Limite Branco

Limite Branco Caio Fernando Abreu




Resenhas - Limite Branco


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eclipsedocometa 13/11/2023

Que livro sensacional. Parece que o caio fernando abreu ficou me observando antes de escrever. Queria ler mais, muito muito mais desse livro.
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Sandra.Pogalski 11/06/2021

Da infância até a adolescência Caio nos enreda em sua palpável angústia e dúvida sobre a vida. Muito intimista. ??
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Luan Araújo 03/11/2022

Caio para jovens
Leio Caio desde minha adolescência, embora Limite Branco não tenha sido contemplado nesse período. Apesar de ser um romance de estreia, é visível os traços que o autor mais tarde levaria para sua escrita: reflexões, melancolia, não pertencimento - características e momentos que exalam na fase mais jovial de nossas vidas.

Embora muito bem escrito para um jovem autor, a história é um espelho da imaturidade, revolta e da ansiedade pueril, ou seja, difícil cativar o público adulto. Esse é um dos livros que gostaria de ter lido quando mais novo.

Índico a leitura sem criar grandes expectativas.
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DaniM 13/11/2018

Limite branco – Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu escreveu esse romance aos 19 anos(!!) e ele tem fortes referências autobiográficas. O livro traz a visão angustiada de mundo de Maurício, em que desfilam sentimentos contraditórios em relação ao amadurecimento. Para ele, crescer é doloroso e está sempre acompanhado da sensação de estranhamento e não pertencimento.
Um livro que traz em seu corpo o mesmo tipo de angústia tratada no “As vantagens de ser invisível” (você tem toda razão, @leticiabonfi)
Livro indicado para quem também acredita que tornar-se adulto é um eterno embate entre mirar o futuro, sem nunca poder abandonar o passado ,nunca tendo certeza do caminho.
"Há pessoas que nascem para serem sós a vida inteira. Eu, por exemplo. (...) Freqüentemente me assusto, pensando que a vida vai acabar sem que eu encontre um grande amor ou uma grande amizade, ou mesmo uma grande vocação que justifique esse isolamento."

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Felipe1503 28/02/2024

Pra entender o fenômeno literário que é Caio desde o inicio
De cara, fico impressionado com o fato de ser o primeiro livro de Caio Fernando Abreu e também dele ter apenas 19 anos e escrever de forma tão marcante e precisa.

Me chama atenção também que um livro de 1971 não é datado (não que essa seja uma característica ruim).

O livro, como estruturado (hora em primeira pessoa, outra com um terceiro narrando e também com anotações do diário de Maurício) da tons diferentes o que impede o livro de ser cansativo.

No mais, a vida inocente na infância e interior, com as descobertas, as viagens e criatividade e os medos de uma criança partindo pra adolescência. Depois a mudança do interior pra capital no mesmo momento que se inicia a vida adulta com seus dilemas e crises existenciais, questionamentos que a gente entende que não vão parar por ali, muitas daquelas dúvidas vão permanecer pela vida, assim como as inseguranças e a incerteza dos motivos pelos quais estamos aqui fazendo seja lá o que for.

Sensacional e necessário.
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Pedro Aires 30/09/2013

Passar por mudanças é sempre algo difícil. Estamos sempre tentando programar nossas vidas, mas na maioria das vezes a vida apenas acontece. Limite Branco é uma despedida, pois é doloroso deixar de ser. Caio conseguiu mostrar a beleza que é a vida.
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Hiago Vinícius 25/07/2012

"Quase exclusivamente para dentro"
É o que diz Caio Fernando Abreu sobre o livro, em sua primeira re-edição, publicada pela editora Siciliano, em 1994.
Apesar do próprio Caio ter desgostado do livro após tê-lo relido, eu adorei. O motivo é um só: É um livro de transição. O livro trata do limite branco que existe entre a infância e a maturidade. Caio diz que o personagem "parece um Peter Pan vagamente virgem, aterrorizado com a possibilidade de tornar-se adulto". E assim - creio - ficamos todos, quando a vida adulta começa a aparecer. E todos os questionamentos, dúvidas, angústias, incertezas, foram, para mim, totalmente compreensíveis. Me parece que Maurício está, o tempo todo, fugindo. Fugindo de algo que ele mesmo não sabe o que é, mas que operou uma transformação na vida do primo Edu, de príncipe a plebeu. E essa coisa, da qual ele foge tanto, o livro inteiro, está o tempo todo batendo na sua porta, espreitando-o. É um livro denso, inocente, é como um catálogo da busca de si mesmo (ou da busca de si mesmo para os outros?) que você vai abrindo, abrindo até que, descobre: Ela vem. Assim encerra-se o livro: A vida adulta bate na porta e, irremediavelmente, Maurício desiste da frustração de fugir de tudo e todos, deixa-a entrar.
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MVGiga 17/07/2012

Relatos da Juventude
Narrado por um escritor em sua plena juventude, aos 19 anos, Caio Fernando Abreu dar origem ao seu primeiro livro “Limite Branco”. Apresenta uma semi-autobiografia (utilizando-se de um alter-ego) relatando a época onde as suas primeiras experiências foram tão importantes para o amadurecimento e o seu desenvolvimento como adulto. Descobrem-se relatos marcantes sobre alguns traumas, as responsabilidades, os primeiros desejos sexuais, as dúvidas sobre o viver e como viver. Enfim, longe de ser um livro de auto-ajuda, Limite Branco é um romance autobiográfico com ótimas reflexões que gostaria de ler há tempos atrás e só obtive a excelente oportunidade de ler agora.
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Gabriel Varizi 09/01/2024

Tempo de descoberta
Enquanto lia, encontrei um diário meu de cerca de quatro anos atrás, no auge dos meus vinte anos. Interessante como, a esse momento da vida, tudo parace tão complexo, desajustado e aterrorizante. Tanto para o Gabriel do início da pandemia como para o Caio do início da ditadura. Caio F. traduziu todo esse sentimento de descobertas e angústias em "Limite Branco". A descoberta social, a descoberta sexual e, principalmente, a descoberta de si. O romance gerou em mim uma identificação tão grande que também me senti descoberto, em todos os sentidos da palavra.
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Medina 23/12/2017

Foi o meu primeiro contato com a obra do Caio. Depois, estou aqui para enaltecer e divulgar não apenas esse Livro, mas todos do grande escritor Caio Fernando Abreu. Leiam! Leiam! Leiam!
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Rafaela Rezende 30/12/2015

:)
Muito bom. Me vi, enquanto lia os pensamentos de Mauricio. Não todos, claro. Sobre solidão, saber quem é, buscar esse saber... Gostei.
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Léia Viana 01/06/2015

“Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver.”
Tenho fascinação pelo modo que Caio se expressava, seja em um poema, uma carta, conto, ou, um simples texto, fico encantada com o bom uso feito das palavras, que se transformam em sentimentos e nos levam a reflexão, mesmo não vivendo o exposto, ou passando perto daquilo que foi escrito por ele, Caio faz o leitor mergulhar nas palavras e se envolver com sua escrita e a situação ali exposta.

“...eu queria tanto conhecer alguém. Talvez o tempo traga uma pessoa, uma pessoa especial. Talvez eu resolva isso aos poucos, sem sentir, depois de resolver a mim mesmo. Talvez eu esteja demasiado perto da adolescência ainda – dentro dela, até - e seja difícil, por enquanto, me libertar de todas as idiotices que ouvi.”

“Limite Branco” é a descoberta de si, do mundo, do que importa e do que não nos faz falta. É um livro de descobertas, desencantos, maturidade, incompreensão, solidão, mudanças e da tentativa de se tentar programar a própria vida, esquecendo-se que a vida, ah, a vida apenas acontece, bastando apenas que a gente a viva.

Escrito por um Caio muito jovem, talvez em processo de entender o mundo e a si próprio, o começo da narrativa me deixou um pouco confusa, pois demorei a reconhecer o estilo literário de Caio, e achei que pela primeira vez teria um livro do qual desconhecia por completo seu autor e me levasse a não seguir adiante com a leitura. Passado a estranheza inicial, comecei a encontra-lo e a leitura foi me conquistando.

“Não sei como me defender dessa ternura que cresce escondido e, de repente salta para fora de mim, querendo atingir todo mundo. Tão inesperada quanto a vontade de ferir, e com o mesmo ímpeto, a mesma densidade. Mas é mais frustrante. Sempre encontro a quem magoar com uma palavra ou um gesto. Mas nunca alguém que eu possa acariciar os cabelos, apertar a mão ou deitar a cabeça no ombro. Sempre o mesmo círculo vicioso: da solidão nasce a ternura, da ternura frustrada, a agressão, e da agressividade torna a surgir a solidão. Todos os dias o ciclo se repete às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim.”

Leitura recomendada!
Taina Brito 06/10/2016minha estante
Tem romance no livro?


Léia Viana 09/10/2016minha estante
São contos, tem insinuação de romance apenas


Taina Brito 11/10/2016minha estante
Ele tem algum livro de romance?


Léia Viana 14/10/2016minha estante
Todos que li até agora foram contos, alguns tem um pouquinho de romance e outros falam a respeito da vida, de uma maneira geral. O único que li e foi de história inteira foi "Por onde andará Dulce Veiga", que não é romance. Ainda não li todos os livros dele.


Taina Brito 17/10/2016minha estante
Hum sim obrigada me ajudou muito...




Deborah 31/08/2012

Surpreendentemente ótimo.
Tem aqueles livros que você se identifica com ele? é como um adolescente que está passando por diversas transformações e o livro e o escritor também e isso é bem nítido em Limite Branco.
O personagem é confuso e passa por diversas transformações no decorrer do livro, com um final um pouco confuso, mas isso não deixa o livro sem graça ou algo assim.
Eu recomendo, talvez alguém esteja passando pela mesma etapa que o personagem e ache que é o único no mundo que está sofrendo.
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Tiago 03/09/2022

À espera de um desejo, nem que seja o desejo de ouvir o tic tac de um relógio.
Um dia se é criança; outro, alguém paralisado diante da vida, deitado e imóvel, sem forças ou impulsos. Assim está Caio no primeiro capítulo, imerso em um vazio sem precedentes, a espera de um desejo, nem que seja o desejo de ouvir o tic tac de um relógio.

A vida assusta. A vida deixa de ser uma brincadeira e se apresenta com toda a sua dureza. As marcas, as lágrimas, as obrigações, contradições, medos, angústias. Entre a nova vida e antiga, um limite. Um limite branco onde não se enxerga muita coisa.

Desejos confusos e escassos, medos atrozes e dores antigas se ressignificam. Tudo se torna catastrófico e a vida, grande demais para um menino carregar. Tantas inquietações não poderiam deixar Caio em paz. E é nos meandros e voltas destas que a narrativa acontece. Passado, presente e futuro se cruzam, se misturam entre reminiscências, previsões, desejos, projeções.

O tom de Limite Branco nos faz retornar à nossa própria adolescência, às nossas próprias questões, à nossa própria passagem de um mundo infantil a um mundo grande demais para caber no nosso colo.

Caio Fernando Abreu, em seu primeiro romance, apresenta magistralmente sua capacidade de simbolizar em tantas palavras os horrores que podem acontecer em um segundo.

ABREU, C. F. Limite Branco. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
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Biblioteca Álvaro Guerra 10/05/2023

Limite branco foi o primeiro romance escrito por Caio Fernando Abreu. Nessa obra, é estabelecida uma relação entre a mudança de cidade e a passagem de tempo para o protagonista. A passagem da infância para a adolescência está relacionada com a mudança de Passo da Guanxuma para Porto Alegre. A ruptura com a cidade pequena, associada ao abandono do ambiente familiar, permite o ingresso em outra atmosfera, menos ingênua e, pretensamente, adulta marcada pela ida para a cidade grande. A idade adulta, assim, está vinculada ao ingresso na grande metrópole: o Rio de Janeiro, destacando mais uma fase de amadurecimento do protagonista. Nesse trabalho, abordou-se a questão do estrangeiro, daquele que se desloca de um lugar para outro e que apresenta dificuldades para adaptar-se ao novo espaço, e a representação que a cidade de Passo da Guanxuma assume no romance analisado, enquanto cidade pequena associada à infância.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786559212262
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