Ana Neri

Ana Neri José Louzeiro




Resenhas - Ana Neri


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Adeneri 26/03/2021

Uma mulher a se inspirar
Mês de março é consagrado as mulheres, por isso decidi procurar algumas obras literarias que falassem de nossas antecessoras.
Cheguei em Ana Neri por meio de um artigo. Descobri que existia um livro, mas encontra-lo foi um desafio. Achei num sebo virtual, edição de 2002, pois não houve mais tiragem. Uma pena! Porque José Louzeiro, seu autor é um grande jornalista, roteirista escritor de muitos outros livros. Escrever sobre Ana, essa mulher incrível a se espelhar, pelo seu amor, por sua força, determinação e empatia, foi sua forma de homenageá-la.
Nessa obra literária em questão, rica de significado patriótico e humanitário, Louzeiro conta sua trajetória numa narrativa de conteúdo denso, emocionante, fluido, de um período histórico trágico da nossa história, que foi a guerra do Paraguai.
Ana fica viúva muito jovem e com três filhos. Seu marido era capitão de fragata da marinha. Ela criou os filhos com a ajuda de seus pais. Eles crescem e se tornam o cadete Pedro Antônio Néri e os médicos Isidoro Antônio Néri Filho e Justiniano de Castro Rebelo.
Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que lutou na Guerra do Paraguai e os filhos de Ana foram convocados para lutar no campo de batalha.
Sensibilizada com a dor da separação dos filhos, Ana escreveu uma carta ao presidente da província oferecendo seus serviços de enfermeira para cuidar dos feridos de Guerra, enquanto o conflito durasse. Seu pedido foi aceito.
Logo em seguida Ela partiu de Salvador em direção ao Rio Grande do Sul, onde aprendeu noções de enfermagem com as irmãs de caridade de São Vicente de Paulo. Aos 51 anos foi incorporada ao Décimo Batalhão de Voluntários.
Os trabalhos de Ana começaram nos hospitais de Corrientes, onde havia nessa época, cerca de seis mil soldados internados e algumas poucas freiras vicentinas realizando os trabalhos de enfermagem. Mais tarde, ajudou os feridos em hospitais de Salto, Humaitá e Assunção.
Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de materiais e excesso de doentes, nossa heroína chamou a atenção, por sua dedicação ao seu trabalho como enfermeira, por todos os hospitais onde passou. Utilizou muitas vezes seus próprios recursos, montou uma enfermaria-modelo em Assunção, capital paraguaia, sitiada pelo exército brasileiro. Ali, Ana em toda sua tristeza descobriu que havia perdido um filho para a guerra.
Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de maio e foi considerada à primeira enfermeira brasileira. Por isso, O dia do enfermeiro é comemorado em 20 de maio.
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