. Para ser lido, estudado e discutido.
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Pedro Luiz da Cunha 05/06/2021

"A terra pertence àqueles que a trabalham"
Um livro triste e pesado. Lançada em 1946 quando Jorge Amado foi deputado constituinte, a obra reúne elementos do debate público da época sobre reforma agrária. Do problema da terra e do latifúndio nasce o drama da família camponesa de Jerônimo e Jucundina. A dura travessia da caatinga em busca de uma vida melhor no Sudeste torna-se metáfora para a seara vermelha: do sangue derramado de migrantes nordestinos nascem brotos de revolta e de luta por uma nova realidade no campo.
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Elineuza.Crescencio 09/03/2021

Dores sem fim
Título: Seara Vermelha
Autor: Jorge Amado
País: Brasil
Páginas: 333
Avaliação: 5/5
Término da leitura: 09/03/2001
Livraria Martins Editora 1946
15/100 2021 #desafiodos100livrosemumano

O Autor
Nascido em Itabuna, Bahia em 1912 e morreu em Salvador em 2001.
Casado com Zelia Gatai , também escritora.
Teve a maior quantidade de obras adaptadas para o cinema, teatro e televisão. Sua obra foi traduzida para mais de 40 idiomas.
Foi membro da Academia Brasileira de Letras ocupando a cadeira número 23 cujo Patrono é José de Alencar.

A Obra
Recebeu em 1951 o Prêmio Stalin.
Retrata a saga dos sertanejos migrando de sua terra natal, onde explorados pelos latifundiários, seguem a pé, através da caatinga do nordeste até alcançarem um meio de transporte que os conduzisse até a “terra prometida” , neste caso São Paulo onde toda a dor e sofrimento acabariam após a colocação em um posto de trabalho.
Famílias inteiras seguiam em busca desse sonho. Só que durante o longo percurso, as agruras da seca, da fome e de toda a sorte de obstáculos faziam com que muitos morressem antes de conquistarem o sonho.
A dor. A morte. A fome. A doença tudo ia ficando pelo caminho e em alguns casos seguiam para sempre na nova morada.

Considerações
1. Já li diversos livros do autor. Nenhum tão impactante.
2. A realidade do sertanejo, do flagelado nua e crua.
3. Recomendo a leitura.
Livros de Cabeceiras 09/03/2021minha estante
Gostei da resenha, mas Jorge Amado morreu em 2001 e não em 2021


Elineuza.Crescencio 09/03/2021minha estante
Obrigada. Vou corrigir. Me descuidei.


Elineuza.Crescencio 09/03/2021minha estante
Valeu. Já corrigi.




Leandro 03/02/2021

A dignidade humana como o ouro valioso
Seara Vermelha: um romance duro, denso, realista que faz repensarmos nossos valores. Uma estória de luta pela sobrevivência, de luta pelo trabalho e direito a dignidade. Percebe-se que a vida dos personagens está fadada à escravidão, a dependência. Muitos estão a mercê da sorte imposta pelos poderosos, e assim, os sertanejos têm de sair em busca de sua dignidade, do seu trabalho e sua terra, não importa o preço que se pague, nem que seja pela morte. E, no decorrer do livro, Jorge Amado trás uma solução para todo esse sofrimento, esse círculo vicioso de tragédias, onde um dos seus personagens terá brilho próprio e consegue uma luz na escuridão da cobiça e avareza humana.
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Juliana 03/06/2020

Sertanejos movidos pela esperança
Antes de iniciar a leitura li uma resenha que já avisava que esse livro era triste e com uma história dura. E sim, é exatamente o que ele é. Ao contar a vida de sertanejos que perdendo a sua terra enfrentam a caatinga e toda a odisseia para chegarem na mítica São Paulo de riquezas e fartura você depara com uma jornada de dor, fome, esperança e morte. E no meio de tanta injustiça e tanta dor são as mulheres quem mais sofrem.
A história da Marta me revoltou tanto, mais tanto. E principalmente por saber que há muitas Martas nesse nosso país que enfrentam a violência da miséria, da fome e a dos homens.
É revoltante, bom e nesessário. Ah, e muito triste também.
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Naiana 24/04/2020

É muito triste ver a história de tantos nordestinos relatada de forma tão crua e real, não duvido nem por um segundo que histórias como a da família de Jerônimo tenham ocorrido no Brasil de 1900 e bolinha, algumas ainda ocorram hoje em dia, a pobreza, a falta de perspectiva de uma vida melhor misturada com o sonho de ter o seu pedaço de terra e controle sobre sua vida, ser tratado como gente, a tentativa de mudar a sua história, narrada de formas diferentes através de Jão, José e Neném e mesmo Jerônimo, e os demais que permaneceram com ele, que quando nada lhes restava foi em busca de uma vida melhor no sofrido caminho de São Paulo.
Apesar de alguns trechos que me incomodaram a leitura, Seara Vermelha me surpreendeu muito, não sabia do que se tratava quando o iniciei, cjorei, sofri, fiquei revoltada, e leria tudo novamente. Recomendo a todos que queriam entender um pouco mais sobre o movimento de imigração nordestino, a indústria da seca, o movimento do cangaço e o início da luta comunista no país, Jorge Amado deu uma verdadeira aula de história nessa obra.
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Rafa - @espaco_dos_livros 15/04/2020

O livro mais duro que já li do Jorge Amado
Seara Vermelha é um dos livros mais realistas, sofridos, inteligentes e completos do Jorge Amado, e ele retrata com muita dureza a vida do povo nordestino, passando pela massa de trabalhadores que partem para SP em busca de uma vida melhor, o grupo de cangaceiros, as pessoas que seguem os beatos com promessas do fim do sofrimento e da fome e ainda acompanhamos os bastidores da revolução da ANL em Natal no ano de 1935. Uma verdadeira aula de história e uma tentativa de conscientização de um período turbulento no Brasil que era dividido entre os Fascistas e os Comunistas/Liberais.
Sem dúvidas uma leitura muito enriquecedora e emocionante.
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Rodrigo 22/02/2020

Luta
Que percurso sofrido. Quantas perdas pelo caminho. Quanto sofrimento passou a jovem Marta e que destino cruel foi reservado a ela. Mas chegou o tempo de colheita.
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Mario Miranda 19/03/2019

A Saga do Sertanejo
Dentre todas as obras que caracterizam a Literatura "Engajada" de Jorge Amado, Seara Vermelha destoa tanto em temática, quanto na qualidade da obra. Com uma narrativa que aborda quatro histórias que se tangenciam pela relação de parentesco entre os envolvidos, Seara Vermelha é antes de tudo a saga de sobrevivência do Sertanejo, seja emigrando para São Paulo, seja em direção as capitais nordestinas.

O livro aborda o processo semi-feudal que é a relação trabalhador-terra-patrão, aonde os trabalhadores são mercadoria a venda em conjunto com a própria terra. Em uma destas negociações, estes são despedidos/despejados de suas terras, e a família decide perseguir o sonho de tantos retirantes anteriores: São Paulo. Ao longo do trajeto, momento em que vários parentes morrem no processo, se deparam com o descaso dos demais, o cangaço, a inexistência do Estado, dentre outros percalços.

Os três filhos que decidem abandonar a família previamente ao despejo, entram para a Polícia, Cangaço e, por fim, Exército. Este último, figurante do último capítulo do livro, é ideologicamente engajado no PCB (Partido ao qual Jorge Amado era membro a época), e é o responsável pela exposição ideológica de Amado na obra.

Dois pontos que chamam a atenção ao longo da narrativa é uma visão Romântica do Cangaço (sem mesmo críticas aos abusos sexuais sofridos pelas mulheres) e uma Religiosidade desesperadora em Profetas que prometiam a Salvação àqueles já despojados de tudo. Estas duas características de certa maneira permeiam a cultura Sertaneja nossa ainda no século XXI.

Seara Vermelha (1946), em conjunto com O Quinze (1930), de Rachel de Queiroz, Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos) e Morte e Vida Severina (1955), de João Cabral de Mello Neto, formariam talvez a tetralogia mais viva da saga - e sofrimento - do Sertanejo. Acima de tudo, Seara Vermelha é uma obra a ser lida para melhor conhecermos o que foi/é o sofrimento daqueles que perseveram em buscar uma vida melhor ao sair do Sertão.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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Aurea31 05/03/2019

Fazendo-se uma abordagem geral acerca da obra Seara Vermelha de Jorge Amado analisamos que consiste numa espécie de construção dos fundamentos sociais nos quais se baseiam os comunistas para justificarem sua atuação, seus protestos e suas causas, uma violenta crítica social do começo ao fim. Jorge descreve para nós o funcionamento do ciclo vicioso de miséria que permeia a vida dos sertanejos ao narrar a história de uma família que é expulsa da fazenda de onde tiram seu sustento e ao longo do livro são retratadas cada uma das imagens e produtos resultantes do sistema cruel que persegue os pobres desde sempre. Têm-se retratadas as figuras políticas corruptas, os grandes proprietários de terra que desamparam e roubam as terras dos homens com poderes menores desencadeando as manifestações de revolta personificadas principalmente no cangaço que como produto da crueldade dos ricos procuram fora da lei (matando, roubando, violando) sua vingança. Têm-se também o retrato das figuras messiânicas, os profetas do sertão, que arrastam multidões. Retrata também as duras caminhadas feitas pelos sertanejos expulsos que submetem a situações desumanas que acabam em sua maioria na morte dos mais fracos ou da submissão a perda da dignidade visando o bem maior para sua família como se vê na personagem Marta que sem saída encontra na prostituição a forma de ajudar sua família, principalmente, seu pai doente a seguir com a viagem tão sonhada para São Paulo, terra do progresso. Por fim, ao apresentar todos estes aspectos aos leitores, deixando mais do que claro as motivações para o desenvolvimento do pensamento comunista o autor encerra seu relato deixando implícita a mensagem aos leitores de que o comunismo, marginalizado pela elite ("prejudicada" pelos princípios simples de divisão e pertencimento igual de terras a todos os homens) possui fundamentos justos que ao longo da narrativa foram exemplificados de forma evidente e esclarecedora e que consiste numa saída positiva para combater a fome e a miséria dos flagelados. Uma pequena observação: para estudar a prova da UVA, principalmente, se o referido livro vir a cair deve-se fazer uma análise minuciosa acerca do contexto histórico fortíssimo no qual o livro está inserido. Deve-se enfocar o estudo acerca: - Revolução de 35
Luís Carlos Prestes
Aliança Nacional Libertadora: Pão, terra e liberdade
Uma última curiosidade acerca do livro: O título da obra faz referência ao próprio comunismo ligado a cor vermelha como identificação.
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Nélio 06/07/2018

Outro bom livro de Jorge Amado! Que maravilha de literatura, a dele.
O livro relata o sofrimento de retirantes nordestinos em direção a SP; bem carregado de emoção. Ler é ver e compartilhar dores, sensações, raras alegrias e tudo o que marca a vida de gente que se vê injustiçada, maltratada, renegada, abandonada por todos.
Vale a pena! É uma lição para quem gosta de refletir sobre nossa história brasileira e realizar possíveis analogias com os mautratos e descasos modernos.
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Danilo.Claudino 26/06/2017

Bom livro, mas....
Resumindo a resenha: O livro mostra as três maiores tragédias nordestinas - a fome, a seca e o comunismo.
Wander.Oliveira 12/12/2018minha estante
Comentário idiota da verdadeira miséria brasileira: o preconceito, a ignorância e a estupidez.




Deghety 05/05/2017

Seara Vermelha
Seara Vermelha
Jorge Amado
Brasil
1970
Martins


Primeiro livro que leio de Jorge Amado, gosto muito de obras de personagens nordestinos e essa é sensacional e tocante.
Retrata o povo brasileiro, povo trabalhador, povo sofrido e sua busca por trabalho e uma vida melhor , migrando do nordeste para o sudeste.
Aqui conta- se a história de Jerônimo , sua mulher e filhos, as injustiças que sofrem pelos poderosos donos de terra, as desgraças e misérias que passam pela caatinga , com a seca, fome e doenças. O cangaço, com homens que escolheram o mundo do crime, devido a humilhações e a perca de fé na bondade de outros homens e também os que se entregaram a fé e a religiosidade como alento para suas tristezas.
Livro muito bom mesmo, doído, sofrido, mas belo, com flashes de vitória e esperança renovada.

"Essas coisas se passaram no sertão, onde a fome cria bandidos e santos"
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