Gica Brombini 17/09/2021
AVENIDA OCEÂNICA, me fez andar na garupa de uma bicicleta amarela com meu primeiro amor.
QUOTE | Eu amo a cor amarelo. É uma cor que me traz conforto, me traz vida, me traz esperança.
RESSENHA | Então eu comecei a ler "Avenida Oceânica" já grifando a dedicatória.
Foi através deste conto que tive meu primeiro contato com a escrita do Arthur Araujo, e o que dizer se não, “estou completamente apaixonada”?
Comecei a ler este conto por ter – finalmente, voltado a assinar o KindleUlimited. Meu principal foco com o K.U é conhecer, consumir e apoiar autores nacionais, então fui atrás de baixar os contos do Arthur, pois já havia ouvido a @JuAndBooks recomendá-los inúmeras vezes. Baixei todos de uma vez e escolhi um aleatório para começar, e este foi “Avenida Oceânica”. Eu não havia lido a sinopse, não sabia do que a história se tratava, e cai de paraquedas em um terreno extremamente confortável.
Eu amei esse conto desde as primeiras linhas. E fui me apaixonando ainda mais ao longo de todo o desenrolar a história. Como estudante de Letras, tenho muitos pontos a acentuar sobre a construção e a escrita do Arthur, mas como leitora devota e apaixonada, como romântica incurável, não teria como eu não me entregar completamente a tudo o que envolve essa obra.
Arthur tem uma escrita poética, linda, sensível, leve e intensa. Detalhista em coisas pontuais, principalmente no que se diz respeito aos sentimentos que constroem e constituem as personagens. A caracterização dos elementos externos é básica, apenas o necessário, e se torna aquilo que deixa a sensação de realidade em contraste com sentimentos tão mágicos e superintensos.
Esse conto me fez relembrar memórias positivas sobre o amor. Me fez recordar sobre uma felicidade muito simples que é estar apaixonado e envolto de amor por alguém especial que amo você tanto quanto você a ama.
O autor fez um trabalho sentimentalista extraordinário, mas lendo alguns outros contos dele pude me dar ainda mais conta sobre o poder e o potencial dele em relação a construção de caráter literário. Ao apresentar representatividade de uma forma maravilhosa e normalizada, ele fez aquilo que todo membro da comunidade LGBTQIA+ quer: ser representado como uma pessoa sem estereótipos e que não é envolta apenas pelas questões de gênero e sexualidade, mas sim por vivências comuns a qualquer ser humano; amor, sorrir, buscar felicidade e simplesmente viver.
Eu poderia ficar por horas a fio falando dessa recém paixão desenvolvida pelo trabalho do Arthur Araujo, mas vou finalizar essa resenha ressaltando apenas uma coisa: minha completa admiração pela força que o autor teve de expor e externalizar sentimentos tão comuns, viscerais e pessoais (quem leu sabe do que estou falando).
Querido Arthur, “Avenida Oceânica” agora tem todo o apreço e coração.
NOTA DO AUTOR: "Uma narrativa apaixonada e feliz. Porque a gente merece ser feliz sem medo, sem tragédia. Apenas momentos de alegria. Como um “felizes para sempre” que continua acontecendo todos os dias."
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