Yargo.Gouveia 11/07/2023
Anjos, porradas e bombas(não ironicamente)
Cara, o que falar de um livro que tem tudo o que mais me atrai em uma leitura ?
Cenários históricos — Babel, Idade Média, China Medieval — teorias sobre fatos ocorridos ao longo da história — O grande dilúvio, Os “sete dias” em que Deus criou o mundo e até uma hipotética terceira guerra mundial — e muita, mas muita violência.
Toda a história do livro se passa em torno de um personagem — **Ablon, O Primeiro general** — que pelo fato de ser a favor da raça humana acaba exilado no plano físico, condenado a viver como os humanos, pelo Príncipe dos Anjos, Arcanjo Miguel — O primeiro, e mais poderoso dos cinco arcanjos.
Em um dos contos em que Ablon passa por Babel, acaba conhecendo sua amada — **Shamira, A Feiticeira de En-Dor** — e tudo faz por ela. Inclusive morre tentando salvá-la. Porém revive com uma runa que a própria feiticeira pôs nele, enfim.
Alguns personagens marcam o livro. Existem os óbvios: Ablon, A Feiticeira, Miguel, Lúcifer e Apollyon(falaremos sobre mais afrente). Porém existe uma em especial que com certeza marcou o livro: **Flor do Leste,** a curandeira da caravana até Roma. Sem conseguir falar, salvou a vida de Ablon de um poderoso veneno que quase o matou, isso ainda em Wu-Wei quando enfrentou os três espíritos antigos.
O final do sétimo dia aconteceu no plano físico — em que houve a guerra no nuclear e todos os seres humanos foram devastados — e no paraíso, mais especificamente na Torre de Sion, quando ao toque da sétima trombeta houve o confronto entre os aliados ao Tirano, Miguel, e os Rebeldes, liderados por Ablon, que tinha como objetivo principal salvar sua amada que havia sido sequestrada, pelo Anjo Negro, em seu apartamento no Rio de Janeiro.
O confronto entre Miguel e Ablon estava até páreo, mas com a chegada de Lucífer, e a apunhalada pelas costas, Ablon viu sua morte, e realmente morreu, porém por conta de uma runa que feiticeira tinha posto nele quando ele foi visitar o inferno, ele reviveu matando o Miguel, que morreu admirando o céu.
Já Lúcifer morreu nas mãos de teóricos aliados que já estavam cansados de sua tirania. Como já estava fraco, pois tinha invocados o leviatãs para levar os demônios para a batalha final, morreu sofrendo e seus restos mortais ficaram jogados em meio à multidão de anjos também mortos em batalha.
Pag. 546 “Lúcifer pereceu como indigente, em uma vala comum, gemendo e rogando socorro”
( Pelo fato de ter morrido em meio aos comuns e o autor ter comentado que ficou indiferente aos outros, creio que seja uma representação de como Lúcifer é a representação da própria carne.)
O confronto final entre Ablon e Apollyon, o Anjo negro que devastou Babel e matou alguns de seus parceiros renegados, foi incrível!!! Os dois lados chagaram próximos à vitória, porém Apollyon foi mais forte, imobilizando o arcanjo. Entretanto com a ajuda de Orion, Rei caído de Atlântida, e com um feitiço da feiticeira que enfraqueceu o Anjo Negro, Ablon se solta e vai tentar salvar a feiticeira que já tinha sido solta das correntes na torre de Sion. Contudo foi inútil. A feiticeira morre com a explosão de Apollyon, juntamente com Orion — que ajudou Ablon a fugir das masmorras infernais — e pelo fato de ser humana, não há mais volta.
Ao final os três sobreviventes, agora Deuses — Ablon, Aziel e Amael — têm um conversa com Nathanael que explica que é possível eles voltarem a Roda do tempo, porém esquecerão de tudo o que aconteceu antes no futuro depois. Eles a giram. E por conta de uma segunda runa que a feiticeira também tinha posto nele quando foi ao inferno, ele lembra-se de tudo. E vivem uma vida em paz.
Pag. 556 “ Ele era um herói, e como tal dedicara a vida ao mundo. Por séculos, desistira da felicidade para conseguir um ideal. Renegara a liberdade, e até o amor. E agora, por fim, teria o aguardado repouso. Sua missão estava cumprida.” ——- Sobre Ablon.