O calor das coisas

O calor das coisas Nélida Piñon




Resenhas - O calor das coisas


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Bia 08/10/2023

A escrita da autora é muito boa e ela consegue captar a essência de várias emoções e colocá-las nos personagens. Mas os contos no geral são muito confusos e não têm uma linha narrativa clara.
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Pamela.Cristina 19/07/2023

O calor das coisas
O tema faz sentido, pois os contos são sobre sentimentos, de pessoas distintas, com perspectivas, vivências, e intensidades diferentes.
É meu primeiro contato com esse formato de escrita então não tenho parâmetros para comparar. Mas ao meu ver não è ruim, é apenas bom...
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underlou 10/01/2023

Como esse é um dos primeiros livros da carreira de Nélida Piñon, temos que dar um desconto em relação ao seu tom iniciante. Não que a escrita seja irregular, pelo contrário, em alguns momentos suas linhas são retumbantes, mas, no geral, suas narrativas carecem de certa amplificação de forma e conteúdo.

Alguma contos são muito impressionantes, como 'Finisterre' e 'A Sereia Ullisses'. Já outros são desconfortavelmente ruins, como 'Tarzan e Beijinho' e 'O jardim das Oliveiras' - esse último tão arrastado que se o leitor não tiver cuidado dedicará dias para finalizá-lo. No caso dos bons contos, a linguagem precisa ajuda a autora a encontrar um lugar confortável para o leitor. Entretanto, é preciso esclarecer que as histórias em si não são sólidas a ponto de se tornarem memoráveis.

Se observarmos contos como 'Disse um Campônio a sua Amada' e 'O Revólver da Paixão', podemos nos ater ao aspecto poético sobrepujante, mas não encontraremos uma narrativa bem construída; há sim muito floreio de linguagem, mas pouco arrebato de imagens.

Do ponto de vista temático, Nélida no geral abusa de visões geográficas das coisas, mas parece haver um fio linear oceanográfico que poderia ser mais bem explorado. Enfim, talvez o grande entrave seja mesmo a profusão de personagens em alguns contos e a falta de clareza sobre o papel de cada um deles na maioria dos textos.

Júlio Cortázar, o grande contista, pontuava que um conto, com toda sua brevidade, precisa ganhar de nocaute; no caso desse volume de contos, diríamos que aqui Nélida é quem foi nocauteada pelo gênero.
antuan_reloaded 10/01/2023minha estante
"Júlio Cortárzar, o grande contista" aaar




Hilton Neves 29/04/2020

Nélida partilha com a gente um bom gosto em geografia, e é uma mestra absoluta em dividir e descrever as emoções... podemos chamar isso de nelidálise? O conto lindíssimo Finisterre contém um laço intenso à vida marinha! O qual achamos depois de novo no livro. Ela prende o leitor(a) por seu ritmo bom, ao mesmo tempo o faz pensar.

Particularmente, não gostei d'O Jardim das Oliveiras nem d'As Quatro Penas Brancas por motivos óbvios. E achei q'ela forçou demais n'O Ilustre Menezes... como se calcasse as coisas no texto.

Dito isso, os outros contos são formidáveis! Feliz de aprender o que é uma voluta, e quando fala de seus amantes ela remete a Walt Whitman, mesmo na prosa. O conto-xará me fez lembrar Kafka, ao menos Hungerkünstler o fez. Com tudo isso dito, Nélida é uma escritora fortíssima!
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