Topeka School

Topeka School Ben Lerner




Resenhas - TOPEKA SCHOOL


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Leitor Subversivo 25/04/2024

Esse livro vai precisar ainda de uma releitura para eu conseguir fazer uma resenha decente, mas ele é de fato excelente
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anterique 22/07/2021

Variação de temas
Bom, Topeka era uma leitura bastante aguardada por mim para esse ano, senti imerso nesse livro desde o primeiro momento. Ben colocou uma variedade de temas/assuntos para a reflexão, obviamente achei que alguns ficaram com pontas soltas ou o autor não soube trabalhar bem. Outro ponto que devo mencionar foi a troca de narradores entre os capítulos, Jane tinha as melhores narrações, compreendi e achei a personagem mais interessante.
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Higor 24/12/2020

"Lendo Pulitzer": sobre masculinidade tóxica, abusos, bullying e suas marcas
Eu me questiono bastante sobre quais são os critérios escolhidos para a publicação de livros premiados no Brasil, tendo em vista que carregar o peso de "Vencedor do Prêmio X" ou até mesmo de "Finalista do Prêmio Y" pode alavancar e muito as vendas. Tal questionamento se deve pelo fato de que livros improváveis, simples finalistas de um ano ganharem traduções, enquanto o próprio vencedor do mesmo ano não ganha seu lugar ao sol.

O que pesa é o valor cobrado no original e o retorno que esse livro pode ou não ter? O mero nome de um autor famoso e o arriscar em livros de estreia ou simplesmente livros altamente regionais, que perderiam sua essência em sua tradução?

"Topeka School", finalista do Prêmio Pulitzer, é o tipo de livro que, sinceramente, parece ter ganhado uma tradução apenas por conta do autor, Ben Lerner, conhecido pelo seu aclamado livro Estação Atocha, tanto que a editora sequer menciona os prêmios pela qual o livro foi nomeado.

O grande problema, então, e logo se nota ao ver que tais prêmios são unicamente estadunidenses, e não de língua inglesa, como o Man Booker, ou de tradução, porque o livro em si é extremamente regional, condicionado a um pensamento que, embora seja similar em um país inteiro, os EUA, e até mesmo tenha um fio condutor que vai estar em pauta no mundo todo, inclusive no Brasil, sua essência inteira, no aspecto cultural, vai se perder em uma tradução, pois está relegada a Topeka, aquela cidade do Kansas que nada sabemos além do que se passa em filmes e séries.

"Topeka School" fala sobre os Gordon, mãe, pai e filho, professores e aluno, respectivamente, da Topeka School e sua relação neste ambiente com outros colegas, sejam de profissão, ou alunos. De forma não cronológica, cada um vai contando sua vida no passado, assim como o presente e suas aspirações para o futuro, ao mesmo tempo em que se relacionam especificamente com Darren, um garoto problemático e que, logo no início, já sabemos ter feito uma atrocidade a uma colega.

O livro teria um assunto até batido, nada além do lugar-comum, se não fossem os temas espinhosos de abuso sexual, masculinidade tóxica bullying. Uns podem até dizer que tais assuntos ainda assim são batidos, mas a diferença está justamente na maneira em que são contadas, expostas ao leitor, em primeira pessoa, com sinceridade, mostrando sem meios-termos as vergonhas e receios que as vítimas carregam ao longo da vida. São relatos francos, assustadores até, e que levam o leitor a reflexão.

O ponto baixo do livro, no entanto, é principalmente a sensação de que não há vozes diferentes narrando a história. Não há recurso que apresente a diferença, e leitores desatentos, mesmo com assuntos diferentes, não vão lembrar quem dos Gordon, se Adam, Jane ou Jonathan é o narrador. Além disso, a presença de pensamentos, costumes e fatos do Kansas, especificamente em Topeka, ou dos Estados Unidos, de maneira geral, vão trazer certo pesar para a história. Termos sem tradução, como Spread, Speech Shadowing, termos teóricos, dentre outros, que embora explicados na história, não empolgam.

É fácil entender o motivo de "Topeka School" ser finalista do Prêmio Pulitzer, afinal, basta ler seus pré-requisitos. Este é um livro de americano para americano. Trata-se de temas, atitudes e problemas que quem vive naquele lugar vai ser o feeling, a nostalgia ou até mesmo a identificação, mas só a eles. Os temais mais gerais, enfrentados em qualquer lugar, vão certamente mexer com o leitor, mas ainda assim, não será o suficiente para amar o livro.

Um livro bastante moderno, que certamente vai ficar na mente dos leitores americanos e figurar nas listas de livros do século XXI ou da década americana, "Topeka School" parece apagado fora de sua terra natal. Os assuntos, alguns até que recorrentes aqui mesmo no Brasil, não são suficientes para fechar satisfeito o livro, ao final, sobre a história do oeste americano e seus problemas sociais.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Pulitzer'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Carolina 14/11/2020

Gostei
Resolvi ler esse livro porque adorei ?Estação Atocha?. Gosto de como o Ben Lerner descortina a mente dos personagens e coteja seus pensamentos mais íntimos com suas ações em sociedade. Em ?Topeka School? fiquei com a impressão que este livro seria mais bem compreendido por pessoas que viveram e conhecem o cotidiano dos subúrbios norte-americano. A narrativa não sequencial no tempo e no espaço me deixou um pouco perdida em algumas passagens. No geral, gostei do livro, gostei da analogia entre o spread e a produtividade que é demandada das pessoas em todas as áreas da vida. Um livro bem interessante para pensar no rumo que a sociedade ocidental vem tomando e, consequentemente, conduzindo todo o mundo nessa direção.
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