Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos

Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos Lima Barreto




Resenhas - Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos


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Rayan GQR 05/08/2020

Um relato muito interessante que traz à luz problemas que poderiam ser muito desconsiderados se não fosse a visão de um autor que passou pelo manicômio e vivenciou a experiência, mantendo a sanidade para documentar essa história.
É realmente uma pena que "O Cemitério dos Vivos" não tenha sido terminado, a história tinha bastante potencial, e mesmo incompletos seus relatos ainda são interessantes de ler e são um retrato de uma face obscura da história brasileira.
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Thifanie 31/07/2020

obrigação...
li como leitura obrigatória por causa do vestibular, não é o estilo de livro que eu gosto e provavelmente eu não leria se não fosse obrigada. A história não é tão chata e ele é tranquilo de ler mas no geral não gostei por não ser meu gênero preferido
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Diego 29/07/2020

Muito interessante como Lima Barreto já tecia críticas extremamente relevantes aos manicômios décadas antes da Reforma Psiquiátrica italiana. A ficção e a realidade se confundem em muitos momentos
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gabi 24/07/2020

Surpreendente
Demorei um pouco para começar a ler esse livro, mas quando comecei, não consegui mais parar. Lima Barreto conta sobre sua segunda passagem pelo Hospício e sobre as dificuldades que encontrou. Em Cemitério dos Vivos, faz uma ficção sobre o mesmo hospício.
Há trechos tocantes, dolorosos. Nos apresenta a vida em um hospício no século 20. Vale muito a pena a leitura.
Achei o começo, com o prefácio, um pouco lento. Resolvi pular para o Diário (recomendo) e para o Cemitério e só depois voltar para o prefácio.
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gabi 24/07/2020

Surpreendente
Demorei um pouco para começar a ler esse livro, mas quando comecei, não consegui mais parar. Lima Barreto conta sobre sua segunda passagem pelo Hospício e sobre as dificuldades que encontrou. Em Cemitério dos Vivos, faz uma ficção sobre o mesmo hospício.
Há trechos tocantes, dolorosos. Nos apresenta a vida em um hospício no século 20. Vale muito a pena a leitura.
Achei o começo, com o prefácio, um pouco lento. Resolvi pular para o Diário (recomendo) e para o Cemitério e só depois voltar para o prefácio.
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gabi 24/07/2020

Surpreendente
Demorei um pouco para começar a ler esse livro, mas quando comecei, não consegui mais parar. Lima Barreto conta sobre sua segunda passagem pelo Hospício e sobre as dificuldades que encontrou. Em Cemitério dos Vivos, faz uma ficção sobre o mesmo hospício.
Há trechos tocantes, dolorosos. Nos apresenta a vida em um hospício no século 20. Vale muito a pena a leitura.
Achei o começo, com o prefácio, um pouco lento. Resolvi pular para o Diário (recomendo) e para o Cemitério e só depois voltar para o prefácio.
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Filipe Candido, o otimista 29/02/2020

A
Aaaaaaa
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notexist 16/12/2019

Quando o real e o fictício se entreune
Uma obra escrita com a pena d'angústia.
Antes mesmo da internação do protagonista, contra a sua vontade, no hospício, toda uma série de infortúnios prorromperam ao seu redor.
Como ele próprio dissera, teve sorte em nada de mais grave ter-lhe acontecido após seus momentos de embriaguez, que se repetiam como uma constância fora de controle.
Então, posto em reclusão psiquiátrica sentiu na pele toda uma série de contratempos e pequenas, mas profundas humilhações em seu forçoso exílio, repleta de outras pessoas aviltadas em suas consciências e, com hábitos insuportáveis e inescapáveis para àqueles que ainda tinham alguma sanidade, mas que pouco a pouco participavam de sua esfera de loucura.

Entretanto, diante de tal degradação moral, sempre houve declarações de sua parte, por uma redenção; uma nova e recuperada vida - mais salutar e com uma perspectiva financeira melhor. E, se possível, por um acerto de contas com um passado de remorsos e de debilidade.
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Lucas Poliseli 22/09/2019

Arrastado
Sofri lendo este livro.
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Anna 09/04/2019

Acredito que pelo fato de ser leiga em literatura nacional, tive grande dificuldade de me encontrar nessa leitura.
A história chamou atenção pelo "Diário do hospício", dessa forma, imaginei detalhes dos detalhes de tudo o que aconteceu durante a estadia do autor por lá. Realmente são descritas
diversas características do local, como são alguns médicos e enfermeiros. Porém, considerei a narrativa sobre o hospício em si e como é o tratamento dado aos pacientes, superficial.
Retifico que não tenho o hábito desse tipo de leitura, mas achei lenta e maçante.
Não conheço as outras edições da obra, mas essa tem no final o adicional de contos de outros autores consagrados. Onde são relacionados com o hospícios e os tipos de "loucura".
A linguagem do autor trás momentos de lucidez e de tormentos, narra fatos que não aconteceram em sua vida "real". Muitas notas explicativas esclarecem essas narrativas, como por exemplo, ao mencionar sua esposa e filho. Ele não chegou a se casar e também não teve um filho. Mas o narra, como se os tivessem tido.
Em suma, não satisfez a minha curiosidade antecipada em conhecer Lima Barreto em seus devaneios.
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regifreitas 14/09/2017

Duas obras póstumas encontram-se nesta edição. No Diário, Lima Barreto registra todo o seu drama pessoal ao ser recolhido em uma instituição para doentes mentais, por conta dos abusos de álcool; abusos esses que o tornavam uma pessoas excitável e dado a delírios e alucinações, obrigando a família a interná-lo, o que acontece em pelo menos duas oportunidades. Percebe-se nas anotações do Diário a clara intenção do autor em ficcionalizar posteriormente essas experiências – em determinadas passagens, chega a confundir os fatos vivenciados com as notas para o futuro romance.

Este romance seria O cemitério dos vivos, no qual o protagonista, Vicente Mascarenhas, passa pela mesma experiência do autor – por conta de uma vida repleta de dificuldades financeiras, frustrações e desilusões, e também por um profundo remorso provocado pela perda da esposa (a qual só passa a compreender depois de morta), acaba, igualmente, enveredando pelo alcoolismo.

Infelizmente a obra ficou incompleta, pois Lima Barreto veio a falecer antes de poder concluí-la. Sua primeira edição só veio a público em 1956, por conta dos esforços do biógrafo Francisco de Assis Barbosa. Contudo, em O cemitério já se encontra o germe do que poderia se tornar a obra-prima do autor. O dia a dia na instituição psiquiátrica e a relação com os outros pacientes, médicos e funcionários; fatos inusitados e personalidades pitorescas que atravessam o caminho de Vicente; além de reflexões sobre a própria loucura, bem como sobre a finalidade e o funcionamento do hospício, e a marginalização das pessoas ali internadas. Uma pena um material tão rico não poder ter uma merecida finalização!

Nesta edição constam extras que enriquecem bastante a obra, começando por um prefácio esclarecedor de Alfredo Bosi. Além dele, textos (contos, crônicas, entrevistas) do próprio Lima Barreto, todos relacionados às suas sucessivas internações ou tendo como tema a loucura. Também fazem parte outros textos (crônicas e reportagens) de Machado de Assis, Raul Pompeia e Olavo Bilac, autores que em algum momento escreveram sobre o Hospício Nacional de Alienados, instituição na qual Barreto foi recolhido.
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Adriana Scarpin 04/08/2016


Mais um documento histórico que funciona como preparação, Diário do hospício não é propriamente um diário, soa mais como anotações dispersas para futuro uso ficcional, se comparado ao diário de Maura Lopes Cançado sobre sua internação também no Pedro II algumas décadas mais tarde, as diferenças de qualidades literárias são gritantes, sendo a obra de Cançado de um primor inigualável. Adentrando Cemitério dos Vivos, vemos como funcionou a mente barretiana com relação ao diário e de como galgou as informações ali contidas em prol da ficção.
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Jhenifer 07/04/2016

Diário do Hospício conta com anotações feitas por Lima Barreto em pequenos pedaços de papel durante os dois meses de sua internação no antigo Hospício Nacional. Logo O Cemitério dos vivos completa essa maravilhosa edição com um romance inacabado.

Quando você começa a ler as primeiras linhas de O Diário do Hospício, você nota a lucidez de Lima Barreto, que tem certeza que não é louco e que só está ali pelo fato do álcool (na época eram como tratavam as pessoas que sofriam pelo alcoolismo).
Lima Barreto relata sobre os pacientes, médicos e pessoas que ali trabalham sempre de forma sincera e direta.

[] acode-me refletir por que razão os médicos não encontram no amor, desde o mais baixo, mais carnal, até a sua forma mais elevada, desdobrando-se num verdadeiro misticismo, numa divinização do objeto amado; por que - pergunto eu - não é fator de loucura também?

site: http://www.ceuemversos.com.br
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Arsenio Meira 22/07/2013

A LUCIDEZ DE UM ESCRITOR INJUSTIÇADO


Publicados pela primeira vez na década de 1950, mais de 30 anos depois da morte do escritor carioca, os textos deste caprichado volume são complementares.

O "Diário do Hospício" contêm a íntegra das anotações feitas por Barreto em pequenos pedaços de papel durante os dois meses de sua segunda internação no antigo Hospício Nacional.

Esse material é o ponto de partida para "O Cemitério dos vivos", romance inacabado que completa o núcleo dessa primorosa edição da CosacNaify (vai virar pleonasmo associar a palavra primor aos livros editados pela citada editora.)

A leitura dos dois textos, antecedida ou mediada pelo excelente prefácio do crítico Alfredo Bosi, reserva lições para leitores de todos os naipes.

Os vários trechos do "Diário do Hospício" aproveitados quase integralmente nos primeiros capítulos do romance apenas rascunhado, revelam como Barreto transportava à ficção as situações que havia testemunhado ou personagens com quem conviveu no hospital psiquiátrico. Diálogos inteiros saem dos registros e vão parar na ficção.

No prefácio (publicado em papel jornal, contrastando com o branco do núcleo do volume), o crítico Alfredo Bosi chama a atenção para alguns trechos das anotações nos quais o escritor parecia estar confuso, trocando seu próprio nome ou fatos da sua vida.

Nesses parágrafos, Lima Barreto parece saltar das páginas em carne e osso, explicando o nome do protagonista ou registrando seu cotidiano. Em meio ao tropel de suas próprias dores, ele já pensava em dar um novo significado àquela amarga experiência entre os loucos.

Algumas passagens que parecem se repetir ao longo de "O cemitério dos vivos" são, na verdade, pistas reveladoras das hesitações ou experimentações do autor, ainda em dúvida como inserir determinadas informações sobre este ou aquele personagem, este ou aquele episódio.

Na ficção ou em suas anotações, Lima desnuda-se em uma auto-análise lúcida e corajosa. A razões do alcoolismo, que causaram seus delírios; seu sentimento de não pertencer a uma sociedade que valorizava pistolões e acadêmicos pedantes, cheios de pra-quê-isso e nenhuma capacidade de refletir a respeito do conhecimento construído por terceiros.

Foi um baita escritor e um homem sem ambições materiais. Um escritor destemido, porém inseguro e acuado pelo racismo e pelas inúmeras provações que a vida lhe reservou.

Entre loucos, o escritor não se deixou tomar pelo sofrimento e humilhação, conseguindo a proeza de estabelecer alguma distância para conseguir se ver melhor.

Há outras leituras possíveis. "O Diário do Hospício" é um registro rico em detalhes do que era o “tratamento” psiquiátrico no início do século XX. Às anotações de Lima, juntam-se crônicas de as própria autoria, Machado de Assis e Olavo Bilac sobre o mesmo hospital na praia Vermelha, próximo ao bairro de Botafogo.

Bilac comemora a reinauguração do hospício, em 1905, e registra que a grande reforma coincide com o fim do tratamento brutal destinado aos loucos. Aqui, vale registrar que a evolução constatada pelo poeta e cronista não teve sequência ao longo das décadas seguintes, com o surgimento dos hospitais psiquiátricos particulares que se transformaram Brasil adentro em depósitos de gente espancada ou sedada, abandonadas ao deus-dará, com sequelas indeléveis.

A crônica de Bilac sobre o novo modo de tratar e educar as crianças doentes mentais guarda uma espantosa semelhança com o estilo de João do Rio.

O escritor João do Rio, uma espécie de dândi da nossa Belle Époque, fazia enorme sucesso entre os leitores cariocas com suas incursões pelos subterrâneos da então capital federal. Seus escritos sempre geravam crônicas repletas de informações do bas-fond, de onde que João do Rio produziu verdadeiras reportagens sobre assuntos temerários para o pudor da época.

Já as duas crônicas de Machado de Assis não são lá essas coisas. E Machado é Machado, ou seja, não adianta por em discussão sua genialidade; mas aqui, os seus textos são medianos.

O mais importante escritor brasileiro usa o pretexto da loucura para abrir seus textos e, sem mais nem porque, escorrega para outros assuntos sem qualquer transição, dando a maior pinta que estava enchendo lingüiça para preencher a página do periódico que o remunerava.

Mas Lima Barreto também merece um busto. E bem defronte da ABL.

Alcoólatra, negro e pobre, Lima não fazia esforço nenhum para circular entre os esnobes intelectuais da capital da República das duas primeiras décadas do século XX.

Ele extraía sua literatura da vida, sua e dos seus iguais. É um autor que o Brasil precisa ler mais, afinal ele foi capaz de escrever, há 93 anos, que um “dos males da nossa época é essa pregação do trabalho intenso, que tira o ócio do espírito e nos afasta a todo momento da nossa alma imortal e não nos deixa ouvi-la a todo o momento”. Profético e imortal.
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