DIRCE 25/09/2009
Um passado presente.
Ao comprar esse livro, achei que iria conhecer um pouquinho de Istambul, cidade que já foi capital de 2 Impérios e, embora tenha me enganado, o livro não me decepcionou, muito pelo contrário – gostei. Uma das razões de ter gostado é que tenho uma “quedinha” por livros que abordam as relações familiares e , De Volta Estambul, nos fala sobre isso: sobre o “peso” da família. É um romance inteligente, com uma trama muito bem urdida envolvendo 2 famílias : Kazanci( turca) Tchakhmakhchian.( armênia).
Na família Kazanci, Asya, uma jovem rebelde, sofre com a inexistência de um pai e com o excesso de mães e tias.
Na família Tchakhmakhchian, Armanoush, , filha de pais separados, se sente “sufocada” com a superproteção da mãe e da família do seu pai, essa superproteção somada ao fato de se sentir pela metade: parte americana, parte armênia, a leva viajar para Istambul para tentar resgatar parte de sua identidade perdida, e assim, o destino das duas jovens se cruzam.
Como a história de ambas famílias está relacionada com a deportação e massacre dos armênios em 1915, que confesso desconhecia totalmente, por meio das pinceladas de História contidas no romance, pude me inteirar um pouquinho sobre essas tristes ocorrências.
Foi uma leitura prazerosa que me levou a concluir que a definição do passado como um tempo que já passou e não volta mais, somente se aplica ao estudarmos tempo dos verbos, pois na verdade, o passado sempre se faz presente em nossas vidas.