Fogo

Fogo Kristin Cashore




Resenhas - Fogo - Como Tudo Começou


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Leticia 07/01/2022

Bem tranquilo e gostosinho de ler, mas a autora podia ter aproveitado mais do universo que ela tinha criado no livro anterior. Esperava mais algumas referências para me sentir nostálgica com Graceling...
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Queria Estar Lendo 22/12/2015

Resenha: Fogo - Como Tudo Começou
Se eu tinha ficado abismada com a criatividade e a riqueza da narrativa da Kristin no primeiro volume da trilogia Graceling, Fogo veio para me derrubar da cadeira e me dar uma nova perspectiva ao mundo fantástico criado pela autora. Um mundo fantástico mesmo, com elementos mágicos e um universo irresistível que vai te deixar de ponta cabeça na vida. Kristin me deixou com aquela sensação de "queria ter sido eu a escrever este livro".

Neste livro, acompanhamos a personagem Fogo - exatamente, este é o nome dela. Fogo nasceu um monstro. No reino onde ela vive, monstros são criaturas exóticas, desejadas e temidas e odiadas pelos humanos. Fogo tem cabelos coloridos, de cores exuberantes, e o poder de ler e controlar mentes, o que faz dela um perigo e uma arma. Filha de um homem cruel e também monstro, Fogo cresceu temendo as pessoas ao seu redor e temendo o alcance dos próprios poderes, certa de que sua criação a levaria a um destino terrível, visto que o pai usava e abusava dos próprios poderes. Quando uma guerra se aproxima do reino e Fogo é a única capaz de impedi-la, a corte a convoca para ajudá-los a entender o inimigo que está caminhando em sua direção.

"Monstros humanos tinham a tendência de não viver muito. Predadores demais, inimigos demais."

Uma jornada de auto-descoberta e de aceitação, principalmente. Fogo traz, com sua narrativa maravilhosamente política e emotiva, uma perspectiva diferente da de Graceling; não estamos no reino onde pessoas dotadas são criadas pelo rei para serem guerreiras. Estamos no reino onde monstros-humanos são odiados e raros, e onde criaturas como Fogo despertam o pior e o melhor dos humanos próximos dela. Fogo esconde os próprios cabelos com um lenço porque a mera visão deles deixa principalmente os homens sem controle sobe si próprios. Ela teme ser quem é e todas as dores e consequências que sua existência traz para ela. Fogo cresceu vendo um homem amar a condição de monstruosidade, mas seus flashbacks remontam a agonia que a acompanha desde o seu nascimento.

"Ela supôs que o comandante do Exército do Rei provavelmente teria tantas cicatrizes quanto um monstro humano."

Fogo é uma personagem rica. Rica em emoções, em medos e em vida. Ela salta das páginas conforme sua história avança, e você se apaixona perdidamente por cada momento vivido por ela. Fogo é humana tal como é monstro; seus poderes aumentam e se desenvolvem conforme ela se aproxima deles e os aceita. A própria concepção de "monstro" muda de acordo com as situações que ela vive; a palavra deixa de ser uma ofensa e se torna uma verdade. Ela é um monstro, ela é uma aberração, e ela precisa aprender a crescer e se fortificar por causa disso.

"Um monstro exalava tudo o que era ruim, especialmente um monstro feminino, por causa do desejo e dos infindáveis canais pervertidos para a expressão da maldade. Para todos os homens fracos, a mera visão dela era uma droga para suas mentes. Que homem poderia usar bem o ódio ou o amor quando estava drogado?"

Ao redor de Fogo, conhecemos personagens tão poderosos e marcantes quanto ela, mas poderosos apenas em sua humanidade.

Archer, seu melhor amigo e amante ocasional, a entende e protege desde que se conheceram. O amor de Fogo por Archer é diferente do que ele sente por ela; ele é mais possessivo, mais super-protetor, mais precavido com cada passo que ela dá. Quando Fogo precisa partir para ajudar a corte real, Archer se torna uma sombra ciumenta e um emotivo amigo apaixonado desejoso por ajudá-la, mas sem entender que não precisa fazê-lo. Brocker, pai adotivo de Archer, é um ex-militar compreensivo e complacente, muito mais racional que o filho. Fogo vê nele uma figura mais paterna do que o próprio pai. Cansrel, o monstro-humano que a criou depois da morte da mãe, era ambicioso e perigoso e amoroso de sua própria maneira. Diferente dos outros monstros que ele guardava e possuía somente para si, Cansrel protegeu e ensinou a filha a se resguardar e a ampliar seus poderes e amá-los como deveriam ser amados. Ele era cruel, mas também era um pai.

"- Haverá guerra, lady, e o desperdício de vidas será terrível."

Na corte real, os quatro herdeiros do rei recebem Fogo em sua empreitada para tentar ajudá-los - ainda que ela hesite e se negue, no começo. Nash é o rei, um homem centrado que, a princípio, perde as próprias razões ao ver e desejar a mulher-monstro. Nash cresce na narrativa tanto em autocontrole como em presença. Ele se torna mais rei conforme a história avança. Clara e Garan, os gêmeos, são carisma e seriedade. Clara, a simpatia em pessoa, é uma princesa ciente de seus poderes e de sua influência, ansiosa por estar na presença de Fogo como uma amiga. Garan é a parte política e administrativa, é um rapaz soturno pela doença que o cerca, mas igualmente marcante.

"A dor podia ascender sempre e, bem quando se pensava que havia atingido o limite , ela podia começar a se espalhar pelos lados, derramar-se, contagiar outras pessoas e misturar-se com a dor delas."

Por fim, o segundo irmão, comandante do exército: Brigan, meu amor, minha vida. No início do livro, Fogo o teme por ele odiá-la, uma vez que ela é filha de Cansrel, e por ser um monstro. Com o tempo, no entanto, Brigan passa a entendê-la e a simpatizar com ela e ela com ele. Os dois passaram por momentos difíceis e os dois confrontam uma guerra que está por vir; Brigan vê a tristeza dela e a entende como entende a própria.

"- Fogo. - disse ele. - Você me perdoará por eu tomar sua beleza como um conforto?
- Você me perdoará por eu extrair minha força da sua?
- Você poderá sempre extrair qualquer força que eu possuir. Mas você é forte, Fogo. Neste momento, eu não me sinto forte.
- Eu acho que nós não sentimos as coisas que somos. Mas outros conseguem senti-las. Eu sinto a sua força."

O jeito como Kristen desenvolve o relacionamento deles deixa você babando e rastejando por mais e mais e mais, porque é uma ligação poderosa e indescritível. O romance é tão forte quanto a amizade e o sentimento de compreensão; é um amor forte e fortificador. Um sentimento que cresce e se torna uma supernova prestes a explodir. Você os quer juntos acima de tudo.

"Nem todas as pessoas que inspiravam devoção eram monstros."

Através da narrativa fluida, Kristin nos entrega um romance arrebatador, uma guerra devastadora e uma trama política perigosa. Conforme Fogo cresce e se torna uma arma que só ela mesma pode e vai usar, as batalhas acontecem, o amor floresce e o perigo espreita através de novos horizontes. Com um desfecho real e lindamente escrito, Fogo - Como tudo começou entrega uma fantasia com início, meio e fim bem determinados, e eu obrigo você a procurar por este livro quando quiser uma leitura devastadoramente perfeita!
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Jaque 10/06/2014

Depois de ler Graceling, um livro que eu terminei em 3 dias de tão cativante para mim, eu estava ansiosa para ler a "continuação" da série Os Sete Reinos.

Kristin Cashore novamente nos apresenta à uma heroína que possui provavelmente a arma mais poderosa em sua época: a beleza. Fogo, a protagonista, é, para o deleite dos leitores, uma personagem complexa. Fiquei satisfeita ao ver que a autora trata as personalidades de todos os personagens de forma realista; todos com suas qualidades mas também seus defeitos.

A história em si, na minha opinião, deixou um pouco a desejar. Tudo acontece de forma lenta e nada realmente grande acontece. Eu li o livro entre grandes intervalos de tempo e ainda assim não perdi o rumo da história devido a sua simplicidade. Para alguns isso pode ser algo bom, mas eu preferiria algo mais dinamico. Fora isso, é um livro que eu que eu categorizo como um bom livro, que vale a pena sim ler e ter na estante. Até porque a arte da capa é belíssima!!
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Fernanda Nia 19/12/2013

Personagens humanos e adoráveis. Tanto que senti a perda dos meus amigos ao final.
E nem foi o universo detalhadíssimo ou os infinitos plot twists que me fizeram amar a história. Além de a autora explorar os conflitos humanos de todos os personagens de forma única e acreditável, me apaixonei pelo romance. Ele aparece de onde o leitor menos espera e vai crescendo de mansinho, até que fica tão intenso que você se pega com os joelhos tremendo dentro dele. Lindo!
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Beatriz B. 13/10/2013

Tive vontade de ter uma conversa séria com a autora e perguntar o que aconteceu com seu dom de escrever.
A Trama: Depois da cativante história de Graceling, eu esperava ainda mais de Fogo, porém a única surpresa que tive foi me decepcionar com a história.
Tudo se resume, no cotidiano de Fogo, à uma garota que nasceu filha de uma mãe humana e um pai monstro, não só no aspecto físico. A história se passa em Dells, um lugar distante dos Sete Reinos, mas não que seus tremores sejam brandos: monstros de um colorido berrante e dotados de uma mente capaz de enganar suas vítimas até atraí-las para o bote fatal. Fogo, a protagonista, herdou esse poder de seu pai.
Sinceramente, não há muito o que explicar na trama. Fogo vivia a maior parte do tempo em palácios, evitando chamar atenção, pois as pessoas ficavam diferentes em sua presença, fosse para atacá-la com um ódio crescente ou persegui-la por terem sido seduzidos. Há uma guerra acontecendo, com a qual não temos muito contato, e mesmo que todos criem desculpas, fica óbvio que estão lutando pela morte ou pela proteção de Fogo.

A Protagonista: A melhor parte do livro deveria ser Fogo, mas ela foi só mais um dos fatores que contribuiu para que o livro não atingisse seu potencial. Eu pensava que com tudo isso de ser filha de um monstro, ter força sobre-humana e poder controlar mentes com seu cabelo cor das chamas, o livro não tinha como falhar. Porém praticamente durante toda a trama, Fogo vive com hematomas, cortes, cicatrizes, sangrando e reclamando de como doía se mexer. Demorava demais para tomar decisões, mesmo que parecesse óbvia a resposta certa e não parecia se preocupar em ter atitudes decentes.

Os Personagens Secundários: Achei boa parte dos personagens superficiais, cumprindo apenas o papel deles, não tiveram espaço para de desenvolver, nos conquistar ou apenas para permitir que os conhecêssemos melhor. E aqueles que apareciam com mais frequência me deram a impressão de que a autora tinha esgotado seu estoque de ideias, e isso inclui os diálogos repetitivos. Outra coisa que me irritou foram os nomes parecidos, como Nax e Nash. Além da grafia estranha da maioria deles, um borrão se passava na minha mente quando o nome era ilegível.

Capa, Diagramação e Escrita: Era para a capa ser bem bonita, seus detalhes de fundo realmente são, mas o que mata tudo é a cor do título sair tão facilmente. Eu encontrei vários erros de pontuação e tradução, faltou sim uma boa revisão. Porém, os espaçamentos estão excelentes e o tamanho da letra também.
Kristin, o que foi que aconteceu!? A ideia inicial era ótima, eu esperava uma protagonista forte e um livro repleto de ação, mas o que temos é uma rotina tão monstruosamente monótona quanto a protagonista provou ser e ao invés de romance temos apenas casos e mais casos aleatórios e que não contribuem em nada para o andamento da história. Com a narrativa em terceira pessoa, chovem repetições de nomes de personagens, mas a história é tão focada em Fogo que ela parecia a narradora de um jeito maçante. A autora deixa transparecer demais as "fragilidades da mulher", talvez como forma de tornar Fogo mais humana, mas ela virou uma marionete que só sabia chorar e sentir medo de tudo.

Concluindo: Eu esperava um livro emocionante, mas a meu ver ele só serviu para contar brevemente a origem do personagem mais temível de Graceling. O livro não interferiu em nada com a história do volume anterior, até o que ele revela sobre o vilão deste poderia ser desconsiderado sem causar alteração. Mesmo sendo uma trilogia que não precisa ser lida em ordem, recomendo que comecem com Graceling, pois até agora é o único que vale a pena.
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Psychobooks 08/05/2013

Esperei esse lançamento por muito tempo! Depois de terminar a leitura de Graceling em 2011, eu já queria emendar a leitura de Fogo, mas o lançamento aconteceu só agora, no começo de 2013, foi uma longa espera!

- A Série

Essa é uma trilogia bem diferente, seus livros são independentes e podem ser lidos em qualquer ordem. Portanto, se você ainda não leu Graceling, pode ler Fogo sem problemas, você irá entender todo o enredo e não receberá nenhum tipo de spoiler do livro anterior. Aliás, Fogo se passa antes de Graceling ;)

- Enredo

Fogo é a última da raça de monstros humanos, seres dotados de habilidades especiais, seu maior dom é conseguir penetrar na mente das pessoas e manipulá-las. Com uma aperência irresistível, cabelos magníficos com a cor das chamas, ela é igualmente amada e odiada, por isso, seu pai achou melhor criá-a em uma cidade longe da corte. Mesmo com um dom poderoso, ela prefere se resguardar e não invadir a mente das pessoas, exceto quando corre algum risco.

Depois de um reinado conturbado, Nash herda de seu pai terras devastadas, rebeldes se aliando contra ele e uma guerra eminente pelo poder. As estradas estão cheias de ladrões e pessoas sem escrúpulos. Viajar sem uma comitiva é perigoso e considerado suicídio.

Príncipe Brigan, irmão do Rei Nash, vem até a casa de Fogo solicitar sua ajuda para descobrir a verdade que os prisioneiros escondem e salvar o reino. Finalmente Fogo vai conhecer sua cidade natal e descobrir que com a prática, ela pode ser muito mais poderosa do que jamais sonhou. Sua grande preocupação é saber seus limites e não ser cruel como seu pai um dia foi.

- Narrativa e Personagens

A narrativa é feita em terceira pessoa, sob o ponto de vista da Fogo. A leitura é rápida e empolgante, as mais de 500 páginas passam sob os dedos do leitor sem que ele perceba. Poderes sobrenaturais, romance, sexo, traição, política, são alguns dos temas tratados pela autora.
Fogo tinha tudo para ser uma personagem forte e acredito que foi a responsável pela minha decepção com o livro. Em vez de ser dona de si, ela se conforma em ir para todos os lugares com uma guarda especial, tem crises de choro constantes e no final do livro ficou tão depressiva, que eu queria dar uns tapas para ver se ela acordava para a vida. Muitos podem dizer: 'Ah, mas ela passava por uma grande perda'. Sim, eu entendo a perda dela, mas o mundo ao seu redor estava desmoronando e ela só pensava em desistir de tudo.

Archer é o melhor amigo de Fogo desde que os dois eram crianças. Ele sempre a defendeu, não resistiu aos seus encantos e se apaixonou por ela. Os dois têm uma relação um tanto quanto diferente do que estamos acostumados a ver na literatura YA.É um daqueles personagens que causam sentimentos conflitantes, eu não gostei dele, seu ciúme em relação à Fogo é exagerado, mas compreensível perando ao poder que ela exerce nas pessoas, mesmo que inconscientemente.

Brigan é aquele personagem que conquista o leitor desde o princípio. Jovem, mas com uma carga de responsabilidade muito grande, ele é destemido, forte, mas também mostra seus momentos de ternura e carinho.

- Concluindo

Gostei muito do livro, no entanto, esperava um pouco mais. A parte do romance ficou em segundo plano, foi crescendo aos poucos, principalmente por causa da ausência de um dos envolvidos, mas com a aproximação do final do livro, as coisas ficaram um pouco 'atropeladas' e isso me incomodou. Outro ponto negativo foi a 'mistureba' entre as famílias e no final, as grandes revelações nem foram tão surpreendentes.

Deixando de lado essas 'falhas' o livro é muito bom, uma leitura agradável para quem gosta de bastante ação, personagens nada puritanos, realeza, guerra e histórias medievais.

Obs: eu acho que o nome da personagem Fire, não precisaria ter sido traduzido para Fogo, bastava apenas uma nota de rodapé informando que em inglês Fire significa Fogo. Quando apelidos são traduzidos, não me incomodam tanto, mas nomes próprios? Sim, isso me incomoda muito.

"Um monstro exalava tudo o que era ruim, especialmente um monstro feminino, por causa do desejo e dos infindáveis canais pervertidos para a expressão da maldade. Para todos os homens fracos, a mera visão dela era uma droga para suas mentes. Que homem poderia usar bem o ódio ou o amor quando estava drogado?"

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Yasmin 22/04/2013

Trama intricada e inteligente, executada com perfeição e personagens inesquecíveis.

Desde que li Graceling fiquei morrendo de vontade de ler o segundo da série, mas primeiro fiquei um pouco frustrada por não ser continuação. A história de Fogo se passa trinta anos antes do primeiro livro, em outro reino e com personagens diferentes e a única ligação entre os dois acaba se provando uma surpresa. Kristin Cashore não só consegue manter o nível espetacular do livro anterior como apresentar uma trama interessante e nova. Tão fascinante e rico quando seu antecessor Fogo vai conquistar novos e antigos leitores.

Fogo não é uma garota comum. Ela é meio humana, meio monstro e tem poderes com a mente. É capaz de sentir as emoções, alterar o pensamento das pessoas e forçar a verdade. Ela enxerga a mente como uma coisa maleável, que pode ser usada de muitos modos. Ela é filha de Cansrel, conselheiro do antigo rei Nax e conhecido por sua maldade e crueldade. Enquanto o pai nunca hesitou em tirar o máximo de proveito das pessoas com seu poder Fogo tem medo da sua capacidade e tenta usar o menos possível algumas das suas terríveis e poderosas habilidades. Fogo viveu a vida inteira afastada da corte em uma propriedade ao norte dos Dells. Cresceu com Archer filho de Brocker, ex-comandante do exército do reino que teve as pernas cruelmente destruídas pelo rei Nax depois de alguma misteriosa ofensa. Após a morte do rei o reino caiu em pedaços. Nash, seu filho mais velho luta para evitar uma guerra, mas dois senhores rebeldes, um no norte e um ao sul ameaçam atacar em duas frentes. Em visita a mãe do rei Fogo descobre um intruso nos aposentos de Nash, mas não consegue detê-lo e não o encontra. A tensão entre ela e os dois príncipes, Nash, atual rei e Brigan, atual comandante do exército era insuportável. Para eles ela era um monstro e a figura de Cansrel, o cruel conselheiro que levou o pai deles a loucura desenfreada e o homem que vivia tentando assassiná-los. Mas tem algo sobre Fogo que os dois não sabem. E mesmo relutante parte para a Cidade do Rei para tentar ajudar e evitar a guerra. Mas eles querem mais, querem que Fogo use as habilidades que ela sempre repudiou e temeu.

A premissa é essa e se querem saber minha opinião sincera eu achei brilhante. Esse pedacinho na parte detrás dos Sete Reinos, separados por uma cordilheira de montanhas chamado Dells é simplesmente fascinante. Com seus monstros coloridos e poderes mentais e sua iminente guerra após um reinado trágico e conturbado. Repleto de pessoas fortes, com uma ciência avançada e um conceito bastante moderno de relacionamento, mas com ares medievais. Kristin Cashore se supera mais uma vez ao nos apresentar Fogo e mais uma legião de personagens bem construídos, sedutores e inesquecíveis. E a trama, que trama!

A forma como a autora entrelaçou os personagens e suas histórias pessoais já era o suficiente para manter todo o mistério em torno da trama, mas indo além Kristin nos trouxe a guerra, e uma guerra de espiões, rebeldes, grandes exércitos e batalhas. Junte as batalhas de O Senhor dos Anéis com o jogo político e militar cruel pelo trono em As Crônicas de Gelo e Fogo e ali no meio, na interseção entre essas grandes obras você encontrará Fogo e a guerra pelos Dells, e seus personagens ricos, com históricos pessoais pessoais misteriosos e intrigantes. As descrições são bem dosadas, passando o tom certo do ambiente sem falar no adicional sobre sentimentos e emoções já que Fogo percebe tudo. Essa combinação deixa a leitura irresistível.

Além dos poderes Fogo tem uma beleza desconcertante, seus cabelos são mais do que ruivos, e sua beleza desperta o que tem de melhor em algumas pessoas, mas também o que tem de mais vil e violento em outras. Sempre se resguardando e afastando mentalmente homens e mulheres que desejam atacá-la. Fogo vive um dilema sobre si mesma e o que a separa de seu terrível pai. Ela nunca teve tantas pessoas a sua volta e a amizade das pessoas a desconcerta. Merecem destaque a guarda pessoal de Fogo, secundários mais ótimos. Clara, a princesa e Garan também príncipe e chefe dos espiões. A pequena Hannah, e não poderia deixar de citar Archer, Brocker, Nash e Brigan. Sendo Brigan o mais brilhante deles. Sem dúvida o melhor (e mais apaixonante) personagem masculino dos últimos anos.

Leitura rápida, viciante e envolvente, com um final à altura, sem meio termos e que leva as ações até as consequências finais. A trama é ágil, complexa, com elementos cruelmente necessários, intricada, executada de forma perfeita com desenlaces que não poupa nada e ninguém, sem deixar pontas soltas. Se pensa que é juvenil está perdendo tempo, é uma fantasia de primeira, mais adulta e forte. Kristin entra para a lista de autores que excedem qualquer expectativa. A edição da (...)

Termine de ler o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/04/resenha-fogo.html

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Ana 11/03/2013

O livro é uma historia muito boa, não gostei pelo fato de não ter dito muito sobre Leck, acho que ele merecia atenção. Adorei o romance entre Fogo e Brigan, não pensaria em uma menininha mais fofa do que Hanna. Mas acho, seriamente que a autora tem problemas com seus protagonistas, primeiro Po com sua cegueira e depois Fogo perdendo dois dedos da mão.
Graceling continua sendo meu favorito, mas Fogo superou minha percepçao, amei os personagens. Todos ele.
Fran 26/09/2016minha estante
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