Os nomes

Os nomes Don DeLillo




Resenhas - Os Nomes


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Deghety 03/11/2017

Os Nomes
James Axton é um analista de risco de seguradoras de empresas multinacionais, recém divorciado, que se instala na Grécia para ficar mais próximo do filho.
Seu trabalho envolve viagens ao Oriente Médio, consequentemente, em meio diferenças culturais e religiosas e cenários políticos tensos.
Em boa parte do livro a história gira em torno do cotidiano de James, coisas banais como relações domésticas, formalidades e informalidades comerciais e sociais mas não entediantes para o leitor.
A história ganha profundidade quando entra em cena alguns assassinatos misteriosos atribuídos à uma seita desconhecida. E é quando Owen Brademas e Frank Volterra, os personagens mais interessantes da leitura, trazem questões pertinentes em relação à natureza humana e o âmbito sociocultural.
No geral, a história em si não é muito interessante, o que mais me chamou a atenção foi o poder de descrição minuciosa de DeLillo, em todos aspectos, mas principalmente sobre monumentos históricos e hábitos locais.
???
comentários(0)comente



Daniel 28/10/2017

O poder da linguagem
O enredo conta a história de James Axton, um escritor freelance que trabalha para uma misteriosa firma de seguros americana sediada em Atenas. Durante uma viagem à uma ilha remota da Grécia para reencontrar a ex-mulher a o filho em uma escavação arqueológica, James descobre a existência de uma seita com objetivos obscuros, cujo culto parece estar relacionado a alfabetos antigos e é responsável por uma série de assassinatos na região. Movidos pela curiosidade, os personagens iniciam uma jornada incansável em busca de respostas.

Uma característica interessante desse romance é sua temática peculiar: a linguagem. É uma obra sobre a incomunicabilidade, sobre as barreiras linguísticas e comunicativas que existem entre os indivíduos, seja nas relações amorosas, seja nas diferenças culturais e de nacionalidade.
Parte da força da obra está nos diálogos, quase sempre instigantes, sarcásticos e cobertos de uma ironia elegante, produzindo um efeito de refinamento à narrativa. As descrições também são belíssimas, detalhistas, como se enxergassemos as imagens através de uma fotografia.

Os crimes cometidos pela seita parecem uma espécie de alegoria da falta de sentido da sociedade globalizada, tão moderna e ao mesmo tempo tão primitiva, onde violência é praticada de forma arbitrária e vista como algo banal.
A linguagem e suas reminiscências é o fio condutor de toda a narrativa, onde os personagens se debruçam sobre os problemas complexos da existência humana em busca de respostas, em busca de palavras que se encaixem no conceito universal que buscam.

Uma obra sobre o poder da linguagem, sobre o modo com as palavras moldam o mundo em que vivemos.
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR