Resenhas - Aurora das Aberrações

rookvalente 08/02/2024

Visceral... e viciante!
Não há nada de desumano em ser humano.

E também não existe nada tão desumano, quanto o ser humano.

A fossa não é tanto a galeria de esgoto, quanto a seda e púrpura que empurra o outro à miséria.

Canabarro é mestre nisso! Você vai ver!

Julia 27/11/2022

Recomendo!
Esse livro me surpreendeu positivamente. Um fato curioso é que nenhum personagem recebe um nome e sim citados como sua antiga vida antes da doença ( ex: padre, traficante, estudante). É uma leitura muito rápida, gostosa e envolvente. Para pessoas sensíveis recomendo um pouco de cautela pois se aborda ped*filia, violência física e uso de drogas.

Thaise @realidadeliteral 17/08/2022

Tão longe, mas tão perto da nossa realidade...
Sem explicação aparente uma doença que transforma moradores do subúrbio carioca em "monstros" deformados e grotescos surge. Isso é o suficiente para instaurar o caos entre a população e fazer o mais feio da humanidade vir à tona. Sem ter para onde ir os mutantes começam a se instalar no subterrâneo da cidade, mas não aguentarão viver nas sombras por muito tempo. Em paralelo a isso uma psicóloga da pior estirpe ascende ao poder e instaura um governo de terror.

É nesse cenário inimaginável e ao mesmo tempo tão próximo da realidade que o autor Vinicius Canabarro nos insere em sua distopia. A atmosfera de caos e medo deixa o leitor tenso durante toda a leitura. É impossível não se compadecer dos transformados e não clamar por justiça e liberdade junto à eles.

Sem dó nem píedade o autor nos mostra a pior face do ser humano quando confrontrado com o desconhecido e nos faz refletir sobre como certos "salvadores" podem surgir em momentos de desesepro e se aproveitar disso para instaurar governâncias baseadas em ódio e desolação.

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência e o que me mais me amedontrou nessa leitura foi que, diferente de outras distopias que já li, essa não me causou aquela sensação de desespero e medo, mas me trouxe sentimentos de anestesiamento, identificação e raiva. O que me fez refletir que o que vivemos hoje no Brasil nada mais é que uma distopia em tempo real e que se não fizermos algo logo podemos sim nos transformar em monstros para sobreviver.

Dito tudo isso tenho dois pedidos a fazer a quem lê essa resenha: exerça seu poder de voto em outubro, só assim podemos mudar o cenário caótico em que nos encontramos e claro, leiam o livro do Vini, tenho certeza que esse sentimento de necessidade de fazer algo será instaurado em vocês com sucesso como aconteceu comigo.

site: https://www.instagram.com/p/CdGkIxxOcmU/

Jeferson.Gomes 02/08/2022

PROJETO HIGIENIZAÇÃO
A massa branca pode ser uma neblina ou o cheiro de corpo humano. A comunicação é o desespero dentro do bueiro.

O lado podre do ser humano, escorre como suor e explode como radiação. Sua essência ainda respira na superfície.

A epidemia é a punição. Acordos políticos são feitos na cama com "Santos", e a pedofilia, ações de propina escondida na religião.

O sangue na estrada, germina obediência e anexa disciplina aos escravos. Fertilidade é o sol na face.

Vinho e um bom livro, não muda a alma fétida e corrupta do egoísmo. O penoso, é um altar ornado pelo hediondo.

A legislação plana na vista coletiva e pune com os esgotos. O pó do demônio leva de volta ao passado, e desova sangue ferroso.

O caos entulha mortos, espanta os que não concordam e estupra os que se escondem em baixo da mesa. A guerra é uma galeria exposta na igreja.

site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/

analimajp 06/05/2022

Mestre do embrulho no estômago
Um estrondo, a névoa e tudo muda!
Personagens sem nomes e com características marcantes se unem em prol da sobrevivência.
Vivendo nos esgotos o número de pessoas com a mutação só aumenta.

Se esconde ou morre!
Luta ou morre!

O Vinícius tem uma escrita visceral (tão real que você consegue sentir todas as sensações passadas na narrativa). O mestre da distopia nacional na minha opinião! O Vini toca lá no fundo da ferida, nos faz refletir, repensar e sentir (e como sentimos).

"A guerra é a nossa doença."

Ratinha da Biblioteca 05/05/2022

Uma história horrível, crua e incrível!
Uma explosão estranha acontece, ninguém explica nada, mas algumas pessoas aparecem com feridas na pele, muito pus e um fedor insuportável.. até que muitos estão transformados em aberrações e os não transformados começam uma caçada.

Uma história horrível, crua e incrível! Não há palavras melhores para definir. O Vinicius conseguiu trabalhar tanta coisa nessa história que é até difícil de falar. Ele trabalha a essência do ser humano, não só em ser horrível, mas em se unir em prol da sobrevivência. Corrupção, soberba, medo, desespero, vícios, mau caratismo são só alguns dos pontos trabalhados em um livro COM MENOS DE 200 PÁGINAS. E trabalhado com muita maestria. Outro ponto que me chamou a atenção durante a leitura e até comentei com meu esposo, foi a falta de nomes próprios para os personagens, cada um tinha uma característica que o referenciava e depois lendo o posfácio vi que foi proposital e com o propósito que eu imaginei, importa mesmo seus nomes diante dos acontecimentos? Incrível! Essa história é incrível! Crua, pesada, rouba nossa esperança, mas também nos trás outra coisa, nos trás determinação.

Só posso dizer que recomendo demais! A escrita é fluída, apesar do peso da história e tá disponível no Kindle Unlimited, então cooorre pra ler e comentar comigo.

@ysalemos 19/04/2022

@livrospormay
A construção de uma história não envolve só os fatos contatos nela, mas também como você narra eles. Escolher apresentar uma história sem nomes e sem diálogos me passou a ideia de que as pessoas ali não são nada. No fim, elas não têm poder. Ao mesmo tempo, por não terem um nome, é fácil se imaginar no lugar de alguns deles, sendo parte da história. 
O Vini mais uma vez usa de uma distopia (muito presente e real, para falar a verdade) para fazer críticas e abrir questionamentos muito pertinentes. O primeiro deles é o fato do ser humano dificilmente aceitar o que é diferente. A ideia é sempre atacar primeiro, para depois descobrir se era amigo ou inimigo.
Outra coisa que acho fascinante é como o Vini não tem medo de falar sobre algumas hipocrisias da sociedade.
Assim como senti em Autópsia, a sensação é que você está sentado, ouvindo os fatos sendo contados por uma pessoa (talvez pelo próprio Vinícius). A história parece tão real que chega a ser assustador.

site: https://www.instagram.com/livrospormay

viajante.literaria.mk 10/02/2022

"Não confie neles!"
Avaliação: 4.5
Classificação: +16
Gênero: Distopia / Ficção
Ano: 2020 / Páginas: 172
Editora: Publicação Independente

Eu estou em choque! Sinceramente quando comecei a ler fui pega de surpresa pela narrativa, pois não é o tipo de leitura que estou acostumada, mas a questão é: eu. não. consegui. parar. de. ler. Isso me surpreendeu. Sempre que fazia uma pausa ficava com as cenas passando na minha cabeça.
O autor Vinícius Canabarro apresenta uma distopia que se passa na Zona Norte Carioca, com personagens sem nomes, narrativa sem dialogo, muitos gatilhos e críticas sociais. Preparados?
Como toda distopia nos encontramos em um cenário apocalíptico onde a guerra e a fome dão lugar ao medo, pânico e sofrimento. É a prenuncio do que um dia pode se tornar realidade.

Introdução
Quando um surto de transformações, que tornam pessoas comuns em aberrações com corpos deformados e pútridos, começa a se alastra pela cidade (por motivos não muito bem esclarecidos) fazem os que não estão contaminados (os milicianos) começam a caça aos "mutantes" como uma forma de extingui-los como se fossem uma praga.
Obrigados a se refugiar num esgoto subterrâneo, os "mutantes" se tornam cada vez mais volumosos prontos para reivindicar um lugar na superfície.
Temos o segurança (rejeitado pela esposa), o padre (viciado em cocaína e pedófilo), a universitária (abandonada por sua família), o assassino do antigo padre (sofre de depressão após presenciar o suicídio do tio e é viciado em uma droga misteriosa), o traficante, o rapaz do CEDAE e a psicóloga (narcisista, doente por poder) como personagens, é assim que Vinícius os identifica. Suas trajetórias, conflitos e propósitos nos impacta de inúmeras maneiras, cada personagem vai despertar um sentimento (sejam bom ou ruim) ou reflexão em nós.

Comentários e críticas
Uma das criticas sociais abordadas se refere a dificuldade ou a incapacidade da sociedade lidar com as diferenças, com situações inexplicáveis... O autor fala uma (varias) coisa muito interessante "Basta o mínimo de contato com o desconhecido ou a quebra do status quo para colocarmos para fora tudo o que temos de pior." Isso me surpreendeu pela tamanha veracidade, nós não sabemos lidar com o desconhecido e a prova disso é como o mundo lidou inicialmente com a pandemia do Covid-19. A primeira coisa que fizemos foi acusar a China de espalhar o vírus no mundo quando nossos aeroportos estavam escancarados, quando permitiram o Carnaval mesmo sabendo que o vírus já se alastrava em outros países. Enquanto isso, nossos líderes estão sentados nas suas poltronas achoadas nos assistindo definhar. Lembrem-se, fomos nós que os colocamos lá. Vinícius frisa uma frase varias vezes e eu repito: [...] os salvadores da pátria surgem nos momentos mais penosos. NÃO CONFIE NELES! [...] desconfie daqueles que se acham especiais ou, ao menos, mais do que os outros. NÃO CONFIE NELES TAMPOUCO!
A sociedade é hipócrita, ignorante e parece gostar de permanecer assim. Desta forma ficamos vulneráveis a revidar, se for preciso. Por isso aqueles que nos governa nos empurram para o penhasco da ignorância, querem nos deixar no escuro e fracos para nos manipular. Não é uma verdade absoluta, mas quem esta no poder aprende a apreciar o poder e depois é só isso que o individuo deseja.
Quando a psicóloga assume o governo impondo o autoritarismo e sua tirania a primeira coisa que me veio a mente foi a imagem de Hitler e o nazismo, isso me deu medo, porque parecia real. Já foi real. Pode se tornar real outra vez, esse é o cenário de um mundo diatópico... As coisas ela fazia me deixou perturbada.
Há muitos gatinhos no livro, devo avisar. Alguns vão passar e você vai conseguir contornar, mas tem outros que vão chocar e impactar, então tome cuidado. Tem cenas de consumo de álcool e drogas, morte, violência, abuso (físico e mental), pedofilia, etc. Nem tudo é totalmente explícito, mas pode provocar um impacto negativo, uma experiência indesejada. Foi o que aconteceu comigo, eu não estava preparada para umas três cenas, mesmo não tendo muitos detalhes sou uma leitora, por isso, consigo imaginar e ampliar o que não esta sendo contado e isso me chocou um pouco no momento.

Recomendo a leitura.

Maikel.Rosa 14/09/2021

Eu ainda tô impactado
Já faz dias que terminei "Aurora das aberrações" e o primeiro livro do Vinícius Canabarro continua reverberando na cabeça, atormentando minhas ideias.

Nessa distopia a la Saramago, você vai descobrir o que um segurança rejeitado, um assassino viciado em "pó de demônio" (que droga misteriosa!), um padre fã de cocaína e uma universitária abandonada pela família têm em comum, além da luta contra os seguidores de uma psicóloga sedenta por poder.

São personagens sem nome. Sem voz. Sem esperança alguma de uma vida melhor, mas cheios de conflitos que dão à ficção veracidade e um profundo senso de identificação com suas dores.

O enredo se passa em uma das diversas zonas negligenciadas do Rio de Janeiro, mas o descaso se torna repulsa quando parte dos moradores passa a apresentar mutações que desfiguram sua aparência e sua dignidade. A partir daí, uma complexa dinâmica de domínio e opressão atinge ambos os lados de uma guerra pelo monopólio do direito de viver.

Se você busca o comum, é bom avisar que não existem heróis nessa história: apenas um punhado de vidas despedaçadas que se entrelaçam em um relato tenso e psicologicamente violento. Uma trama de cacos humanos, fisicamente deformados ou não.

Por fim, uma estreia espetacular do Vinícius na literatura distópica, que já nos presenteou também com "Autópsia carioca" e "Pus", outras duas obras imperdíveis do autor. Leia, antes que alguma delas se torne realidade.

Aelita Lear 30/08/2021

Vivemos numa sociedade hipócrita
Mais uma vez fico absurdamente embasbacada com a qualidade dos livros escritos pelo Vinícius Canabarro, e neste não tem como ter uma sensação diferente. Absurdamente envolvente de início ao fim, nesta sociedade criada pelo autor, temos questões importantes trazidas, entre elas, a hipocresia. O triste é pensar que ela existe na nossa também.
Adorei mais uma vez todos os personagens e mais ainda pelo fato de não serem nomeados, como nos clássicos de José Saramago. E adorei o final, por mais que tenha sido chocante.
Amei demais e recomendo a leitura!

Andre L Braga 08/08/2021

Uma distopia sem esperanças?
Em determinado momento, alguns cidadãos da capital fluminense passam a se transformar. Bolhas e rachaduras na pele, secreções, mal cheiro... e aqueles acometidos pela mutação são rejeitados pelos ?normais?, expulsos de suas casas, demitidos de seus empregos, caçados pelas milícias. A eles, resta o refúgio nas galerias de esgoto.

Nesse cenário, uma nova ordem social se estabelece, uma nova forma de governo se consolida, e uma revolução dos rejeitados ganha força.

Aurora das Aberrações é uma distopia com personagens sem nomes, uma narrativa sem diálogos, uma sequência de fatos inexplicáveis... e tudo isso é parte da ideia por trás desta obra! Ao escolher não nominar personagens, ao não botá-los para dialogar, ao não explicar o que se passava, o autor retirou o peso da história dos personagens, e passou-o às circunstâncias. E essa é a mensagem: as circunstâncias serão sempre desfavoráveis aos que se encontram do lado fraco da ordem; quem está no poder, busca o poder, e só. Não há bem aos outros, apenas bem a si próprio.

Um final feliz? Depende. O que é felicidade, quando sua (inexistente) escolha é sobre a qual mestre irá servir?

Christiane 15/07/2021

Distopia maravilhosa
AURORA DAS ABERRAÇÕES de @vinicanabarro é aquele tipo de livro que você ama por motivos estranhos! A narrativa do Vinicius é super diferente, fiquei encantada e viciada. Não conseguia parar de ler! Sabe quando você pensa: "se alguma coisa do tipo acontecesse, seria exatamente o comportamento das pessoas"...e isso dá um medo!

Os personagens, mesmo sem nomes, conseguem nos impactar de muitas maneiras. Torcemos por alguns, e também desejamos o pior para outros. E o impressionante é que alguns deles são baseados em pessoas reais.

O quanto podemos desprezar o diferente? Somos capazes de ser empáticos verdadeiramente? O quanto somos levados pelas ideias dos outros? A quem somos fiéis? Aos nossos valores? A quem está no poder?

Uma distopia necessária, como todas as distopias clássicas. Um alerta, um aviso...do que o ser humano é capaz. De qual lado vamos ficar quando uma catástrofe acontecer...Espera... já aconteceu...e de qual lado você ficou?

Livro favoritado, e deixo aqui minha forte recomendação para que você leia.

Daniel 22/12/2020

As aberrações nossa de cada dia
Essa é a resenha a qual senti a necessidade de utilizar uma série de palavras consideradas chulas, pois ele livro fritou os meus neurônios e certas expressão só são possíveis com o uso delas.

A história fala sobre um evento inexplicado que causa a transformações de pessoas comuns em aberrações, a mutação deforma seus corpos e causa feridas carregadas de pus. Por conta dessa situação elas são cassadas pelos não transformados.

O livro é uma narração sem diálogos e sem nome de personagens. Existe o padre, o assassino do antigo padre, a universitária, a psicóloga e por aí vai. O Vinicius Canabarro faz isso utilizando um recurso estilismo com parágrafos longos com descrições curtas de lugares e pessoas. Reflete muito o estilo musical do autor.

Se você procura uma escrita convencional, esse não é o livro. Para mim parece um livro ?do subterrâneo?, me lembrou muito os fanzine punks ? espero que o autor não entenda isso como negativo, amava os fanzine ? com história escrachadas da podridão humana, o foco é a história crua e sem rodeios.

É uma crítica social, a dificuldade do ser humano em aceitar o outro, como alguém diferente em suas aparências, porem igual na essência compartilhada. As aberrações não são somente fisionômicas, muitas são piores do que a aparência. A história nos leva a questionar os limites da crueldade humana.

Tem gatilhos e um especial mexeu comigo, se fosse o editor ou leitor beta, faria uma recomendação para rever a necessidade da cena. Não é explicita e está coerente com o contexto, mas por já ter ouvido tantas histórias reais sobre ver na ficção foi uma experiência a qual gostaria de ter evitado.

Recomendo a leitura, é uma experiência singular e necessária. Se torna cada dia mais importante dentro do quadro social em qual vivemos.

Fernando Rômbola 01/12/2020

A história entra na cabeça e no coração. Incomodando, provocando.
A Aurora das Aberrações começa com uma névoa que ninguém sabe a origem. O que acontece depois muda a história da cidade do Rio de Janeiro.

Parte da população sofre mutações horríveis. Pústulas surgem pelo corpo todo. Os mutantes são caçados e banidos da sociedade pelos não-contaminados. É nesse ponto que a história ganha proporções distópicas perturbadoras.

Aurora das Aberrações já entrou na lista dos livros favoritos da vida. A escrita do Vinícius é viciante, precisa.

A história narrada em terceira pessoa fui sem diálogos e longas descrições. Apenas o necessário e com louvores.

Os personagens sem nomes são referenciados pelo que são: Assassino do Primeiro Padre, O Traficante, A Psicóloga, O Rapaz do CEDAE. O que é perfeito, porque não ficamos perdidos em meio a tanto personagens e plots inesperados. É cada virada doida!

A sensação é que você está tendo uma conversa com o autor @vinicanabarro, que também é baxisita na Apokalyptic Raids – tem som deles lá no Spotfy –

E se você for fã de Heavy Metal, sentirá que a escrita flui como uma canção composta por riffs poderosos e violentos. A história entra na cabeça e no coração. Incomodando, provocando.

Você já ouviu muitas músicas inspiradas por livros, mas Aurora das Aberrações é inspirado nas letras da Atomic Roar (a outra banda de Heavy Metal do autor). E tem mais: tem até personagem baseado em gente de verdade – imagina o tipo da pessoa que vira personagem em distopia –

Aurora das Aberrações é intenso ao mostrar o quanto pessoas “diferentes” podem se unir quando estão na mesma situação. Os mutantes não deixaram de ser quem são, mas foram forçados a se tornarem aquilo que não queriam. Os não-contaminados não aceitaram e temeram suas aparências. Refugiados nos esgotos, os mutantes se transformaram em guerrilheiros.

E o mais doido é que até entre os não-contaminados existem divisões onde os “iguais” são repudiados e explorados da mesma maneira pelos seus “semelhantes”.

O que é normal? O que é diferente? É possível mensurar um limite? E se adicionarmos empatia na questão? O que muda?

Recomendo com força essa distopia! Parabéns, @vinicanabarro, por ser um ótimo autor e músico. Long Live the Loud!

site: https://www.instagram.com/fernando.rombola