Rua dos Artistas e arredores

Rua dos Artistas e arredores Aldir Blanc




Resenhas - rua dos artistas e arredores


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Ferot 15/01/2024

Datado
O humor é datado. Não há com contornar isso.

Aldir Blanc é um do maiores compositores brasileiros sem sombra de dúvida! Tantas letras maravilhosas de músicas que todo mundo sabe pelo menos um trecho e outras tantas menos conhecidas, mas igualmente maravilhosas. Mas esse livro...

Bem, pra começar não é exatamente um livro, mas sim uma coletânea de crônicas escritas pro Pasquim, o maior jornal de humor que havia no Brasil na época da ditadura.

As crônicas que narravam a vida nos arredores da R. dos Artistas, em Vila Isabel são, sim, interessantes e, na maioria, bem escritas. Cheias de referências da época, em geral críticas às "autoridades" e ao "progresso". A exaltação da boêmia e do pinguço, da informalidade, do jeitinho, com humor cheio de duplos sentidos sem dúvida eram um contraponto e uma provocação com a ordem formal do regime.

Até aí, ponto pro autor.

Mas.

Não dá pra passar batido por um humor tão datado. Datado porque entendo que na época isso era aceito, mas hoje não desce (e não é pra descer mesmo). É abundante a narração de relações abusivas e agressões domésticas, como mera parte (interessante) da paisagem. E, fora o machismo normalizado, há outros preconceitos reforçados, mas em menor intensidade.

Pra além disso, ainda que eu mesmo seja um entusiasta da boêmia, essa ode ao pinguço presente nas crônicas errou a dose e já passou pra ode ao alcoolismo.

Mais uma breve observação: as crônicas sobre a vida na R. dos Artistas ocupam cerca de 80% do livro. Os últimos 20% são crônicas do Aldir para o Pasquim, mas com outros temas (ou nem crônicas são.

Em suma, salve Aldir Blanc! Um dos maiores mestres da música brasileira, com letras imortais! Quanto ao escritor de crônicas do Pasquim Aldir Blanc, a gente entende que no tempo e no lugar dele o cara fez o que pôde com seu mérito, mas que estes escritos passaram da validade e envelheceram muito mal.

Pra quem tem algum interesse específico pela época ou pelo bairro, vale como curiosidade; dá pra se entreter e até conferir algumas referências interessantes. Mas, de resto, não dá pra recomendar.
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Clariar 25/01/2023

Odiei
Demorei para fazer uma resenha porque queria escrever algo mais ameno, mas sinceramente? Achei muito ruim, nem sei porque insisti.
Crônicas chatas, desinteressantes e a escrita do autor é marcada por preconceitos e sexismo. Não vale a pena ler, confesso que pulei a leitura de algumas crônicas, desisti sem conseguir ler até o final.
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Mia lina 07/03/2022

é aquele livro engraçadinho pra quem quer rir, mas nada fora disso, além claro das 300 formas diferentes de preconceito nesse livro
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