Quando Éramos Órfãos

Quando Éramos Órfãos Kazuo Ishiguro




Resenhas - Quando éramos órfãos


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Poduraes 15/10/2023

? Talvez haja aqueles capazes de levar suas vidas livres de tais preocupações. Mas para aqueles como nós, nosso destino é enfrentar o mundo tal como órfãos, perseguindo por longos anos as sombras de pais desaparecidos. Nada resta senão tentar levar a cabo nossas missões o melhor que pudermos, pois até o fazermos, calma alguma nos será permitida. ?
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Evelin 29/06/2023

A escrita é boa e a trama é interessante, mas até eu perceber que o livro era mais sobre o protagonista e como ele viveu sua vida com a sombra da ignorância do que aconteceu com seus pais, e não um romance investigativo, a leitura acabou ficando desgastante.
O protagonista, de maneira um tanto forçada, acaba descobrindo a verdade e pelo o que parece não tem nenhuma ação depois disso, assim como não tem quase nehuma ação na história inteira. O livro em si é bom; dá pra entender o quanto ele foi afetado toda sua vida por causa do desaparecimento dos pais, posso dizer que uma das consequências foi a lerdeza, mas por ter começado a ler esperando uma coisa completamente diferente, eu acabei não gostando.
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Isabelle Lopes 22/01/2022

É possível ser autor da sua própria história sem...
...se deixar engolir pelas estórias que escrevem por nós e para nós? Um detetive vai tentar destrinchar esse enigma!

"(...) a nossa infância torna-se como um país estrangeiro, uma vez que crescemos".
.
"Minha sensação é que ela pensa tanto nela como em mim. Ao falar de um senso de missão e da inutilidade de tentar fugir a ele. Talvez haja aqueles capazes  de levar suas vidas livres de tais preocupações. Mas para aqueles como nós,  nosso destino é  enfrentar o mundo tal como órfãos,  perseguindo por longos anos as sombras de pais desaparecidos. Nada resta senão tentar levar a cabo nossas missões o melhor que puder os, pois até o fazermos, calma alguma nos será permitida".
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Christiane 24/07/2021

A história é narrada por Christopher Banks quando se encontra na Inglaterra pós-guerra em retrospectiva sobre sua vida. Ele é um famoso detetive que desvendou vários casos que ficaram famosos, porém o mais importante para ele,o desaparecimento de seus pais em Xangai antes da Segunda Guerra, ele foi procrastinando até finalmente tomar a decisão de voltar e resolver também este caso.

A maior parte da narrativa é em Xangai, iniciando com as recordações de Christopher sobre sua infância na Colônia Internacional onde vivia e sua amizade com Akira, um garoto japonês que era seu vizinho. Quando seu pai desapareceu misteriosamente ambos brincavam de ser o inspetor Kung, o responsável pela investigação, e resolviam o mistério. O que não se esperava é que sua mãe também desapareceria.

Após o desaparecimento de seus pais Christopher é levado para a Inglaterra e criado por sua tia.

A força dos registros da infância transparecem o tempo todo no livro. Primeiro Christopher escolhe como profissão ser detetive, mas reluta em ir atrás do mais importante para ele até que finalmente o faz. Volta à Xangai e começa a investigar e é neste momento que todo o trauma da perda de seus pais passa a atuar.

Xangai está cercada pelos japoneses, e quando ele encontra um soldado japonês ferido nos escombros do cortiço onde imagina estarem seus pais ele vê nele Akira. O soldado percebendo que seria sua chance de sobreviver e não ser morto pelos chineses entra no jogo e o leva até onde ele quer ir, a casa indicada pelo inspetor Kung como sendo a única que ele não revistou na época do desaparecimento de seus pais, porém ela está destruída também.

Xangai no tempo de sua infância era dominada pelo comércio do ópio, e sua mãe e o chamado Tio Philip, eram contra isto, e faziam campanha para acabar com o tráfico. Agora Christopher quer se encontrar com o Cobra amarela, que supõe saber o paradeiro de seus pais. Ao final ele terá grandes surpresas quando descobrir finalmente o que aconteceu.

Por mais que Christopher fosse um renomado e excelente detetive quando se trata de si próprio a coisa já não é tão simples, lhe falta objetividade e distanciamento, ele é envolvido em suas emoções e memórias que nem sempre são exatas, se fixam no tempo, faltam pedaços e são registradas segundo a ótica de uma criança, o que lhe dificulta enxergar a realidade do que investiga. Ele parece voltar no tempo quando brincava com Akira de detetive, ignora inclusive que o japonês está seriamente ferido, não percebe que não é Akira, uma vez que em sua mente ele teria que resolver o mistério junto com seu amigo, só assim o conseguiria.

Além da questão do ópio e do poder, o livro passa levemente pela questão dos costumes, e do amor patológico, onde um ego ferido é capaz de vingança.

Quando carregamos um trauma de infância, acabamos passando a vida dirigindo nossas energias psíquicas para isto, na tentativa de solucionar revivemos e buscamos a resposta, como os órfãos de pais desaparecidos, um vazio que se cria. Christopher e Jennifer, a criança que perdeu seus pais e ele adota, retribuindo à vida o que sua tia fez por ele, passam a vida tentando compreender, e ao fim o que buscam é a paz, o viver um pouco e com pequenos prazeres possíveis.
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Bruna 25/03/2021

Esperava mais
A escrita do autor é muito boa mas achei a história muito parada. Eu adoro ficção histórica e o livro de fato traz algo interessante sobre as relações entre Japão e Inglaterra da época e sobre a guerra entre China e Japão. Mas demora para acontecer coisas interessantes de fato. Pela fama do autor, achei que leria algo estilo Palácio de Inverno do John Boyne. O livro não é ruim mas não deu tão certo pra mim.
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Danielle 07/02/2021

Muito bom
Admiro muito o trabalho desse autor sempre que posso leio um livro dele pois sempre me emocionam e me fazem refeltir. Não foi a toa que ganhou premio nobel de literatura.
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bobbie 23/08/2020

Como resenhar um vencedor do Prêmio Nobel de Literatura?
"Nossa infância torna-se como um país estrangeiro, uma vez que crescemos", é uma citação de uma poetisa japonesa (real, fictícia?) quase ao final de Quando éramos órfãos, e não poderia haver descrição mais certa do que essa de um tempo passado que todos os adultos experimentam. Tempo passado este que é o mote deste romance, como sempre finamente escrito por Kazuo Ishiguro. Christopher Banks, o protagonista, nos conta a história de sua vida sempre de um ponto de vista nostálgico, mesmo quando fala do "presente", pois ele mesmo já está passos adiante. Nunca - e perdoem-me se generalizei sem analisar a fundo frase a frase - Banks nos contará sua história a partir do agora, do momento presente. O presente, para ele, praticamente não existe. Sua vida inteira é composta por tijolos de memória, que ele assenta um sobre os outros, lentamente, e nem sempre com segurança: há inúmeras passagens em que as lembranças são borradas, como se surgissem detrás de uma cortina de fumaça, ou um véu que o Tempo inevitavelmente estende sobre os olhos de todos nós. A prosa de Ishiguro é memorável, como a busca por lembranças de seu protagonista, e não se arma da pompa das palavras difíceis e enredos complicados para se passar por bela ou elevada. O único ponto negativo, que me fez tirar uma estrela da minha avaliação, foi o apagamento de um importante personagem, cujo desfecho eu gostaria muito de ter conhecido, o que não ocorreu. No mais, este romance foi lançado no ano 2000, mas a edição que resenho, da Companhia das Letras, é de 2017. Contudo, a editora não revisou o texto de acordo com as regras ortográficas vigentes desde 2009. Incomodou-me muito ver muitas "idéias", "tranqüilidades" e outras grafias do passado num texto recentemente editado. Ficou feio e pegou mal. Nada que tire o brilho de Ishiguro, mas passou uma ideia de desleixo, principalmente em uma edição tão linda, tão caprichada.
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Felipe 12/08/2020

Sobre a orfandade do mundo
Para além das muitas personagens órfãs presentes no enredo, talvez o maior de todos seja o mundo. Contextualizado no conflito sino-japones pré-Segunda Guerra, "Quando éramos órfãos" acompanha a trajetória de Christopher, um garoto inglês que vivia em Xangai quando misteriosamente seus pais desaparecem e ele se vê lançado ao mundo sozinho. Anos mais tarde ele retorna à China em busca de respostas. É tão difícil pra ele e tão tardio esse "reencontro" com o passado, assim como foi tardio o fim da barbárie que desencadeou um dos maioria conflitos que a humildade já presenciou. Será, que mesmo depois de tudo o que aconteceu na vida de Cristopher, ele deixou de ser órfão? O mundo deixou de ser órfão, desde então? Essas respostas podem ser dadas, mas cada um pode tirar suas próprias conclusões.
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Alexia Karla 01/07/2020

Terminei na força do ódio
Poxa, eu queria muito ter gostado desse livro. Eu adorei o começo dele e estava gostando muito da maneira como o Kazuo contava uma história, aparentemente de suspense, de uma forma bem mais intimista.

Gostei muito da ideia de como o passado atormenta o protagonista, sempre trazendo a ele uma sensação de perda e de solidão. Sem falar no mistério que ronda a história.

Mistério esse que tem uma desfecho muito original e até bem melancólico. Porém que se perde no meio de tantas divagações do protagonista.

Longe de mim reclamar de personagens prolixos! Mas nesse caso, não senti a profundidade necessária pra que aqueles relatos realmente me tocassem como leitora da obra.

No fim acabou virando um livro enrolado, com uma premissa muito boa, mas que me dava muita preguiça de ler.

Mas pretendo sim ler mais coisas do autor.
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Phablo Galvão 09/06/2020

Nostálgico
Gostei. O final é bastante emocionante. Uma leitura gostosa. Nostálgica.
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edu basílio 03/05/2020

um artista das memórias e das palavras

como é linda a escrita de ishiguro!
eu diria que ela reúne a precisão que existe em seu DNA japonês com a elegância vitoriana que ele adquiriu por passar a vida na inglaterra... uma sensibilidade e um talento excepcionais para construir protagonistas profundos e multifacetados, por quem desenvolvemos rápido tanto uma empatia calorosa quanto um certo desespero contido.

além disso, parece ter predileção por aqueles com "contas a acertar" com suas próprias memórias -- seja querendo apenas revisitá-las, ou necessitando reformulá-las, ou ainda tendo que acolhê-las, para entender como escolhas e circunstâncias, juntos, os levaram a se tornar quem são (e fazer as pazes consigo).

sem dúvida, anseio por ler seus demais romances, que infelizmente são apenas oito... :-)

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Sa 12/04/2020

Confesso que fui animada para a leitura desse livro pois tinha lido Never Let Me Go (Não me abandone jamais) e tinha gostado muito. Porém me decepcionei um pouco com esse livro. Não senti desenrolar e demorou pra eu conseguir finalizar a leitura. O final deixa um grande vazio no peito, mas foi o momento que eu achei o personagem mais humano do que nunca.
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araujo 05/01/2020

Uma história que surpreende
Escrevo minhas resenhas apenas para me lembrar melhor dos livros que li. Então, as impressões são pessoais e não têm a intenção de ser realmente úteis para outros. Dito isto, vamos a ela.
Gostei do livro. O autor tem um estilo seco, direto, mas com nuances. O personagem principal, Christopher Banks, não traz nenhuma empatia. Resumindo, é a história que conta sua infância em Xangai até o desaparecimento de seus pais, tornando órfão, e sua vida de adulto, primeiro como detetive em Londres e sua ida para Xangai para descobrir onde os pais estariam em cativeiro, isso mais de 20 anos após o desaparecimento. Tem algumas cenas forçadas, até pelo próprio fato dele achar que seus pais ainda estariam em cativeiro, depois de tanto tempo. Neste ponto temos algumas cenas que parecem puro non-sense, e sua busca pelos país parece, em alguns momentos, um sonho ou pesadelo, pelo inverossímil dos acontecimentos, mas a narrativa prende. No final gostei de ter lido, apesar do final um tanto quanto melancólico.
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