A Comédia Trágica ou a Tragédia Cômica de Mr. Punch

A Comédia Trágica ou a Tragédia Cômica de Mr. Punch Neil Gaiman
Neil Gaiman
Dave McKean




Resenhas - Mr. Punch


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Luan Simões 12/08/2012

Ruim de maneira Boa e Bom de maneira Ruim
Venho escrevendo minhas experiências de leitura há um tempo mas não sei bem o que dizer aqui.

Fato, não sei.

A Comédia Trágica ou a Tragédia Cômica de Mr. Punch foi minha primeira experiência com uma graphic novel por assim dizer e o segundo texto do Gaiman que li.

Fazendo alusão ao título, este livro é ruim de maneira boa e bom de maneira ruim. Como?

Misture os mistérios familiares contidos nas páginas, lacunas entre o real e o imaginário, um pouco de interferência cronológica e teatro de fantoches. Aliás, fantoches apavorantes devo citar.

Mr. Punch (adoro o nome) é um desses bonecos, ou O boneco por assim dizer. E é através das experiências com esse teatro que narra a complicada, ou mais estranha que complicada, vida do protagonista desde garoto.

Toda a experiência com essa obra foi diferente para mim. Das ilustrações/fotos-composição, passando pela narrativa até o formato do book em si. Todos me olhavam no trem quando eu retirava um objeto de leitura tão grande da mochila.

A história é diferente de tudo que li até hoje e o Gaiman deve ter fumado muito para escrevê-la. Mas, se o fez, ainda bem.

Posso encerrar dizendo:

- Li, estranhei, gostei ou não mas não me arrependo.
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Jung Angel 30/06/2012

Minha Opinião Sobre: Mr. Punch
A Hq trás a História de um menino que vive em conflito com si mesmo, e que acaba envolto ao mistério, das relações entre sua família e os personagens do show de Mr.Punch.

Mr. Punch simplismente é: "Sombrio, Estranho e Magnífico"

Faz um bom tempo que queria ler algo do Neil Gaiman, e graças as promoções do submarino na semana passada junto com minhas comprinhas de livro comprei a Hq Mr. Punch.

Então como sabem está é minha primeira leitura do autor. Sei que estou atrasada, queria conhecer faz tempo esse autor, mas não tive a oportunidade ainda, sei que para muitos Mr.Punch não deve ser o livro favorito de Neil Gaiman, mas eu gostei muito dessa HQ.

Não sei porque, mas eu pensava que a edição era capa dura, por isso assim que chegou eu acabei estranhando um pouco! Bom a capa da Hq é bem divertida, só o nome dela já me chamou a atenção.

Sinceramente pensava que ia ser uma Hq mais digamos 'Alegre', mas ao contrario do que eu pensava em relação, ela é bem assustadora em alguns momentos, e Mr. Punch me dá medo (Sério).

[...] _Onde está o Bebê?

_Ah ele está lá no porão, comendo carvão. Vou pegá-lo para você.

_Ela trouce o Bebê do porão.

_Eles se beijaram. E ela deixou o bebê aos cuidados de Mister Punch.

_O bebê começou a chorar, um gemido aterrorizado e agudo. Punch pegou o bebê ... E o Jogou pela Janela" [...]


Os quadrinhos são misturas de elementos de desenho, pintura, fotografia, recorte e colagens que o ilustrador, trás para HQ, fazendo com que complementem a história de Gaiman, trazendo assim para a história intensidade, e realismo.

Gostei da Hq como já disse, mas o que mais gostei nela foram os trechos da história dos fantoches, Mr. Punch e Judy.

Logo abaixo tem um trecho do teatro dos fantoches só para vocês matarem a curiosidade! Espero que gostem de Mr. Punch como eu!

Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!

site: https://lendocomaangel.blogspot.com/
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Italo 18/05/2012

A filosofia embutida na tragédia cômica de Mr. Punch
Mister Punch é um carismático fantoche, bem macabro, com um rosto ameaçador e ao mesmo tempo engraçado, por isso o nome de "comédia trágica". As atitudes do fantoche na peça são violentas e, se vistas na sociedade de hoje, com certeza seriam completamente absurdas e horríveis. Porém a forma como é contada a peça e os próprios personagens - ao meu ver - suavizam e intensificam em diferentes momentos, essas atitudes, despertando a curiosidade do leitor para entender o que pode estar ser relacionado aos momentos da vida do ser humano. O garoto, que tem uma relação um tanto confusa com o fantoche, filosofa sobre as situações da vida, as atitudes dos adultos e o drama familiar, tudo, na visão sincera de uma criança.
Muitos podem pensar que haja uma falta de objetivo no livro, mas Neil Gaiman realmente queria que a história ficasse assim, até para dar um toque de realismo na trama. Os desenhos de Dave McKean, como sempre, são sensacionais e transmitiram fielmente as emoções dos personagens e do contexto em geral.
Gostei muito, sei que é difícil, mas queria que houvesse um "Mr. Punch 2".
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Lidiane 05/05/2012

Sombrio
Nesse livro Neil Gaiman nos conta sobre o fim da infância de uma garoto de forma sombria, incomum e misteriosa, uma fabula gótica.
Dave McLean ilustrou de forma brilhante a obra, não poderia ter imagens mais apropriadas pra transmitir o sentimento da obra.
A edição que li da Conrad esta perfeita.
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Marcos Faria 05/04/2012

Não tenho muito o que dizer de “Mr. Punch” e “Sinal e Ruído” (Conrad, 2010 e 2011 respectivamente). Neil Gaiman e Dave McKean são como Lennon e MacCartney, Ginger e Fred, Bebeto e Romário. O que mais impressiona não é o talento imenso de cada um, que já não seria pouca coisa. É o fato de os dois se completarem em total harmonia e, ainda por cima, encontrarem jeitos diferentes de fazer isso. “Mr. Punch” é bizarro, sombrio. Como disse a Ale, é para nos lembrar como a infância é macabra. “Sinal e Ruído” é poético, filosófico. Por um momento eu pensei como teria sido se eles realmente criassem uma história sobre o Milenarismo, mas depois vi que aquela era a história possível (e relevante) a ser contada. Não digam isso para Mr. Punch, mas preferi o conto do cineasta.

Texto publicado também no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/04/05/meninos-eu-li-21/
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naniedias 17/03/2012

Mr. Punch, de Neil Gaiman e Dave McKean
Um pequeno menino que passa alguns dias com os avós. Por ter apresentado sinal de uma das doenças comuns da infância - catapora, caxumba, ou outra qualquer (ele não se lembra com exatidão) - e com sua mãe grávida, o menino é enviado para passar férias forçadas com os avós. E passa por um período turbulento: de descobertas da loucura mental do avô (e também da inépcia moral do mesmo), da infelicidade da avó, de uma doença mal explicada do tio-avô.
E essas descobertas se mesclam com a admiração e medo que o garoto sente pelo espetáculo de Judy e Punch.

O que eu achei do livro:
Primeiramente, vocês sabem quem são Judy e Punch? Não?! Pois é, eu também não sabia. E isso faz toda a diferença entre entender ou não a história. O caso é que não entendi muita coisa e talvez você também não entenda.
A edição da Conrad ficou belíssima - em tamanho grande (29,5cm X 21,5cm), com uma coloração muito bonita e páginas em um papel muito bom. Só faltou a orelha para dar um acabamento melhor (mas talvez só seja assim na minha edição, que foi vendida pelo Submarino, que de vez em quando vende edições menos interessantes a preços módicos). Mas faltou algo essencial para essa história: uma introdução (veja bem, essencial à edição brasileira).
O tempo inteiro enquanto passava pelas páginas, degustando a história, eu ficava pensando se o teatro de Mr. Punch realmente existia ou era algo da cabeça do autor. Não quis interromper a leitura para buscar maiores informações na internet e esse foi um grande erro. O teatro é muito famoso na Inglaterra - algo que está no imaginário popular e que todos, ao menos, já ouviram falar e que muitos já assistiram. Dessa forma, o autor não se dá ao trabalho de explicar o enredo do teatro, ou contar de forma linear a história em um primeiro momento (embora seja possível juntar os recortes que vão sendo contados aos pouquinhos e montar todo o enredo). Então, se você não conhece essa famosa história (famosa na Inglaterra e não por aqui), você, provavelmente, não conseguirá desfrutar completamente desse livro, como aconteceu comigo. A linearidade a que me refiro é justamente sobre a aventura de Mr. Punch no teatro - aquela que é conhecida por todos (todos os ingleses). Pois a história do protagonista realmente não é para ser linear, uma vez que se trata das memórias de uma criança em um tempo distante - nebulosas e apagadas em alguns pedaços - contada em primeira pessoa. É maravilhosa a maneira como Neil Gaiman consegue passar para o papel essa impressão e mostrar ao leitor como o narrador já não se lembra de tudo e como muitas coisas conseguiram perturbá-lo.
As ilustrações de Dave McKean são incríveis - belíssimas, intrigantes, perturbadoras! Dão vida à história escrita por Gaiman e, na minha opinião, são a alma dessa HQ. Como expliquei, não conhecia algo fundamental para a história e acredito que por esse motivo a achei tão confusa, mas com as ilustrações eu consegui adentrar o mundo mágico e distorcido de Punch e Judy e curtir o livro. No final da contas, a leitura de A Comédia Trágica ou a Tragédia Cômica de Mr. Punch foi para mim bela e misteriosa, intrigante e impressionante, mas também muito cansativa e pouco elucidativa. Eu terminei de ler o livro sem entender muito bem o que o autor queria passar, ou pelo menos, sem conseguir entender grande parte do que o autor queria passar.. Uma pena, porque a história parece ser muito mais do que eu pude absorver. Acredito piamente que uma introdução, que poderia facilmente ser adicionada à versão brasileira, auxiliaria a minar esse sentimento de desorientação e levaria a uma leitura mais íntegra e agradável.
Apesar de ser uma HQ, não se iluda, não é voltada para o público infantil. Com uma linguagem adulta - tanto escrita quanto visual - o livro é capaz de fascinar e assustar. E para que você possa aproveitar a leitura de uma forma que eu pretendo aproveitar no futuro (quando reler o livro), indico que leia antes esses dois links: Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/Punch_and_Judy - e Who is Punch? - http://www.punchandjudy.com/who.htm- , ambos em inglês, mas muito elucidativos sobre a famosa peça infantil.
Enfim, não consegui compreender tudo o que havia para ser degustado nessa HQ e acabei perdendo muito com isso. Espero poder reler em um futuro próximo e gostar ainda mais da leitura, que dessa vez foi tão prazerosa quanto perturbadora.

PS: Esse foi meu primeiro encontro com Neil Gaiman. Era um autor que eu já queria conhecer há um bom tempo e a minha primeira impressão foi a melhor possível, mesmo tendo alguns problemas para alcançar toda a história. Achei a forma que Gaiman escreveu a história muito interessante e já estou ansiosa para ler outras coisas escritas pelo tão famoso autor.

Nota: 7
Dificuldade de leitura: 7

Leia mais resenhas em http://naniedias.blogspot.com
Caro 30/01/2013minha estante
Já conheço Judy e Punch do livro "Os magos de Caprona" de Diana Wynne Jones, mas neste livro também não havia introdução sobre o teatro. Acho que é necessário explicar coisas de diferentes culturas quando se traduz um livro... Enfim, conheço os personagens e espero gostar do livro quando conseguir uma cópia.


naniedias 30/01/2013minha estante
Caro, eu gostei mesmo sem conhecer o teatro >< Você, já sabendo mais dos personagens, certamente irá gostar ainda mais :)


Jeannie 25/04/2013minha estante
Obrigado pela dica, estou lendo agora...
Estava interpretando a história de Judy e Punch como sendo um meio do subconsciente do garoto para justificar as atitudes do avô junto da avó, até pensei que este tinha assassinado a mesma.
Comprei também na submarino.
Tomara que você não tenha parado por aí, leia "Lugar Nenhum" [tbém do Gaiman], que foi vendido na mesma coleção pelo submarino. É incrível a criatividade e a abstração mental do autor!
mais uma vez, obrigada pela dica ;)


naniedias 25/04/2013minha estante
Obrigada, Jeannie :D
Eu ainda não li os demais livros do autor, mas tenho muita vontade e pretendo adquirir os exemplares em breve ^^




Roberta 23/01/2012

A obra – que passeia no ritmo da memória, costurando pedaços, recompondo histórias e lembranças – é carregada de uma boa dose surrealismo e obscurantismo, características inerentes a Neil Gaiman, que conduz a história pelo caminho memorialista – não linear – composto por colagens, montagens, trazendo à tona memórias esquecidas, confusas, fotográficas e misturadas com a imaginação e lembranças da infância de um garoto que busca entender as próprias origens em meio à tenebrosa história que envolve um clássico teatro de fantoches inglês com clara influência da comédia dell'arte italiana.

Não poderia haver melhor ilustração para a narrativa costurada de Neil Gaiman que essa de Dave McKean. Ao misturar com maestria elementos do desenho, da pintura, do recorte e da fotografia, as colagens do ilustrador acompanham e complementam a obra conferindo a ela a intensidade que podemos observar e apreciar.

"A Comédia Trágica ou a Trágica Comédia de Mr. Punch" é surreal, lisérgica e viajante como qualquer Gaiman deve ser.
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liilo 06/02/2011

Sem graça, de não rir e sem graça, de desinteressante
Aiai, dessa vez a dupla Neil Gaiman e Dave McKean não deu bom resultado. Eu esperava algo engraçado. Mr. Punch não tem nem meio riso de piadinha infame. Eu detestei.

1 - A estória. É enrolada demais, tantos nomes de parentes do narrador-personagem, que é o pior narrador de todos os tempos. Eu não pude entender onde aquilo ia dar ou onde eu estava me enganando até faltar poucas páginas para acabar e descobrir que a estória não desenvolve mesmo, em nenhum momento se tornou interessante.

2 - Os personagens. O protagonista (e narrador) é um apático e desinteressado "natural", bem tonto ou jovem demais. E por isso ele nunca sabe de nada, ele simplesmente vai te contar as dúvidas que ele teve quando criança que nunca foram esclarecidas, os fatos que ocorreram embaixo do nariz dele e que ele nunca entendi ou sequer perguntava (quando perguntava não obtinha respostas também, ele não era muito querido pela família).
Quanto ao Mr. Punch, ele é abominável apesar ser um fantoche (sim, eu gosto de estória com moral). Aliás, quando me interessei pela HQ, imaginava um velhinho ranzinza, que distribuia "pancadas" em forma de palavras, ou até que aprontasse, mas Mr. Punch não tem dó de ninguém, e as "pancadas" são com tacadas de baisebol ou pior ao ponto que terminei de ler me sentindo mal.

3 - A ilustração. A capa e as páginas que são com base em fotografias são maravilhosas. E as outras em geral (de um estilo totalmente diferente) são muito boas, inclusive as finais com o fantoche do Punch alucinante (outro estilo, e compreensível a mudança de estilo) deu até um calafrio olhar para o Mr. Punch (o Coringa do Batman é fichinha perto dele...). A única coisa que me incomodou nas ilustrações foi algumas imagens que não dava para identificar o quê que era. Digo, nem olhando para os quadros anteriores ou seguintes, nem contexto era possível entender ou supor tais quadros.

Foi a minha primeira decepção com Neil e Dave.

Só fiquei curiosa sobre o que a HQ Mr. Punch poderia ter a ver com as vidas dos autores. Fiquei pensando nisso por causa dos agradecimentos, tão pessoais e estranhos.
Fiquei imaginando se dali poderia ter acontecido com algum deles, sei que eles são amigos, mas parecem ser tão equilibrados...

Mr. Punch realmente só serviu para me tirar o sono. (veja uma entrelinha de uma cagona também, ok?)

Espero ler/ver obras melhores de ambos autores. Os trabalhos que conheço deles são muito bons, espero que Mr. Punch seja uma exceção única ou das poucas.
Jeffer 22/01/2012minha estante
o teatro d fantoches punch & judy é considerada o 9º símbolo nacional da inglaterra (ond a rainha ocupa o 1º lugar). e sim, a peça é encenada exatamente daquele jeito, desde a época medieval, com o mr. punch jogando a criança no chão e matando quase todos os outros bonecos à paulada.


Roberta 23/01/2012minha estante
Sem contar que a ideia de sonho, surrealismo e falta de linearidade da narrativa tudo tem a ver com "algumas imagens que não dava para identificar o quê que era", afinal, a memória não é clara não dá pra confiar nela, ela nunca é clara e pode mentir. Por isso mesmo ele por vezes se lembra do passado por meio de fotografias, outras vezes baseando-se apenas nas lembranças. São colagens e lembranças costuradas muito bem representadas na ilustração de McKean.
Essa obra seria infame se tivesse motivos para risadinhas e piadinhas infames, não é proposta nem do escritor, tampouco do ilustrador. Ironias e sarcasmos cercadas de obscuridade fazem muito mais a cara de ambos.


Italo 12/06/2012minha estante
Concordo plenamente com JLM. Desculpa, mas eu acho que vocês não entenderam o sentido do livro e a mensagem que ele transmitiu.


kcarlos 16/01/2013minha estante
ate concordo com os comentários, a obra não é pra ser engraçada nem nada desse tipo é mais um recorde de memorias perdidas mesmo, e mostra um desperta de como as coisas são cruéis e as pessoas inertes e alheias as outras. Mas vamos combinar... que é chato é viu, muitas filosofia para minha cabeça que buscava diversão. Para mim a leitura antes de tudo tem que ser prazerosa, e essa definitivamente não conseguiu ser. talvez algum dia eu releia e realmente goste. Sim quase esqueço , todo mundo a de concorda que a arte do hq é realmente fantástica!




Tito 04/12/2010

Sombrio. Estranho. Soberbo.
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