Resenhas - Terrores da Noite

Jenni Margiotto 11/08/2021

Um suspense diferente
O mais incrível desse livro é que ele traz uma perspectiva fora da minha zona de conforto. Quando um delegado indígena precisa lidar com mortes misteriosas no povoado, tendo em paralelo uma suspeita de peste bubônica e dilemas sociais. Realmente vale a pena pois entrega tudo por ser um suspense diferente e mesmo sendo escrito a tantos anos ainda se faz muito atual.

Manny Chuva 10/06/2021

Tedioso
O começo e o final são legais, mas o tanto de enrolação no meio desanima demais. Demorei muito além do que esperava para ler este "pequeno livro eterno". Valeu apenas o conhecimento sobre a cultura dos nativos norte-americanos. Se cortasse toda a informação e descrição tediosas o livro todo poderia ter umas cem páginas apenas. Não recomendo.

OToloDeAmarelo 26/05/2021

Ótimo!
Vôo silencioso. A mordida. O sangue sugado. A peste e seu mensageiro alado: O Morcego-Vampiro. ?Sua voz é um murmúrio, suas asas largas e etéreas, os dentes afiados como facas e eles têm um apetite insaciável. Terão de chegar logo à tribo Hopi, porque a opção, viver ou morrer, deve ser feita antes do anoitecer?. Um extraordinário relato de horror e magia, inspirado em lendas indígenas. Um velho índio hopi desperta do mundo dos mortos, na forma de devastadores morcegos, para vingar as humilhações sofridas por seu povo.

Terrores da Noite é uma excelente surpresa literária que me deixou muito curioso e me conquistou com rapidez por suas páginas. Martin Cruz Smith equilibra a fluidez dos eventos e investigações dos seus personagens, os apresenta de forma coesa e fornece os detalhes mais necessários para que possamos compreender suas relações e atitudes sem muita demora; por outro lado, os ataques dos morcegos são feitos de forma ainda mais primorosa, bem detalhada e muito bem escrita, de modo que as imagens se formam bem nitidamente em nossas mentes. A cena do ataque do acampamento é a melhor do livro e empolga bastante!

Mesmo sendo um livro que trata também de magia e mitologias, o enredo procura manter sempre os pés no chão com explicações científicas e sem tanto exagero nas cenas de horror. Também é um dos poucos livros que li com um índio como protagonista, o que é louvável. Simplesmente, um baita livro de terror com ótimas cenas sanguinolentas e criativas. Vale muito a pena!

kmile_repossi 24/06/2020

Mais ou menos
Foi uma leitura bem razoável do início ao fim. Daria um bom filme no estilo de "tubarão tóxico", anaconda ou coisa nesse estilo.

Willians 21/02/2020

Em uma reserva dos índios Navajos, no sudoeste americano, são encontrados alguns corpos dilacerados, atacados por animais selvagens, mas o que eles ainda não sabem é que animais são esses. Um livro com suspense na medida certa. Bom livro.

Scariot 11/03/2019

Esperava mais
Após morrer, um velho índio retorna do mundo dos mortos na forma de morcegos-vampiros para se vingar das humilhações sofridas de seu povo. O livro tem bastante suspense e tensão, um pouco de terror e uma boa dose de sangue derramado. A trama se passa no deserto americano onde a grande parte dos personagens são índios, o que é legal culturalmente falando, já que é bem difícil vermos esse tema em livros (eu por exemplo não me recordo no momento de algum outro). O livro trata bem sobre uma briga cultural, política e econômica entre as tribos Navajo e Hopi, enquanto os Navajos queriam a modernização, os Hopi queriam manter as tradições. Para mim, esses são os pontos fortes do livro. Não nego que fiquei um pouco decepcionado, realmente eu esperava um pouco mais da tal vingança e o autor também descreve muito, deixando por muitas vezes o foco no suspense de lado para ficar descrevendo cenas. São bem descritas? Sim, são, mas são demais, chegando a ficar um pouco tedioso em certas partes. Vale sim a leitura, mas não é aquele livro para ficar grudado durante horas lendo.

Rub.88 07/02/2018

Masaw
A pandemia de peste negra matou mais de 75 milhões de pessoas na Europa e Ásia no século 14. O vetor foi às pulgas de ratos infectados. A influenza ou gripe espanhola como foi apelidada na época, vitimou entre os anos 1918 e 1920, de 50 a 100 milhões pessoas no mundo inteiro. O local do começo da epidemia é desconhecido e a origem do vírus, se foi aviaria ou suína, ainda é pesquisada e debatida.
Em Terrores da Noite de Martin Cruz Smith, vampiros estão atacando as reservas indígenas dos Hopis e dos Navajos no deserto. Não estou me referindo a figuras sinistras que andam em noites enevoadas, ocultos por capas e usando cartola, que dormem em caixões e tem medo da luz do sol. Falo de morcegos que se alimentam exclusivamente de sangue.
Uma colônia deslocada de mamíferos voadores passou a atacar ferozmente o escasso gado local e as poucas pessoas que moram por ali. E além da predação incomum, os morcegos transmitem um patogênico altamente fatal às vitimas sobreviventes.
Concomitantemente um velho índio, que foi excluído do resto da tribo, esta fazendo um ritual para começar o fim do mundo. O bruxo maluco tem como único amigo o delegado Jovem, Jovem é o nome dele no romance. Jovem vem visita-lo de vez ou outra para tentar se religar a suas raízes ancestrais de que vem fugindo toda a sua vida adulta.
As duas estórias distintas vão se unido na trama. Chefe do conselho da reserva tem interesses em explora às terras indígenas, que tem petróleo, por isso tenta minimiza e abafar o problema. Uma grande cerimonia para chamar as chuvas atrai um grande grupo de brancos para assistir. Um biólogo consciente da praga age quase nas sombras. A geografia típica do deserto onde o socorro para quem precisa pode nunca chegar. A crise de identidade de Jovem e conflitos étnicos. E, logico, um bando de morcegos sanguinários com presas afiadas e mira guiada por um preciso radar natural.
Livro de 1977 é muito bem escrito, com informações sobre as lendas Hopis, como a da chegada do Pahana, o irmão branco perdido. Em tempos de surtos de doenças raras, ler sobre a irresponsabilidade dos lideres que negligenciam a saúde da população por motivos financeiros e do desespero que a ignorância provoca nas pessoas menos esclarecidas e de se meditar sobre natureza humana e como um apocalipse não é de todo uma má ideia.

AmadosLivros 20/06/2017


"Sua voz é um murmúrio, suas asas largas e etéreas, os dentes afiados como facas e eles têm um apetite insaciável. Terão de chegar logo à tribo Hopi, porque a opção, viver ou morrer, deve ser feita antes de anoitecer."

Esse é mais um daqueles livros que minha mãe encontrou perdido nas suas caixas de bagunças. Assim como foi com A Profecia, quando ela o encontrou, me entregou. E assim como aquele, este também tem ainda o preço - 27,00 cruzados - colado na capa (acho que mainha gostava de manter os preços, só pode). Pelo nome, Terrores da Noite, a minha vontade de lê-lo surgiu. E foi isso que fiz, o li. E agora vou contar para vocês o que achei do suspense escrito em 1977 por Martin Cruz Smith.


Smith criou um livro de terror e suspense, digamos, na medida. Não é super empolgante ao ponto de você devorar o livro em dois dias, mas também não é tedioso ao ponto de você levar meses ou abandonar a leitura. Pelo menos foi o que achei. Acho que isso influenciou para que o livro virasse best seller na sua época. Isso e o foco dado aos personagens humanos da história. Assim como Tubarão, do seu tempo também, a vida das pessoas é bem destacada, os personagens principais são os protagonistas e os "terrores da noite" - no caso de Tubarão, o "terror marítimo" - são apenas antagonistas, secundários. Isso no livro. Terrores da Noite também teve filme e pelo que ouvi falar, um típico filme trash dos anos 70. Provavelmente deve ter acontecido o mesmo que com Tubarão, deram ao personagem título o foco de protagonista. Mas isso são outros quinhentos, vamos ao livro.

A história basicamente é a seguinte: a trama se passa na região desértica do Arizona, nos Estados Unidos, onde a maior parte da paisagem é seca e formada por cactos e canyons rochosos, que me lembrou aqueles filmes de faroeste onde passa rolando uma bola de palha e feno. A maioria dos personagens são índios das tribos navajo e hopi, o que traz à obra alguma informação sobre essas tribos indígenas no quesito cultura e costumes. As crenças hopis são pano de fundo para a trama. É baseado nessas crenças que um índio hopi idoso chamado Abner realiza um ritual buscando trazer o fim do mundo e vingar os assassinatos e humilhações sofridos pelos seu povo desde a descobertas das Américas até hoje. Sua vingança é trazida pelos ares, hospedada em certos seres de hábitos noturnos e de dieta hematófaga: morcegos-vampiros.

Os Desmodus rontundus - morcegos-vampiros - começam então a atacar durante a noite, claro, rebanhos e seres humanos de forma apocalíptica. Mas a vingança de Abner não é apenas morcegos matando seres humanos e gerando carnificina. Os morcegos-vampiros trazem consigo um inimigo microscópico, silencioso, pestilento e mortal. Esse inimigo existe desde o início das civilizações e já matou mais que Hitler, Stalin e Mussolini juntos: a peste bubônica. Junto com as estranhas mortes, obra dos morcegos, começa uma epidemia de peste nas reservas indígenas que atinge índios e brancos sem preconceito. Começa então uma árdua luta pela salvação dos condenados, liderada pelo delegado hopi Jovem Duran e sua namorada branca Anne, com o auxílio de um especialista em morcegos, o branco Hayden Paine.

O que eu mais gostei no livro foi conhecer os morcegos-vampiros. Existem muitas espécies de morcegos, frutívoros, insetívoros e hematófagos, mas o Desmodus é realmente uma criaturinha fascinante. O bichinho é capaz até de caminhar no solo apoiando-se nos dedos (é, eles têm asas, mas morcegos não são aves, lembre-se, são mamíferos, então também têm dedos), e ler a visão da história pelo ponto de vista deles foi interessante. A forma cruel como pensam sobre o "Alimento" e a frieza com que caçam esse Alimento é impressionante.

Acho que o livro se perdeu um pouco nessa história da vingança do velho hopi, apenas. Acho que faltou o autor mostrar mais os motivos que levaram o índio a buscar vingança. Um ponto interessante do livro é o embate cultural, político e econômico que ocorre entre as tribos navajo e hopi. Enquanto aqueles caminhavam em direção à modernização, investiam em negócios milionários e se tornavam cada vez mais como os "brancos", os hopis mantinham-se agarrados às suas origens e crenças e eram contrários às atitudes dos navajos. Podemos perceber bem essa divergência nos embates entre o delegado hopi Jovem Duran, e Walker Chee, o líder navajo. Diante do problema com os morcegos-vampiros, essas diferenças ficam muito mais do que evidentes.

No mais, é um bom passatempo. Se você tem em sua rotina diária muitas horas de metrô e ônibus, pode servir como acompanhante para passar pelo tédio desses momentos, já que o livro consegue prender a leitura da forma como falei no início da resenha. Boa leitura!

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2016/02/livro-terrores-da-noite.html

mariioliva 19/02/2016

Resenha de Terrores da Noite
Sua voz é um murmúrio, suas asas largas e etéreas, os dentes afiados como facas e eles têm um apetite insaciável. Terão de chegar logo à tribo Hopi, porque a opção, viver ou morrer, deve ser feita antes de anoitecer."

Esse é mais um daqueles livros que minha mãe encontrou perdido nas suas caixas de bagunças. Assim como foi com A Profecia, quando ela o encontrou, me entregou. E assim como aquele, este também tem ainda o preço - 27,00 cruzados - colado na contra-capa (acho que mainha gostava de manter os preços, só pode). Pelo nome, Terrores da Noite, a minha vontade de lê-lo surgiu. E foi isso que fiz, o li. E agora vou contar para vocês o que achei do suspense escrito em 1977 por Martin Cruz Smith.


Smith criou um livro de terror e suspense, digamos, na medida. Não é super empolgante ao ponto de você devorar o livro em dois dias, mas também não é tedioso ao ponto de você levar meses ou abandonar a leitura. Pelo menos foi o que achei. Acho que isso influenciou para que o livro virasse best seller na sua época. Isso e o foco dado aos personagens humanos da história. Assim como Tubarão, do seu tempo também, a vida das pessoas é bem destacada, os personagens principais são os protagonistas e os "terrores da noite" - no caso de Tubarão, o "terror marítimo" - são apenas antagonistas, secundários. Isso no livro. Terrores da Noite também teve filme e pelo que ouvi falar, um típico filme trash dos anos 70. Provavelmente deve ter acontecido o mesmo que com Tubarão, deram ao personagem título o foco de protagonista. Mas isso são outros quinhentos, vamos ao livro.

A história basicamente é a seguinte: a trama se passa na região desértica do Arizona, nos Estados Unidos, onde a maior parte da paisagem é seca e formada por cactos e canyons rochosos, que me lembrou aqueles filmes de faroeste onde passa rolando uma bola de palha e feno. A maioria dos personagens são índios das tribos navajo e hopi, o que traz à obra alguma informação sobre essas tribos indígenas no quesito cultura e costumes. As crenças hopis são pano de fundo para a trama. É baseado nessas crenças que um índio hopi idoso chamado Abner realiza um ritual buscando trazer o fim do mundo e vingar os assassinatos e humilhações sofridos pelos seu povo desde a descobertas das Américas até hoje. Sua vingança é trazida pelos ares, hospedada em certos seres de hábitos noturnos e de dieta hematófaga: morcegos-vampiros.

O restante da resenha encontra-se no blog Amados Livros: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2016/02/livro-terrores-da-noite.html

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2016/02/livro-terrores-da-noite.html

Deiasilva1857 12/02/2016

Morcegos!!!
Um livro de suspense de fácil e rápida leitura, terror animal típico dos anos 70. Tema interessante. Recomendo como entretenimento rápido.

Rita Nunes 18/04/2012

Razoável. Pela maneira que começou, esperava mais.

nilma 12/07/2011

Estado de conservação
O livro está está bem usado, com as paginas amareladas e a capa com marcas, tipo rachaduras.Não tem paginas soltas e nem rasgadas.

Wini 15/02/2009

Ótimo
Morcegos, muitos morcegos, morte, sangue, ocultismo, bruxaria. Tem um filme desse livro.