cinoca 13/02/2011Tão bom quanto o primeiro!Depois que eu li Sapatólatras Anônimas, fiquei com aquele vazio de uma história leve, romântica e engraçada que eu me identificasse tanto, mas por sorte a editora Record acreditou no imenso potencial que Beth Harbison tem e lançou o segundo volume da série.
Assim como em Sapatólatras Anônimas, conhecemos quatro novas mulheres que com seus jeitinhos únicos fizeram com que eu – e tenho certeza que milhares de outras leitoras – me identificasse com cada um de seus dilemas, problemas ou alegrias.
Primeiro temos Tiffany, irmã de Sandra – protagonista do primeiro volume da série – que na verdade é rapidamente mencionada em Sapatólatras Anônimas, mas não a ponto de a conhecermos. Por sorte, a imagem negativa que é feita da personagem no primeiro livro, é rapidamente dissolvida logo nas primeiras linhas de sua história. Tiffany é aquela mulher que tenta dar sempre o melhor de si, ser a esposa perfeita, a mãe exemplar e às vezes acaba deixando sua felicidade em segundo plano, mas que com o tempo percebe que a felicidade não está somente em fazer os outros felizes.
Depois temos a incrível Loreen, uma personagem que de inicio se demonstra em uma fase de baixa auto estima, que parece que irá continuar por todo o livro. Mas não. Ao longo da história vemos que ela se torna uma mulher engraçada, frágil, mas segura do que quer. E é por isso que eu gostei tanto da personagem e afirmo que ela foi o destaque deste livro.
A personagem que menos que cativou foi Abbey. Ela perde um pouco o encanto que poderia ter, devido a toda sua história, fazendo uma incrível tempestade em copo d’água sobre o seu passado. Não que seja bobagem, eu realmente fiquei impressionada quando ela finalmente conta seu segredo, mas ainda sim, acho que Harbison pecou um pouco ao não explorar essa personagem de uma maneira mais leve como fez com as demais.
Por fim temos uma personagem já conhecida do livro anterior, Sandra Vanderslice, que apesar dos mesmos dilemas eternos sobre seu peso e sua vida amorosa, continuou extremamente cativante e engraçada. Não importa qual for o dilema da vez, Beth Harbison fez com que a personagem se tornasse tão próxima do que passamos em nossas vidas, que é impossível não ficar tristonha quando vemos que ela não aparece tanto quanto no livro anterior.
Sandra foi uma personagem que amadureceu bastante e foi muito gostoso de poder ler a aproximação que ela teve com sua irmã, Tiffany, ao longo da história, assim como o fortalecimento de sua amizade com as personagens deste livro, sem esquecer por completo as suas amigas viciadas em sapatos.
Outro personagem que DEVO mencionar porque fiquei completamente apaixonada é Robert, o tal futuro ex marido de Loreen. Não posso falar muito sobre ele sem estragar a surpresa que foi ter um personagem masculino tão adorável quanto ele. Mas não se impressionem se no final do livro vocês estiverem suspirando e desejando ter um Robert para vocês.
Em suma, eu acho que são realmente poucas autoras que conseguem manter um ritmo tão bom, fácil, leve, emocionante e engraçado do inicio ao fim. Talvez eu tenha visto isso em grande parte das histórias escritas por Meg Cabot, e só. Mas é bom a “rainha dos chick lits” se cuidar, porque Harbison desenvolve personagens e histórias tão lindas, engraçadas e próximas do leitor e consegue fazer uma narrativa tão bacana, que é simplesmente impossível não se apaixonar por cada uma das páginas de seus romances.
Talvez eu só seja uma boba apaixonada por chicklits, mas eu não deixaria de recomendar a todas as meninas/mulheres, de qualquer idade, que lessem esta série. É impossível não se identificar com as situações que as personagens enfrentam.
Um romance simplesmente indispensável para fãs de chick lits. E Meg Cabot que se cuide!