Brejo das Almas

Brejo das Almas Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - Brejo das Almas


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Sol 04/03/2021

O amor sob o ponto de vista de Drummond, mas não só isso
Grande parte dos poemas falam sobre a pessoa amada, sobre desilusões, expectativas. Li numa sentada só, mas quero reler com calma para entender melhor a relação das imagens que os poemas criam. Não é somente sobre amor. É sobre o amor num contexto específico de vida do eu lírico. Essa capa da companhia das Letras com a obra da Tarsila diz muito sobre o Drummond, sobre a obra e sobre a época em que foi publicada (1934)
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Larissa.Guimaraes 13/01/2021

Sentimentalidade necessária
Sou extremamente suspeita para comentar sobre Drummond, mas estou apaixonada por Brejo das almas. Além de todo o encanto e toques tão característicos de Drummond, traz dois dos meus poemas favoritos: O amor bate na Aorta e Necrológio dos desiludidos do amor. Recomendo para quem já gosta e para quem deseja começar a leitura de poesia!
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Sarah 26/04/2020

Drummond <3
Fantástico... É a única palavra que encontro para definir as palavras deste homem.
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Raabe 27/02/2020

Mais um pra conta !!!
Poesia drummondiana que encanta.
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Adriana Scarpin 07/06/2016

Sombra das Moças em Flor
"À sombra doce das moças em flor,
gosto de deitar para descansar.
É uma sombra verde, macia, vã,
fruto escasso à beira da mão.
A mão não colhe… A sombra das moças
esparramada cobre todo o chão.

As moças sorriem fora de você.
Dentro de você há um desejo torto
que elas não sabem. As moças em flor
estão rindo, dançando, flutuando no ar.
O nome delas é uma carícia
disfarçada.

As moças vão casar e não é com você.
Elas casam mesmo, inútil protestar.
No meio da praça, no meio da roda
há um cego querendo pegar um braço,
todos os braços formam um laço,
mas não se enforque nem se disperse
em mil análises proustianas,
meu filho.

No meio da roda, debaixo da árvore,
a sombra das moças penetra no cego,
e o dia que nasce atrás das pupilas
é vago e tranquilo como um domingo.
E todos os sinos batem no cego
e todos os desejos morrem na sombra,
frutos maduros se esborrachando
no chão."
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Alvarenga 12/04/2014

Melancolia Drummondiana

Publicado em 1934, no mesmo ano em que Drummond deixaria Belo Horizonte em direção ao Rio de Janeiro, "Brejo das almas", segundo livro do poeta itabirano, é um conjunto de versos tristes e desesperançados, em que a poesia é classificada como incomunicável e o indivíduo Carlos parece sofrer de um embotamento lânguido e insolúvel. É difícil imaginar que "Brejo das almas" anteceda "Sentimento do Mundo" (1940), livro em que Drummond procura no outro a resposta para as dúvidas e crueldades da vida.

A curiosa escolha do título já parece nos dizer algo. "Brejo das almas" era o nome de um município mineiro (hoje chamado Francisco Sá) que, devido ao progresso, teve sua alcunha renomeada por nada significar e nenhuma justificativa oferecer. Essa explicação sobre o nome abre o livro e é seguida por "Aurora", poema em que 'O poeta está bêbedo, mas/ escuta um apelo na aurora:/ Vamos todos dançar/ entre o bonde e a árvore?'; mas a dança é inútil, já que 'A morte virá depois/ como um sacramento'. Esse tom desiludido permeia quase todos os poemas, e atinge seu ápice em "Soneto da perdida esperança", em que o poeta diz: 'Não sei se estou sofrendo/ ou se é alguém que se diverte/ por que não? na noite escassa'. Sentimento de não pertencimento em relação ao mundo e aos outros, tristeza incompreendida.

A mulher é vista como geradora de ilusões e contribui para o pessimismo para com a vida. "Registro Civil" diz de uma que engole seus namorados; "Convite triste" nos propõe '... xingar a mulher,/ que está envenenando a vida/ com seus olhos e suas mãos/ e com o corpo que tem dois seios/ e te um embigo também'. Mulher destruidora, fonte de dor e dúvida.

Mas, entre a maioria de poemas melancólicos e individualistas, aparece "Hino nacional", que parece destoar do conjunto. Nele, uma crítica ácida ao nacionalismo, ao embelezamento ideológico que nos diz que 'Precisamos louvar o Brasil', 'Precisamos adorar o Brasil'. A esses, Drummond responde: 'Precisamos, precisamos esquecer o Brasil/ (...)O Brasil não nos quer! está farto de nós!', e, num ímpeto em que a desilusão mais uma vez se faz presente, afirma a inexistência desse país de sonhos e questiona: 'Nenhum Brasil existe./ E acaso existirão os brasileiros?'.

"Brejo das almas" é um capítulo amargo na obra do poeta mineiro, mas, a despeito de sua desconsideração pela maioria da crítica, que apenas o vê como uma ponte entre "Alguma Poesia" e "Sentimento do Mundo", esse brejo tem alma própria, uma alma que parece ter se perdido dentro de si mesma e que só vai se encontrar no outro, em seu próprio sentimento do Mundo.
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Leiliane R. Falcão 04/04/2013

Carlos Drummond de Andrade é um dos poetas brasileiros que eu mais me identifico. Achei Grande homem, pequeno soldado e soneto da perdida esperança os dois poemas mais lindos do livro.
Marcos.Azeredo 25/01/2020minha estante
O poeta que eu mais gosto.




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