Cicatrizes

Cicatrizes David Small




Resenhas - Cicatrizes


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Cassia 13/11/2012

Muitas vezes, as cicatrizes são a menor parte do sofrimento
Poucas coisas podem ser tão devastadoras na vida de alguém quanto crescer em uma família problemática.

Por vezes, os danos sofridos podem acompanhar a pessoa pelo resto da vida. Há os que não aguentam a pressão, e enlouquecem. Há os que enterram o sofrimento em algum lugar dentro de si, e continuam tocando a vida do jeito que dá. E há aquelas raras pessoas que conseguem trabalhar com isso de alguma maneira, e encontrar um modo sensível de expressar isso e contar o seu sofrimento.

Isso é o que se vê nessa graphic novel de uma sensibilidade imensa. Esta é a autobiografia do autor, David Small, que diagnosticado com um cisto na garganta com onze anos, foi operado somente com quatorze, quando a doença evoluiu para um câncer que o fez perder uma das cordas vocais, e praticamente, tirou a sua voz.

O menino cresceu em uma família disfuncional, onde os seus membros tinham pouco amor uns pelos outros, concentrados em seus próprios problemas e, por vezes, tão presos a seus próprios sofrimentos que eram incapazes de empatizar com os demais. Ao contrário, as sucessivas frustrações apenas resultavam no amesquinhamento dos adultos, que descarregavam sua angústia na parte mais indefesa da equação: as crianças.

Impossível não se idenficar com as sensações de abandono, confusão e sofrimento do protagonista.
E também não há como não admirar a narrativa, que passa a quilômetros de qualquer tipo de pieguice, mostrando-se um retrato franco e direto.

É uma história com poucas palavras, e imagens de uma expressividade imensa e tocante. A tradução de Cassius Medauar está excelente, e a parte gráfica, linda.

Para quem gosta de uma boa história, é uma excelente opção.
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Eduardo 20/11/2012

O silêncio, um mundo sem cor e cicatrizes
Postado no Site "Stealing Books":
http://www.roubandolivros.com/2012/11/resenha-cicatrizes.html


Não sei ainda se Cicatrizes é uma HQ autobiográfica tristemente aterradora ou aterradoramente triste. No entanto, a única certeza que tenho é que, de uma forma ou de outra, é uma história extremamente tocante. A autobiografia tem não só o peso da história em si a seu favor, nem só a absurdamente linda arte de Small, mas também é brilhantemente conduzida. Ela nos insere no mundo cinza, triste e silencioso da vida de David Small, um jovem de família desestruturada, que quase perde a voz e tem de aprender a lidar com seu mundo sem cor (e sem voz).

O próprio título "Cicatrizes" tem múltiplas conotações. Ela refere-se, obviamente, às cicatrizes advindas do procedimento cirurgico que, por pouco, não lhe tira a capacidade de falar. No entanto, mais do que isso, as cicatrizes referem-se às cicatrizes emocionais, vindas de todo o peso que o pequeno David tem que carregar. Sua mãe, mal humorada e carrancuda, que parece pouco se importar com o filho; seu pai, um renomado radiologista e de paternidade indiferente, mais preocupado com a carreira; o irmão, que parece não estar ali... Todas são figuras com suas próprias "linguagens" silenciosas, apáticas ao jovem David, mas que compõem seu mundo cinzento.

A narrativa de Small é essencialmente gráfica. Páginas e mais páginas passam sem uma palavra sequer, relegando às imagens a responsabilidade de contar a tragetória da triste e solitária infância do autor. O silêncio faz parte da narrativa de David Small (o autor) e do mundo do jovem David (o personagem), e terminia compondo a própria obra, se tornando um elemento fundamental da mesma.

Tudo em Cicatrizes nos traz uma sensação desesperadora, angustiante. Os tons de cinza, a arte impecável (simples, mas muito sofisticada), as sequências narrativas, os cenários vazios ou pouco detalhados, o silêncio aterrador - seja pela falta de diálogo do personagem com a família (em todos os aspectos), seja após quase perder a voz - enfim, tudo nos imerge no mundo de David.

A arte de Small, inclusive, é impressionante: com tons perfeitos, traços limpos e sutis, pinceladas propositalmente irregulares, a maestria no uso do pincel... Cada quadrinho, em cada, página, tem um sentido em si mesmo, como se Small quisesse não apenas contar sua história por quadros, mas ilustrá-la, no mais completo dos sentidos. Cabe, inclusive, lembrar que David Small é ilustrador de livros infantis por profissão, e apenas se aventura em alguns trabalhos com quadrinhos (embora aqui demonstre maestria na Nona Arte).

De toda forma, não sei bem explicar minha experiência ao ler a obra. É tudo tão triste, tão solitário, tão dolorido... Simplesmente tocante. Cicatrizes é de fato uma obra difícil de definir ou criticar, justamente por ser uma viagem extremamente pessoal, para os leitores e especialmente para o autor. Uma leitura que vale muito, muito a pena.

É isso aí, galera.
Grande abraço a todos e boas leituras.

OBS¹: Há tempos não lia nada tão dramático e intenso... Fiz a primeira leitura em uns 40 minutos, e logo em seguida fiz uma nova leitura de 3 horas... Apenas saboeando a arte e tudo que ela transmite da história de David Small.

OBS²: Depois da leitura, dei um abraço no meu pai, na minha mãe e na minha irmã. Não poderia ser mais grato pela família que tenho e ao ver famílias como a de David (que não são poucas, apesar de seu drama se dar em outra época), fico ainda mais.

OBS³: Ganhei esse livro do meu amor, minha namorada, Lilian Rosa. Obrigado pelo lindo presente, amor.
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Yuri Hollanda 08/10/2015

Cicatrizes, por David Small
Cicatrizes é uma das obras mais corajosas que já tive o prazer de ler. Não adepto a Histórias em Quadrinhos, eu, na minha ingenuidade, não esperava que um livro tivesse um poder tão alto de me tocar sendo uma HQ. Como eu estava enganado...

A autobiografia de David Small não poderia ter tido um título mais sugestivo. A bravura de Small em cutucar suas cicatrizes, reabrir essas feridas e estampá-las em suas trágicas, dramáticas mas belíssimas ilustrações, é admirável. Small teve experiências de vida delicadíssimas, e o livro é tão sincero, tão imersivo, que chegamos ao ponto de nos sentirmos desconfortáveis lendo sobre a vida de um garoto tão oprimido. Parece uma coisa que não deveríamos estar vendo.

A razão disso é por ser um livro visceralmente pessoal. Small domina tudo: as palavras usadas em seus balões, o roteiro, as maravilhosas ilustrações e os diálogos realistas de uma vida cruel. As ilustrações são um dos pontos mais altos (se não o mais alto) nos motivos com que fazem "Cicatrizes" ser uma graphic novel tão boa.

Os traços de Small trazem a melancolia intrínseca em sua vida, as cores e a iluminação dos ambientes retratados trazem implicitamente a tona todas as tragédias vividas por um menino que enfrenta muitos traumas, duelando com monstros que vivem dentro de casa quando sua arma é apenas sua inocência, sua infância, que pouco a pouco vai sendo destruída.

David foi um garoto oprimido pela sociedade, oprimido dentro de casa, oprimido pelo sexismo imposto em crianças que teoricamente não tem sexualidade/sexo/libido. Oprimido por ser criança, por ter uma visão genuinamente infantil e inocente em um meio social tão perverso e vulgar. Quando lemos sobre David, e sabemos que aquele menino tão injustiçado é o mesmo ilustrador e escritor bem sucedido de hoje, vemos que a esperança humana é uma das coisas que nos fazem ser um dos seres mais complexos que existem. E David Small é com certeza um dos seres mais fortes que existem. Ao término, me perguntei como ele conseguiu afastar os demônios de sua infância com o passar do tempo. Me pergunto se ele sequer conseguiu isso.

No fim, eu só espero de coração que sim, que ele tenha conseguido. Cicatrizes é com certeza um dos livros mais melancolicamente bonitos que existem. Ele marcará todos os seus leitores. Ele formará uma cicatriz na mente de cada um que o ler, que não vai se esvair tão cedo.

Para mais resenhas, visite:

site: www.estantenerd.com
Lola444 09/10/2015minha estante
Linda tua resenha, fiquei até curiosa! Lembro quando li "Blue is The Warmest Color" por causa de ti e adorei, mesmo tendo preconceito com HQ :P


Yuri Hollanda 10/10/2015minha estante
Lara, por favor, leia assim que puder. Eu acho até melhor que Blue, é tão LINDO. É muito tocante, me deixou chocado com tanta beleza.




Mag 04/04/2012

Cicatrizes- David Small
Vai ser difícil encontrar uma HQ mais comovente que essa...
Baseado na vida do próprio autor, mostrando a difícil convivência com a família e a descoberta de um câncer ainda na adolescência...O traço é magnífico e a narrativa é hipnotizante. Um mergulho nas profundas "cicatrizes" de David Small.
Leiam!
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Bel Bravini 02/06/2023

Leitura da psicóloga
HQ sobre o desenvolvimento infantil em um lar disfuncional. Simples, direto e profundo.
Aborda temas difíceis pra quem tenha passado por situação semelhante, então esteja preparado.
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Tania_Lamara 20/07/2022

História verídica
Um relato triste de um garoto que vive sobre a opressora educação da mãe. Tem dificuldade de se encontrar pois está sempre com a saúde comprometida.
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Marc 11/12/2011

Uma outra voz em Cicatrizes de David Small
David Small parece ter levado toda uma vida para escrever e desenhar Cicatrizes. Porque a HQ está cheia de ressentimento contra toda sua família (pai, mãe e até mesmo o irmão mais velho), e esse nível de coisas leva tempo para sedimentar. É uma típica família de classe média dos anos 50 nos Estados Unidos, com seu jardim na frente da casa, automóvel próprio, TV, etc. Mas não é sobre as conquistas matérias que fala a história.

Ela narra o período anterior a sua cirurgia de câncer na garganta quando tinha 14 anos, e sua tentativa de aprender a viver com suas limitações a partir daí (teve as cordas vocais afetadas na cirurgia e perdeu a voz). Mas, antes mesmo disso, não poupa a maneira como seus pais conduziam a casa. A mãe é caracterizada como uma pessoa mesquinha, insensível e, quase sempre, mais disposta a dar uma bronca nos filhos do que conversar e se explicar. Realmente não há nenhum tipo de condescendência com ela: “Sua fúria silenciosa era como uma grande onda negra. Ou você saía da frente, ou...” Enfim, uma pessoa que preferia o silêncio e quando falava, sempre procurava ferir de alguma forma sua própria família...

O pai, médico radiologista, também se fechava em seu silêncio no porão logo após o jantar e surrava um saco de boxe — sinal mais claro que esse impossível... Ele próprio tratou o filho dos inúmeros problemas de saúde que tinha desde o nascimento. Parecia saber o que fazia; mas, como veremos, estava enganado. Preferia a ausência a ter que se envolver de fato com a rotina da família.

Dessa forma, meio esquecido, o menino se refugia nas histórias que cria desenhando e que gosta de ler — entre elas Alice no País das Maravilhas. Na casa da avó, se depara com sua loucura, que a mãe tenta acobertar em mais silêncio. Não tem amigos e os pais chamavam as crianças da vizinhança de volta para casa quando ele saía para brincar. As idas ao hospital, esperando o pai sair do trabalho, se mostravam outro ponto difícil, porque o menino tinha medo de coisas que via. E um dia um caroço em seu pescoço chama a atenção de uma amiga de sua mãe: novo drama para David. Por mais de três anos ele espera sem saber realmente o problema que tinha, sua família omite que ele estava co câncer.

Algum tempo depois, lutando contra a falta da voz, que foi a conseqüência das duas cirurgias que enfrentou, começa a trilhar seu próprio caminho e vai a um psicólogo, que o faz ver que precisa se libertar do peso de sua família — em especial de sua mãe. Ou seja, durante toda a HQ, vemos o que ficou de sua mãe em toda sua vida. David Small, não parece ter podido esquecer a infância. Mas ainda acontece muita coisa nessa história que não vamos contar, a realidade de sua vida é tão caprichosa que ao final da leitura ainda somos surpreendidos por uma fala mais amena em relação à mãe; fala que nos parece improvável depois de tudo que acabamos de ler. Mas o que chama a atenção, sem dúvida, é que em nenhum momento ele se refere à infância como algo mágico, cheio de descobertas. Não, o mundo era violento, sem sentido e assustador em suas possibilidades.

É curioso nos depararmos com esse tipo de visão sobre a infância. Uma realidade monocromática, monótona, ameaçadora em sua maneira de introduzir as mudanças bem lentamente. Uma combinação perfeita entre texto e desenhos, capaz de produzir no leitor exatamente a atmosfera que descreve. O predomínio do cinza e do preto, as várias páginas sem diálogos... os vazios nas páginas. Faz pensar que mesmo quando a mensagem do texto é deprimente, pode haver beleza na maneira de dizer. E Cicatrizes é belíssima em sua dor, loucura, ressentimento, subentendidos. Mais que isso ainda, David Small mostra como a arte funcionou como um verdadeiro porto seguro em sua vida. É uma declaração de amor à arte, poético justamente quando usa o mesmo recurso que aprendeu com sua família, mas agora usado com outro objetivo: não dizer exatamente o que vai pela sua cabeça, esperando que saibamos compreendê-lo.

Eduardo 20/11/2012minha estante
Gostei da resenha, embora ache meio exagerada sua interpretação da retratação da mãe de David. Não percebi ali rancor, mas uma fria narração dos fatos, do ponto de vista de um menino que não via cor em seu mundo.

Poderia justificar sua nota?


Marc 20/11/2012minha estante
Olá Eduardo. Li sua resenha também. Gostei e me parece que vc tem uma visão mais otimista. Acontece que me baseei nos conceitos psicanalíticos implícitos. As sessões de análise o fazem, necessariamente, voltar ao passado e lidar com questões importantes. Daí, certamente, essa tentativa de isenção ao falar da mãe, porque tenta retomar o sentimento que o menino tinha, não o que o adulto tem. E, pensando bem, é justamente por isso que ele acaba aliviando um pouco com ela no final: porque o adulto superou os complexos infantis e o livro é o registro dessa caminhada. Em relação à nota: apesar de ter gostado muito e reconhecer que há momentos de rara beleza (mesmo quando fala de algo horrível), lamento que tenha desperdiçado tanto talento apenas para narrar um mero romance familiar. Entendo, mas não concordo, gostaria que ele tivesse tentado entender de modo mais amplo aquele mundo do menino. Um exemplo: a loucura da avó. O que significa ter uma pessoa nessa condição na América dos anos 50. Isso certamente foi um fator que ajudou à mãe se tornar silenciosa. Então, me parece que ele compreendeu muitas coisas, mas que não conseguiu sair de dentro da sala do analista...




Dose Literária 20/02/2013

me deliciei em cada página
Na primeira leitura você pode ser impelido a pensar que se trata de "mais um quadrinho de infância/adolescência conturbada e etc", mas não.
Cicatrizes é um grito sufocado.
É uma história muda.

A narrativa em si não é apenas em torno de um acontecimento e sim dos detalhes que regem toda a vida de David. A riqueza de detalhes, os traços, o silêncio...
O silêncio é quase personagem principal desse sufoco, desse nó na garganta que é o livro.

Sobre a obra, não há muito o que ser dito e sim a ler lido/visto.
Brilhantismo e delicadezas incomuns em uma só história.
Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2012/11/cicatrizes-de-david-small.html
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Claudio 06/06/2015

Silêncio e angústia
O silêncio como personagem central, passagens desenhadas de maneira a transbordar toda a angústia de uma família desajustada. Toda a raiva concentrada na face da mãe. Um título que representa perfeitamente toda a história do livro!

Foi uma ótima forma de entrar no mundo das HQs!
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21/09/2015

Nesta HQ autobiográfica, David Small nos levará a alguns momentos chaves de sua vida. Momentos de autodescoberta, revelações – um tanto quanto impactantes – o relacionamento dele com a família e de suas impressões a respeito de tudo que o cerca.

A família é totalmente desestruturada. Cada um fechado hermeticamente em seu mundinho e lidando com as suas frustrações de uma forma particular, externalizando esses problemas cada um à sua maneira: a mãe – extremamente infeliz no casamento – vive batendo as portas dos armários da casa; o irmão mais velho está sempre fazendo barulho em seu tambor e David, perdido no meio disso tudo, está sempre doente.

Por esse motivo, seu pai, um radiologista, resolve fazer alguns experimentos no filho para investigar o problema. Só que tudo isso da maneira mais fria possível, sem nunca explicar nada ao garoto. O silêncio predomina na família.

Quando adolescente, uma amiga dos pais descobre um caroço em seu pescoço na qual é feita uma cirurgia para removê-la – que ele acredita ser simples – mas que acaba afetando a sua voz.

As revelações que mencionei no início começam a aparecer aqui, e você se vê chocado junto com o David ao descobrir cada uma delas.

Os traços são simples mas há uma sensibilidade impressionante. Ele consegue transmitir toda a sua agonia e tristeza muitas vezes sem o uso de palavras. Uma verdadeira proeza.
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Jéssica 16/07/2023

Maravilhoso como artistas usam quadrinhos para contar sua vida
Nesse livro o autor fala do relacionamento difícil com sua mae e familia e o câncer que teve na infância
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Cilmara Lopes 14/05/2017

Que surpresa boa!
Uma das melhores surpresas pra um leitor é se interessar muito por uma sinopse e quando chega ao caixa:
"R$ 19,90"
"Nossa, não acredito"
Tudo é meio suspeito, mas ok, você começa a ler e se prende, e entra nos traços e no enredo, e tudo chega a ser poético.
Quando finaliza: "Não acredito que paguei só vinte reais por essa maravilha!"
David Small conta sua história, quando acorda sussurrando e descobre que numa cirurgia retiraram uma corda vocal.
Um pai radiologista que costumava tratar tudo com boas doses de raio x, e tratou a sinusite do filho assim.
Uma mãe sisuda, austera e muito problemática, não conversa, não sorri, não chora, simplesmente existe ali com aquele olhar incriminatório para todos e tudo.
David se vê perdido, sozinho e triste.
Me identifiquei muito com sua forma de encarar as coisas, se refugiando nos livros, mas quando retorna a realidade sente revolta.
Uma obra poderosa, apesar da arte simples, não deixa nada a desejar, neste aspecto me lembrou "Lucille" do francês Ludovic Debeurne, que pagamos míseros 5 reais.
Simplesmente leiam, se presenteiem com um enredo consistente, perspicaz e verdadeiro.
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marcooscaioo 06/03/2019

Uma amarga história
Uma amarga história materializada em arte através do quadrinho, o autor nos revela sua deprimente infância, fruto da criação desestruturada por parte de seus pais.

Small revela um cotidiano disfarce famíliar sustentado pelo prestígio de uma "família feliz". Na HQ, ele capta na figura materna, o desprezo e a apátia da mãe pelos filhos. E no pai, o desamoroso e neutralidade de sentimentos.

O jovem Small teve de aprender sozinho a superar a indiferença, a aceitar a ajuda do outro e refletir a história familiar de seus próprios familiares para entender, ou tentar entender o que ele passou.
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Katty 13/09/2020

O título mais representativo que já vi
A história que é uma auto-briografia extremamente sensível, consegui sentir a trajetoria junto ao autor. As ilustrações me ganharam uma das HQs com traços mais lindos que já vi com um toque obscuro.
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eusil 30/10/2023

Uma história densa, com uma sensibilidade ímpar e que faz a gente olhar mesmo para as nossas cicatrizes e tentar não esperar tanto assim do outro. lindo!
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