SamuellVilarr 28/08/2021
Crepúsculo dos Ídolos, Friedriech Nietzsche.
Considerava este livro como o mais adequado para se "abrir o apetite" ao seu pensamento, após se ler, poderia dizer que concordo plenamente com o autor. Aqui está presente grande parte de sua crítica á moral e á todas outras características do cristianismo, do bem, do homem, do pensamento, dos filósofos, sempre estabelecendo críticas contundentes e pertinentes no sentido de ser preciso. Manifesta -se uma análise de muitos aspectos da história e das ideias de alguns Filósofos, os mesmos pelos quais alguns que pensaram na moral enquanto algo considerável, são devidamente criticados por fazê-lo, assim também como no cristianismo e na ideia de Deus, como também, na divisão entre real e razão prática, ideias atribuídas a Kant e a sua aversão á mesma pelo fato de que o nada e não-ser prevalece, e essa, por Nietzsche, se entende como um dos principais exames do Filósofo. Traz no primeiro capítulo citações breves que antecedem e resumem (se tem a mesma impressão após se ler os capítulos posteriores) o que ele pensa e critica em breves palavras e sendo conciso, pois, percebe-se uma semelhança nas citações com o que ele desenvolverá posteriormente, como exemplo, a citação de que tudo que não lhe mata, lhe faz mais forte e outras, porém, considero que se leia o texto por sua totalidade e perceberá este aspecto. Ele inicia o texto recorrendo as ideias dos gregos antigos, sobre a validez da vida, e finaliza com sua posição enquanto filósofo, o mesmo que diz que foi um dos últimos discípulos de Dionísio. Tudo aquilo que lide ou interprete a moral ou o cristianismo e a ideia de Deus como uma questão representativa ou de imposição é devidamente contrariada por Nietzche, uma certa aversão insistente quanto á essas questões é um aspecto muito perceptível. O leitor consegue perceber a insistência do diálogo, a permanência das questões, as perguntas, o retorno às ideias de filosofos, escritores e personalidades históricas, com isso, penso que se perceba a forma com a qual o autor estrutura suas ideias e pensamentos, e desenvolve o seu texto, um dos motivos pelos quais possivelmente o mesmo tenha descrito como para 'abrir o apetite' do leitor, pois, sua caracterização em quanto filósofo e a natureza das suas instigacões investigativas, representam Nietzsche de uma maneira consistente, sobre a qual o filósofo procura e busca estabelecer um instinto filosófico rígido de certa forma, da natureza das ideias e da percepção comum da vida, tais ideias para Nietzsche são afrontosas e instigantes como exercício do pensamento filosófico, por isso, acho interessante se conhecer.