La casa de los espíritus

La casa de los espíritus Isabel Allende




Resenhas - La casa de los espíritus


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Camila 17/12/2023

De longe um dos melhores livros que já li na vida.

Isabel Allende é brilhante, genial.

Extremamente sensível, maravilhoso, sem pontas soltas, sensacional.
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Tamara Barros 08/05/2023

Meu primeiro livro em espanhol
O livro retrata a história de uma família por três gerações, a história da família caminha junto com a realidade do Chile na época, o machismo da época e ainda aborda o tema da espiritualidade.
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Maricita 22/10/2021

Com certeza foi uma das minhas leituras favoritas esse ano. O livro seria perfeito se não fosse o final e o epílogo um pouco corridos demais, na minha opinião, claro, mas nada que tire dele as cinco estrelas. Queria ter lido antes.
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Taisa 21/02/2021

Ahhh esse cabelo verde
Literatura fantástica muito conectada com a realidade latino-americana. As personagens principais da história são muito bem construídas. Fiquei confusa no início, sem entender bem que narrava o texto, mas retornei ao início e me ajustei. Muito bom.
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Felps / @felpssevero 08/04/2020

Do realismo fantástico ao realismo brutal
Depois de mais de dois dois meses de leitura, concluí o incrível “A casa dos Espíritos”, de Isabel Allende. Certamente é um livro que ficará gravado na minha memória de leitor, não só por ter sido o primeiro que consegui ler em espanhol, mas também pela força dos personagens e imagens criados pela escritora.

Nessa saga familiar acompanhamos três gerações da família Trueba, através dos quais somos apresentados à sangrenta história do Chile no século XX. Conhecemos o terrível senador conservador Esteban Trueba, sua esposa, a maravilhosa clarividente Clara, seus filhos Blanca e os gêmeos Jaime e Nícolas, e sua neta, a revolucionária Alba, além de dezenas de outros personagens incríveis que orbitam a família.

Para mim, o principal trunfo dessa obra é a transição do realismo fantástico que guia toda a primeira metade do livro para a crueldade sem subterfúgios da segunda metade, que conta sobre o tenebroso Golpe Militar de 1973, que o mergulhou o Chile na mais violenta ditadura da América Latina.

Assim que acabei a leitura, fui ver a adaptação para o cinema. Apesar do elenco incrível (Meryl Streep, Glenn Close, Jeremy Irons, Antonio Banderas e Winona Ryder), a sensação que ficou foi de livro-melhor-que-o-filme-intensifies, principalmente por cortar os gêmeos da narrativa e fundir as histórias de Blanca e Alba. Além disso, foi curioso ver uma história chilena gravada na Dinamarca com atores estadunidenses.

Recomendo muito a leitura! Em breve vou atrás de outras obras de Isabel Allende.

@felpssevero
Carla 09/04/2020minha estante
Li "O amante japonês"... faz algum tempo, não lembro de ter sido tão marcante para mim, mas há um fato que me fez até pesquisar: os campos de concentração de japoneses nos EUA. Nunca tinha ouvido falar.
Pelos relatos, este é um dos fatos que estadunidenses tem vergonha de admitir.


Maria 03/08/2020minha estante
Concordo com tudo! O livro é esplêndido, mas o elenco maravilhoso não salvou o filme, pois os cortes, inclusive de personagens essenciais, acabaram prejudicando -e muito- o roteiro. Leia "De amor e de sombra". Ainda que não seja tão brilhante quanto "A casa dos espíritos ", os personagens são cativantes e a trama ocorrerá no auge da ditadura chilena.




Humanas08 19/12/2019

O livro é, em muitas partes, espantosamente atual.
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jefftavaresjuni 12/08/2017

Quase duas décadas atrás, em um fim de semana qualquer, estava eu na casa de uma de minhas tias maternas, aquela que pela proximidade física, bem como pelas conexões emocional e (por que não?) intelectual foi a mais presente na minha formação durante meus primeiros anos.
Eu devia ter entre sete e nove anos, não posso afirmá-lo com exatidão, mas, por ter crescido num núcleo familiar altamente politizado, sabia (ou intuía?) que essa tia era progressista, possuía uma personalidade com tendência revolucionária, um quê de rebeldia, propensão à subversão e lutava com afinco pelo seu ideal de justiça. No meu raciocínio infantil pouco refinado, eu simplesmente a percebia como alguém "de esquerda", sem qualquer julgamento de valor.
Recordo-me vagamente que assistíamos a um filme e do qual apenas duas cenas, eu viria a sabê-lo depois, ficaram gravadas com toda sua nitidez em um lugar recôndito na minha memória. Ambas retratavam o abuso sexual de uma personagem feminina pelo mesmo homem em dois momentos distintos: em sua infância e tempos mais tarde, já na idade adulta. As duas situações me causaram asco. A primeira delas, pelos sentimentos de impotência e aflição que a vulnerabilidade de uma criança e o contraste físico perante um adulto, principalmente do sexo masculino, podem despertar. A segunda, num contexto diferente, colocou-me em contato com a crueldade, a vingança, o ódio e a tortura.
Anos se passaram até que cai em minhas mãos o livro "La casa de los espíritus", da aclamada escritora chilena Isabel Allende. O fascínio foi imediato pela escrita fluida e pelo estilo similar ao de Gabriel García Márquez, um de meus autores favoritos e grande expoente daquilo que se convencionou chamar "realismo mágico".
Mentes intuitivas e personalidades sonhadoras são atraídas magneticamente pelo espiritualismo emanante a cada página e facilmente seduzidas pela excentricidade das situações e personagens de um livro de realismo mágico.
'La casa de los espíritus' é um romance sobre a passagem do tempo, o contato com o Além, a indignação contra as injustiças e misérias, a revolta contra as mais diversas formas de opressão (machismo, desigualdade social, autoritarismo etc), mas também sobre o ato de escrever como instrumento de busca do autoconhecimento e de enfrentamento dos demônios interiores que cada um de nós carrega consigo.
Existe um filme de 1993, que conta com a atuação de atrizes famosas como Meryl Streep e Winona Ryder, baseado nesta obra. Obviamente, mais de quatrocentas páginas não podem ser contadas em duas horas sem que muito do que é relevante se perca ou pareça desconectado e sem sentido. Inevitavelmente, são necessárias - e geralmente feitas - adaptações ao enredo, por vezes descaracterizando-o. Aqui estamos diante de um destes casos. Foi este o filme que vi há aproximadamente vinte anos em uma abafada tarde de domingo, do qual eu não lembrava sequer o nome, mas que havia marcado vividamente minha lembrança com aquelas fatídicas cenas.
Isabel Allende praticamente transforma a segunda metade do seu livro em um panfleto, abandonando quase por completo o realismo mágico, transformando-o em um "realismo cru", ao retratar com maestria o ambiente sociopolítico que precedeu o golpe militar no Chile, no início da década de 1970, e ao descrever o horror das torturas, desaparecimentos e matanças que se seguiram à tomada de poder pelos militares.
Seu livro é uma ode à liberdade, ao amor livre, à resiliência das mulheres e um relato fiel do que pode acontecer quando as camadas mais abastadas de uma nação procuram manter seus privilégios a todo custo. Na busca pela perpetuação do statu quo e pelo antiquado lema "lei e ordem", ver com bons olhos (ou até estimular) a ascensão das Forças Armadas ao poder, solapando a democracia, significa vender a alma ao diabo, com consequências funestas inclusive para aqueles que apoiam o golpe.
É possível inferir que a história se passa no Chile pelas peculiaridades históricas , ainda que a autora não cite o nome do país uma única vez, mas seu pano de fundo é comum a qualquer país latino-americano, acostumados a quarteladas, neles incluído o Brasil de 1964. Com profunda tristeza, percebo que, mesmo tanto tempo depois, as sementes do autoritarismo e das soluções fáceis encontram terreno fértil em nosso país. Se não somos capazes de aprender com os erros do passado, que pelo menos a literatura nos liberte!
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