O beijo não vem da boca

O beijo não vem da boca Ignácio de Loyola Brandão




Resenhas - O beijo não vem da boca


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Aholanda 06/11/2022

Ótima leitura!
Gostei muito desse livro. Ri, e ele me pegou em curvas que eu não esperava. Definitivamente lerei mais coisas do Loyola.
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Dani Ferraz 30/07/2021

"Agora entendo minha angústia diante do muro de Berlim..."
"Vim me desajustando. Passei anos tentando encontrar meu lugar. Até chegar a uma conclusão simples: não tenho lugar. Nem quero ter. Minha angústia era não admitir o não lugar".

Breno é um escritor brasileiro de 41 anos que se mudou para Berlim após o término de sua relação com Luciana e também para fugir do caos brasileiro que envolvia reabertura política e redemocratização na época. Ele, homem que escorregava para fora de todos os rótulos e se alegrava quando não lhe era atribuída nenhuma definição cabível, acreditava que lá seria um bom local para o seu recomeço.

"O beijo não vem da boca" é uma frase proferida por Luciana - "mulher solar" - na qual ele deixa escapar entre os dedos. Ela discorre alguns parágrafos sobre a entrega dentro de um relacionamento e demonstra o quanto de sentimento vem implícito junto com o tocar dos lábios, e se este não levanta, não sustenta, não anima, não tem como voltar, não é possível rebobinar ou voltar atrás como o próprio protagonista fazia muitas vezes com os seus videotapes (um de seus hábitos era gravar videotapes).

Uma das partes fenomenais do livro é quando ele descreve "o que é ser brasileiro"? - na visão de Breno que observava o país da Alemanha -, além de alguns diálogos interessantes sobre sexismo realizados com Ana, que o desvenda em vários momentos como sendo machista e incurável sedutor. Ao ler algumas análises sobre a obra, vi uma frase de Loyla que diz que Ana é o seu melhor personagem feminino. E quem é a Ana? Um romance de adolescência que retorna algumas décadas depois trazendo um desfecho feliz para a história.

O protagonista ao meu ver é a figura mais estafante de toda a narrativa, parece que tudo em sua vida e em seus dias é inconclusivo, sua vida é feita de capítulos, onde ele troca os episódios de lugar mas parece não chegar a lugar nenhum, vive de uma inquietação notável e transpassa isso para os seus relacionamentos ao passo que ele mesmo nota ao fazer um paralelo de sua vida com a do muro de Berlim "... não tinha saltado o muro, ele continuava diante de mim, me dividia entre o que quero e posso ser e o que não me deixam ser". Ou ainda na visão de Luciana "o que não sabem é que você construiu um muro à sua volta. Por isso Berlim deve ser familiar, você é especialista em muros...".

Em suas trocas de cartas (outro hábito do protagonista) e conversas informais, aparecem personagens interessantes que dão vozes mais dinâmicas à narrativa com histórias marcadas por dor, saudades, crises políticas, ideologias e é claro o amor. E são com essas participações que a narrativa parece fluir, mas não, são muitas idas e vindas, devaneios, passado e presente, momentos vividos pelo autor e momentos que ele parece contar ao leitor. Confesso que me perdi muito na história e muitas vezes a leitura se tornou cansativa e um pouco maçante, por isso atribuí aquela avaliação, enfatizo que ela não passa de uma mera opinião própria, quem sou eu para avaliar como negativa uma obra de um dos maiores escritores brasileiros?

Lançado em 1985, o livro possui seis edições e a leitura da qual a resenha foi feita refere-se à de 2009 que especialistas dizem ser bem mais enxuta que as anteriores. Uma história de um personagem falando de si para si que exige uma grande maturidade leitora.
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Mari :) 21/08/2020

O beijo não vem da boca
É um livro muito forte, que toca no sentimento. Exclusivamente no amor. O livro mostra como aquele afeto, aquele toque, aquelas noites maravilhosas de sexo, amor, companhia podem acabar com um estalar de dedos.
Tudo vai e vem. Menos amizades. Amizades que podem ser tornar amor...
Mostrou muito da vida e de como ela é. Nua, fria mas principalmente madura.
Este livro veio em uma época de relacionamento monótono. Me fez ser mais madura. Me ensinou como fazer o amor arder dentro de meu corpo e do dele.
O livro é o amor, como ele é.
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DIÓGENES ARAÚJO 10/05/2016

Decepcionante
Loyola é sem dúvidas um do maiores escritores do país, mas esse livro, achei que ficou muito abaixo da média dos demais livros dele.
É um estilo bem diferente do que ele costuma escrever, em alguns momentos a narrativa é bem interessante, mas no geral, ele não conseguiu amarrar a narrativa da história, o tornando muitas vezes massante.
Quem leu "O verde violentou o muro" pode entender e gostar um pouco mais do livro.
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Emi 17/07/2011

Não curto fazer resenhas, mas acho que deveria escrever em defesa deste livro... Bom, pra quem gosta de um livro "viajado", eu indico este, pois nele estão presentes os devaneios dos personagens, misturando o que está acontecendo, o que aconteceu, o que ele está pensando ou dizendo a alguém.
Este livro é sobre um personagem que ainda "não encontrou seu lugar no mundo", acho que ele ainda está em busca de uma auto-compreensão...Um escritor famoso, com dificuldades em escrever seu próximo livro, alguns romances fracassados, um mistério na família, um passado que ainda lhe assombra...
É possível entrar na mente do personagem, porém sem entendê-lo por completo. Pra quem gosta da Alemanha, tem curiosidade sobre Berilm e O Muro ou então apenas gosta de alemão (pois tem muitas coisas escritas na língua...).
Este não é o melhor livro de Loyola na minha opinião, mas para aqueles que conhecem o estilo do autor ou estão descobrindo agora..dêem uma chance ao livro, afinal acredito que valha a pena :)
E se mesmo assim não gostarem deste..ok, mas não desistam de ler outro dele por isso :P
Emi 17/07/2011minha estante
*Berlim dhasuidhuasidh


Quel 04/09/2011minha estante
Fui a Alemanha ha um mês e amei a viagem...
Agora lendo sua resenha,resolvi que vou tentar ler novamente o livro.Quem sabe... rs


Larissa 04/02/2013minha estante
- Agora estou na espectativa do que vou encontrar nessa obra de Ignácio,


Ronaldo 28/12/2013minha estante
O Beijo não Vem da Boca é um clássico dentro do seu contexto. Foi escrito quase que simultaneamente ao relato de viagem O Verde Violentou o Muro. Ambos estão relacionados ao período em que Loyola passou na Alemanha, resultado de uma bolsa que ele ganhou exatamente para escrever um livro ambientado naquele país. O Verde... é praticamente um livro-reportagem; já, O Beijo é o resultado do projeto. Recomendo a leitura dos dois livros. Um ajuda na compreensão do outro.


Lujan.Cabral 19/07/2021minha estante
Já fui a Berlim e devo voltar este ano se aceitarem brasileiros até minha viagem... só por isto insisto no livro?




Thalita 13/09/2009

Desinteressante!
O autor não consegue envolver o leitor, é uma história cansativa, chata e confusa.
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Quel 14/07/2009

Não me pegou!
Concordo plenamente com o título...mas o autor não me envolveu!
Há quem diga que deve-se dar ao autor uma hora pra te envolver...eu dei uma,duas,sete...e nada Loyola!
Um clima meio baixo astral,um heroi baixo astral...hum...pela primeira vez torci pra chegar logo a parte da sacanagem!...não chegou,abandonei!
EU TE REPUDIO! EU TE REPUDIO! EU TE REPUDIO!
Talvez seja refinado demais para mim..afinal Loyola é um sucesso..eu não!(rs)
Se você tem o ler e gostar,por favor me seduza a fazê-lo,combinado?!
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