Piano Mecânico

Piano Mecânico Kurt Vonnegut




Resenhas - Piano Mecânico


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Mike27 13/09/2023

As máquinas mostraram quem é homem e quem é moleque!!
Piano Mecânico, escrito por Kurt Vonnegut, é um romance que nos transporta para um mundo futurístico distópico onde a tecnologia domina a vida das pessoas.

Vonnegut utiliza uma escrita ágil e envolvente para descrever o cotidiano de uma sociedade completamente asfixiada pela tecnologia. Ao retratar a dominação da maquinaria sobre os seres humanos, o autor nos faz refletir sobre os efeitos alienantes da tecnologia em nossas vidas.

O romance aborda questões como a busca por identidade, a alienação, a opressão e a falta de liberdade. Além disso, ele critica a sociedade do consumo desenfreado e o poder das grandes corporações sobre os indivíduos.

Piano Mecânico também nos mostra como a tecnologia pode ser usada como uma forma de controle e manipulação. Através dos piano mecânicos, as pessoas são dopadas e passivas, incapazes de pensar por si próprias.

No entanto, o livro também traz uma mensagem de esperança. Paul e Finnerty se rebelam e questionam o sistema, mostrando que é possível lutar contra uma sociedade controladora e opressora.

Em suma, Piano Mecânico é uma obra que nos faz refletir sobre o impacto da tecnologia em nossas vidas e os perigos do controle absoluto. Kurt Vonnegut nos presenteia com uma narrativa apaixonante e crítica, levantando questões pertinentes sobre a nossa relação com o avanço tecnológico e o poder das grandes corporações.
Lucs 14/09/2023minha estante
Li sua resenha que em parte descreveu o livro e na outra parte teceu elogios, mas então porque deu 3,5 estrelas? Algo que não curtiu foi omitido da crítica ou estou enganado? Pergunto não é pra ser chato não é porque me interessei na obra. ?


Mike27 14/09/2023minha estante
Oi Luiz, pode perguntar se problemas. Então, a nota que eu dou é referente a minha experiência durante a leitura. O livro realmente é tudo isso que eu disse na resenha mas não foi uma leitura tão prazerosa como eu esperava.

Provavelmente sou eu que não li o livro direito! Eu digo isso porque já li livros que não curti tanto alguns anos atrás e quando fiz sua releitura eu amei. Isso muitas vezes se deve ao fato de eu ter lido um livro ao qual não estava preparado naquele momento.

Eu procuro fazer a resenha mostrando tudo o que o livro tem a oferecer que eu consegui perceber durante a leitura de forma a despertar o interesse em quem curte os temas abordados. Só vou especificar um problema caso aquilo tenha me incomodado demais, como foi o caso de Holly de SK, porém aquela experiência de leitura foi muito melhor pra mim do que essa.


Lucs 14/09/2023minha estante
Eita, coloquei esse Holly na lista de leitura, vou procurar sua resenha. Então voltando, eu perguntei porque vi que muitos apontaram problemas. Como não li 1984 nem Fahrenheit vou deixar esse aí pra um futuro distante.


Mike27 14/09/2023minha estante
Em relação ao livro Holly o ideal é ler a trilogia Bill Hodges antes, que por sinal é excelente. Infelizmente Stephen King abusou um pouco de viés político neste livro, o que não tira todo seu brilho.

Voltando às distopias, de fato, aconselho a ler 1984, Fahrenheit 451, Admirável Mundo Novo e Laranja Mecânica antes, na minha opinião são obras mais interessantes e prazerosas.


Talita186 14/10/2023minha estante
Cara, você tem que escrever mais resenhas! Você escreve muuito beem, já li todas, são maravilhosas! Se você tiver tempo, claro, escreva mais!




Lenas 27/09/2021

Um livro bom, mas não ótimo (pra mim!!).

É um conceito legal e também é interessante a ideia dele de que quanto mais automação houver nos processos no futuro maior a chance de os seres humanos perderem seu propósito. Gostei mas também achei que foi uma visão um pouco pessimista.

Além disso, não teve nenhuma evolução na questão das mulheres. Ele não imaginava que as mulheres seriam mais do que só esposas ou secretárias um pouco a frente no futuro?

Enfim, a narração é muito boa e tudo acontece num ritmo bom (acho que na metade do livro as coisas poderiam ter sido um pouco mais aceleradas, mas não é algo que atrapalhe a leitura). Recomendo a leitura pra quem gostou de 1984 ou que curte uma distopia mais ?leve?.
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camilavitoria_ 19/10/2020

e vamos de ditadura robo ! alo magalu baianinho sei q la é isso ai
nicolemartinss 21/11/2020minha estante
esta é a melhor resenha do mundo obg por isso


camilavitoria_ 29/12/2020minha estante
obrigada VOCE !!!


RR 29/12/2020minha estante
Já me convenceu a ler esse livro kkkl amei a resenha




Wagner47 29/08/2022

A necessidade em ser necessário
Aqui temos um Vonnegut em início de carreira. Pouco criativo, mas crítico como sempre.

As máquinas superaram os homens e na primeira oportunidade são requisitadas até mesmo para substituir seus criadores. E com isso temos uma crítica incrível sobre como quem de fato trabalha pode ser trocado facilmente por equipamentos, enquanto os mais altos cargos continuam sendo desempenhados por pessoas, mesmo que seja somente para ler um texto e trocar "ordem do caso" por "ordem do caos".

Com uma sociedade classificada por QI, os de mais baixo nível são destinados ao Domicílio, o outro lado rio, a parte "pobre da cidade". Suam para ganhar a própria grana ou escolhem o Exército. Com isso vem o ponto central do livro: o pessoal de Domicílio tem acesso a regalias (seguros, tv e outras coisas), mas com um salário baixíssimo, uma vez que os Gerentes e Engenheiros são "responsáveis" por "dar" essas "mordomias" a eles (reparem a quantidade de aspas).

Parece ser bom, mas e o sentimento em ser útil para alguém? Como é que fica? E é esse sentimento que aflige Paul, nosso protagonista com um dos mais altos cargos e que acredita que algo não está certo.
Não apenas ele, mas tem gente em Domicílio que não pensa muito diferente e medidas extremas serão tomadas.

O ponto mega negativo é como o livro é enrolativo. Muito mesmo.
Há partes engraçadas envolvendo o xá de Bratpuhr e seu tradutor, mas acabou que senti que foi tudo desnecessário.
E falando sobre o humor, ele é bem tímido. Sinto que Vonnegut queria ir além, mas ele mesmo se bloqueava.
O tom satírico, marca registrada das demais obras do autor, também é o que menos aparece aqui.
Também há o fato do Paul pagar de sonsão em muitos momentos e do nada articular muito bem.

É um livro de uma crítica incrível e fortemente influenciado por 1984, mas se perde por acontecimentos com pouca conexão (coisa que se tornaria um ponto forte do autor nos livros seguintes).
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Guil 30/09/2020

Utilidade humana, desemprego tecnológico e etc...
Já em 1951 o autor imaginou uma realidade similar a que estamos alcançando e suas possíveis consequências e lança alertas para que as pessoas parem para pensar antes de se embrenhar por certos caminhos e se dêem tempo para analisar as coisas com calma antes de colocarem suas inovações em prática, e justamente devido à essa sua temática tão contemporânea, acabei arriscando a ler um de seus livros pela terceira vez, pois confesso já ter abandonado dois deles (talvez por não tê-los pego em um momento favorável), e afirmo que gostei muito dessa leitura.

Ele faz algumas colocações bastante interessantes, relevantes e atuais, como a questão da infelicidade humana gerada pelo desemprego tecnológico devido à rápida ascenção das máquinas (automação, IA e machine learning) e a falta de análise das possíveis consequências antes da sua implementação, tal e qual a fala do Yuval Harari em Sapiens (2015).

Recomendo a leitura para os interessados pelo tema, pois certamente não é um livro para todos os gostos.
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Gabriel Dummer 22/04/2023

Substituídos por máquinas
Em um mundo em que a maioria das coisas são automatizadas e tudo é organizado segundo padrões precisos, as pessoas precisam rever seus princípios de utilidade. Esse livro nos traz reflexões muito atuais sobre o avanço da tecnologia e a substituição do trabalho humano pelo das máquinas. Neste mundo, os administradores e engenheiros são a classe dominante, onde o QI é o principal meio de estabelecer o destino das pessoas, assim como os meios de discriminação. E quando a revolta surge, nos vemos envoltos em uma estrutura em que a liberdade é apenas uma ideia, e somos arrastados pelos princípios que tornam a sociedade um lugar tão complexo e as relações e emoções humanas tão insatisfatórias. Quando o sistema diz quem devemos ser, o que podemos fazer? Quando Paul começa a se questionar e perceber o que a sociedade se tornou, seus caminhos começam a ficar caóticos e sua liberdade é colocada em xeque, por mais que ele a busque em meio a um sistema em que as máquinas determinam uma estabilidade aparentemente utópica. Ainda que com algumas ressalvas, esse livro é ótimo para pensarmos sobre a sociedade com ímpeto similar ao livro 1984, de George Orwell, já que foi inspirado nele.
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LuisIV 30/10/2022

Boas reflexões
Kurt conseguiu criar um mundo em que o comunismo funciona, um em que as máquinas substituíram o trabalho humano em 99% das obrigações.

Não tem nada de ação ou eletrizante mas por incrível que pareça esse mundo completamente novo prendeu minha atenção, ótima leitura que me trouxe diversas reflexões.
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Bia 04/10/2020

Distopia ou descrição da vida real? Apesar de ter sido publicada pela primeira vez em 1952, a história é mais atual do que nunca, talvez até tenha se tornado a nossa realidade. A história traz um cenário no qual as máquinas fazem praticamente todo o trabalho humano e por isso a sociedade se dividem entre aqueles que comandam as grandes indústrias e o resto da população e todos são controlados por esse sistema de máquinas, é uma ditadura disfarçada de progresso. Não é muito diferente do que a gente vive hoje com o desemprego estrutural cada vez mais comum e com os algoritmos das redes sociais ditando o que nós devemos fazer.
Não é uma leitura pesada como alguns outros clássicos, com tempo é capaz de ler em 2 ou 3 dias apenas.
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HeeyLinee 22/07/2022

?PIANO MECÂNICO?
ESSE LIVRO NÃO FOI PRA MIM!

Tédio resumiu minha experiência literária com esse lindo(aparência) livro.

?A obra narra um futuro pós-Terceira Guerra Mundial. O mundo agora está passando por uma nova revolução industrial que não substituí o trabalho manual, nem o rotineiro, mas o intelectual. Nosso protagonista é o doutor Paul Proteus, a pessoa mais importante e inteligente das grandes Indústrias Ilium, cujos pensamentos a respeito da vida são confrontados pelo desconforto que sente em sua atual sociedade.?

Piano Mecânico foi publicado originalmente em 1952 e o mundo mudou drasticamente desde então, mas mesmo após tanto tempo, ainda é possível realizar uma grande reflexão sobre o avanço brutal da tecnologia. A premissa dele é incrível e super necessária, mas eu acho que a escrita e a monotonia da história não me pegou ?.
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Sammy 09/03/2021

Distopico, mas nem tão distopico. E nem tão distante?
Piano Mecânico é um livro que aborda a consequência social e ontológica da automatização e absoleidade do homem no meio econômico.
A tecnologia compete com o homem e este vê-se tornar-se absoleto, perder seu lugar no mercado, sua importância social. Tendo uma sociedade tacitamente sepada em um sistema de castas, que é baseado em QI e capacidade intelectual, assim o indivíduo é destinado ao fracasso ou sucesso, dentro de um sistema nada flexível que também é monitorado e sistematizado por máquinas.

Politicamente o homem comum é visto como incompetente e um fardo para a classe intelectual dos engenheiros e gerentes, assim gerando ressentimento das classes inferiores.


"Nem todo novo conhecimento científico é benéfico pra sociedade"
O livro da a entender que na visão do autor ele não busca um extremo radical em relação à pauta, mas sim um ceticismo e uma análise no impacto não só econômico, mas também social de certos avanços tecnológicos que podem acarretar em desordem e caos.

Minha única crítica é: o desenvolvimento tecnológico torna absoleto inúmeros trabalhos, assim matando-os, mas ao mesmo tempo cria inúmeros mercados; mesmo que seja uma conta negativa no futuro de Piano Mecânico não se vê muito dessa reação causal, tendo em vista que apenas profissões que já existiam se firmaram mais.

Em Piano Mecânico as máquinas apenas substituíram o trabalho algoritimico, mas o Paul deixa no ar o pensamento de um futuro mais distopico ainda, chamando de Terceira Revolução industrial, essa que aborda um futuro em que máquinas competirão intelectualmente e criativamente com o homem, assim enterrando qualquer razão e significado antropoceno.
Ps: em Homo Deus o Harari trata desses estados de evolução tecnológica.
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Henrique.Amon 25/02/2022

Sobre ser Humano
Piano Mecânico é a segunda obra de Kurt Vonnegut que leio, depois de Matadouro Cinco (talvez sua obra mais conhecida).

Ainda que tenha adquirido as duas obras juntas, tardei a ler este livro, o que, casou, coincidentemente (ou talvez nem tanto), com um momento de vida onde precisava MESMO ter contato com a mensagem aqui proposta.

Na sociedade americana pós-guerra imaginada por Vonnegut, o homem se torna um aleijado funcional e é direcionado a integrar apenas um dos dois únicos grupos possíveis: Engenheiros/Gerentes ou TodoOResto.

Incapaz de influenciar e se influenciado pelo meio onde vive, o homem se torna um analfabeto funcional, perdendo toda e qualquer razão de ser.

Neste sentido, Paul Proteus, engenheiro e gerente das Indústrias Ilium, encarna o descontentamento do homem com o "jogo ganho", grifando os perigos de se manter uma vida onde pouco ou quase nada é fruto de suas próprias ações e vontades.

O livro traz inicialmente (e intencionalmente) o tom utópico fruto do sucesso da otimização do conhecimento e do método científico e operacional, o "know-how", que, pouco a pouco, revela uma distopia extremamente criativa e preocupante quando analisada à janela de nossa própria sociedade.

Recomendo a leitura para todos aqueles que não têm se sentido protagonistas das suas próprias vidas (como eu não estive me sentindo até pouco tempo atrás). Acredito que, em nossa constante busca pela felicidade, não sobra espaço para qualquer outro tipo de papel.
matheushlm 25/02/2022minha estante
????




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duduramone 15/08/2021

O ser humano sempre busca a sua auto-destruição
"Piano Mecânico" é daquelas distopias que, no fundo, tu sabe que não é tão distópica assim. O cenário criado por Kurt, onde máquinas assumem o protagonismo profissional e tornam a utilidade do ser humano questionável, é cada vez mais real. E o final do livro sintetiza exatamente o que o ser humano é: um ser que busca a evolução e progresso mesmo que ambos signifiquem o seu fim. Leitura que deveria ser praticamente obrigatória.
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Bocca 31/05/2021

Parem as máquinas!
Em uma sociedade distópica onde as pessoas são segregadas de acordo com seu Q.I., em um tempo em que a automação substituiu a maioria das tarefas humanas, deixando em lados opostos os portadores de grande inteligência dos menos desprovidos dela, um grupo se rebela diante do cenário apático em que o sistema imposto pelo Estado conduz suas vidas.

Envolvente e cômico, uma história que apresentou Vonnegut ao mundo literário, Piano Mecânico faz com que repensemos até que nível é viável a confiabilidade e precisão das máquinas em relação as imperfeições e a necessidade do ser humano de se sentir útil para a sociedade mesmo sendo portador de falhas.
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Michele Boroh 06/01/2022

Um brinde a esse registro!
Uma obra de 1952, excelente entre as melhores em antecipar:

A automatização da alma, a cultura do cancelamento, o regime do algoritmo, a obsolescência programada, a tirania "solidária", o parasitismo social, a droga do entretenimento, a apatia conformada.

Não é previsão nem tem aura de profecia. É pura lucidez. E essa é a genialidade do Kurt: estar desperto e presente honestamente. Uma mistura maravilhosa de lucidez, traços autobiográficos e fino humor tragicômico. Quanto mais eu leio esse cara, mais eu gosto e aprendo.

E menos propensos ficamos a cair na esparrela de opinólogos best sellers contemporâneos fazendo pose de profetas com ideias originais de autores verdadeiramente geniais de décadas atrás.
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