Danilo Barbosa Escritor 06/06/2011É tempo de África!Durante a Copa do Mundo na África a coisa que vocês mais devem ter visto e ouvido foram os jogos de futebol e os repórteres parando aquele seu capítulo preferido da novela para colocar qualquer assunto referente ao evento, por mais sem noção que tenha sido. Eu, pessoalmente, não via a hora que o Plantão fosse rasgar a tela da minha televisão para falar que alguém tinha espirrado nas Savanas Africanas.
Assumo que não sou muito fã de esportes e de futebol menos ainda. Mas quanto a África, aí o assunto muda... Esta terra tão rica e cheia de contrastes, por muitas vezes considerada o Éden original.
Conhecemos este país como a terra dos sáfaris, das selvas ou da diferença social e racial. Este caldeirão de cultural ancestral que faz a gente dançar e pular sobre o som dos seus batuques. E é exatamente sobre este lado do continente negro (com orgulho) que o jornalista Felipe Machado nos expõe em seu Bacana, bacana (Editora Pensamento-Seoman, 192 páginas).
Editor de Multimídia da Folha e escritor do Blog Papo de Homem, ele aproveita a sua viagem até a África durante a Copa (e que não entende nada, ou quase nada de futebol) e vai nos tecendo um panorama turístico deste país atualmente.
Com capítulos curtos e muito engraçados, ele nos mostra os melhores restaurantes e lugares turísticos e, entre os textos, expõe o ambiente político e social deste país que tantas coisas mudaram nestes últimos anos. Os jogos de futebol na verdade são as coisas que menos são descritas na sua obra.
Este livro foi muito divertido para mim. Desde o nome, homenageando o time sulafricano chamado carinhosamente de Bafana, bafana (Garotos, garotos), o autor usa sua linguagem de cronista e blogueiro com textos bem humorados e leves, onde consegue mesclar o drama e a alegria esfuziante daquele país em meio a suas aventuras pessoais. Como está acostumado a lidar com os leitores, ele cria páginas de leitura fácil, sem muito modismos ou linguagem intelectualizada. Sendo assim, o livro pode ser lido por todo mundo sem ter de carregar um dicionário do lado.
Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/llc3Gt