O Lobo das Estepes

O Lobo das Estepes Hermann Hesse




Resenhas - O Lobo da Estepe


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JAlia621 24/06/2024

Todo homem é uno quanto ao corpo, mas não quanto à alma.
O mal do romantismo alemão, ótima avaliação psicológica malgrado que freudiana além da inserção de uma figura feminina a fim de realizar uma alusão ao complexo de édipo (teoria a meu ver conservantista na psicanálise). Ademais, bem retratado as implicações psíquicas de Harry Haller com seus descontentamentos socioeconômicos na Alemanha na década de 20, de forma implícita exprimindo a frustração do homem médio.
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João 20/06/2024

O Lobo da Estepe é um romance alemão do século XX escrito por Herman Hesse.

O livro trata de inúmeras incursões e diálogos internos do protagonista Harry Heller movidos por crises existenciais e críticas tecidas a burguesia. A busca pela alienação e pelo sentido da vida colocam em cheque a representação pela luta das forças espirituais e os instintos primitivos de um homem que está nos seus cinquenta anos. A luta interna escala a face de seus aspectos mais humanos e a face do lobo da estepe que diz respeito a sua dualidade de intelectualidade e de selvageria. Sua percepção do eu com o mundo exterior se movimenta nesse binarismo identitário que o personagem se vê em um paralelo massivo de conflito e perturbação. O espírito discutido no romance revela temas e ideias sobre o mundo da burguesia germânica e suas fantasias. É uma obra um tanto confusa que propõe desalinhar os relacionamentos de Harry em vários momentos. A primeira parte do livro se trata lobo da estepe, que o encaminha a autodestruição pelos seus devaneios psicológicos e a segunda parte apresenta a personagem Herminia como uma figura que o lança resgate para retornar ao mundo real. A obra flui em movimentos reflexivos que desnudam a alma em camadas sólitas, despendidas e transpassadas, repleto de influências de cultura e da arte, de alguns expoentes como Goethe e Mozart. Consigo ter uma mera ideia dos motivos de uma Clarice que teve febre por penetrar um plano de reflexão do ser em tenra idade com este livro tão provocativo
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Sara.Goncalves 08/06/2024

Só para loucos!!
Gostei por inúmeros motivos, dentre eles, o fato de ter sido uma leitura rio, por assim dizer, algo que se vai, não rapidamente, embora constante, gradual. Fora importante para Harry ter certos pensamentos e por conseguinte cair em tais circunstâncias, uma pedra essencial no caminho de quem precisava tropeçar, cair, levantar-se e ver o mundo fora duma bolha em que se está acostumado/ acomodado. Ele era muitos e não sabia, não somente Harry, o homem ou o Lobo da Estepe, somos muitos, milhares.. incontáveis.
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deysialfher 05/06/2024

Embora escrito pelo mesmo autor de Sidarta, achei O lobo da estepe um pouco difícil de ler. Há muitas coisas simbólicas no final, e para ser sincera, não sei se realmente as entendi. Foi um livro interessante e me confundiu de uma maneira estranha.
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Hygor.Zorak 30/05/2024

Um sonho dentro de um sonho
Um livro importante sobre a busca que a alma deve seguir para romper as barreiras do ego, superando o fixo apego à ideia de identidade, aos limites vividos quando há apego e aversão. A jornada proposta não é a entrega aos prazeres de Dionísio, mas a compreensão que a individuação está além de todo esse mundo de sensações e de ideias, por mais ?elevadas? que sejam. É, por fim, uma obra que propõe um mergulho na própria alma.
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Erica.Amaral 23/05/2024

Percepções e perspectivas! Fé e crença! Deboche! Poesia e puxão de orelha! E a melhor mensagem para a vida: não se esqueça de rir!!
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Mel 23/05/2024

E de quantos eus somos, afinal, feitos?
É uma pena ter deixado tanto tempo passar após a leitura pra escrever essa resenha, tenho certeza que deixei escapar muitas reflexões. Mas a essência do meu ponto de vista não se perdeu ou modificou.

A imersão nessa narrativa é absolutamente única, o jeito que ele permeia as profundezas do ser em toda a sua complexidade, despedaçando-o de dentro pra fora, mostrando que estamos longe da unidade ou mesmo da dualidade. Acho que esse trecho, que reduzi, foi um dos que mais me tocou:

"... então veria, talvez, que nem mesmo os animais possuem a unidade da alma, que também neles, atrás da bela e austera forma do corpo, vive uma multiplicidade de desejos e de estados; que também o lobo tem abismos no seu interior e também sofre. [...] No princípio das coisas não há simplicidade nem inocência; tudo o que foi criado, até o que parece mais simples, é já culpável, já complexo, foi lançado ao sujo torvelinho do desenvolvimento e já não pode, não poderá nunca mais, nadar contra a corrente. [...] Em vez de reduzir teu mundo, de simplificar tua alma, terás de recolher cada vez mais mundo, de recolher no futuro o mundo inteiro na tua alma dolorosamente dilatada, para chegar talvez algum dia ao fim, ao descanso. [...] Nascimento significa desunião do todo, limitação, afastamento de Deus, penosa reencarnação. Volta ao todo, anulação da dolorosa individualidade, chegar a ser Deus quer dizer: ter dilatado a alma de tal forma que torne possível voltar a conter novamente o todo."

E me tocou muito porque fez paralelo e desenvolveu uma de minhas epifanias: que pra existir incorporamos e desenvolvemos uma parte do todo, damos uma forma — o que somos é o nosso limite.
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Renato Agnus 20/05/2024

Pesado
É um livro bem complicado com uma leitura densa, pesada e demorada.

Mas ainda assim, a verdade é que todas as abordagens feitas pelo autor são necessárias para fazer com que o Leitor atinja a reflexão necessária dessa história.

É um livro que deixará o leitor refletindo e pensando sobre o assunto após muito tempo do término da leitura.
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Jane192 17/05/2024

Livro com alma
O lobo da estepe é um livro com alma, daqueles do qual não se sai sem ter a existência remexida por pensamentos profundos. É uma reflexão sobre o que é a vida e quanto perdemos quando não estamos abertos ao descobrimentos de novas vivências.
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andrecaztro 12/05/2024

Todo o final do livro no teatro mágico muda completamente a percepção que eu tinha da história, ao mesmo tempo em que se mantém fiel a todas as suas mensagens (que com certeza não entendi e absorvi por completo). Muito bom mesmo, com certeza vai valer uma releitura no futuro.
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Artur42 06/05/2024

Deixei de lado quando tentei ler na primeira vez por ter achado uma melancolia meio lesa.

A tristeza do personagem é aquela boba e que ele se coloca consciente da situação, mas ao mesmo tempo não consegue sair dela. Porém o foco é justamente esse de estudar essa condição e isso vai se esclarecendo no decorrer do livro. Tanto de uma forma mais material e palpável até uma mais espiritual e profunda.

Ultrapassando dessa indagação no problema, uma resolução muito viva e transformadora. Colocando o personagem que era bobo por se levar tão a sério, em um estado de melhor consciência verdadeira por abraçar mais a vida e acreditar em um estado superior de universo.
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phdeandrade 03/05/2024

Um livro só para os loucos
Ler Hermann Hesse sempre me traz muitos aprendizados. Mais do que nunca, aprendi com este livro sobre a importância de não levar a vida tão a sério; e, fazendo isso, talvez ela realmente seja apreciada. Gostei tanto da evolução do Harry, e como no final ele faz uma burrada e é justamente nisso que ele aprende. Adorei os diálogos com Hermínia e adorei a percepção de que o ser humano não é formado por duas ou três partes, mas sim cem mil partes fragmentadas em um mesmo ser, em uma mesma alma. Aprendizado para levar para a vida. Sou grato por conhecer as obras de H.H. em minha adolescência, mas como sempre vejo em vários lugares, este é o momento decisivo para ler esse autor: os temas da formação da identidade, o desprendimento do lar, a ideia de que em nós há tudo, de que podemos ser tudo, é incrível. Sobretudo, cativante. Entrou para a lista de favoritos!
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Alice1720 28/04/2024

Ao riso do imortal
Herman Hesse escreveu um livro que deveria conduzir à redenção, como ele bem expressou no posfácio desta edição.
Harry Haller pode ser para mim um homem insatisfeito com a realidade imutável e com todas as leis que tornam a vida inevitável, tal como ela se encontra; ele pode ser um homem ávido por viver o sublime, o espiritual, tudo o que é superior e eterno; Harry pode ser alguém cujas aspirações elevadas o fizeram esquecer de que, apesar de todos os horrores da vida, deve-se viver; mas acho que, definitivamente e à parte de tudo o que eu não consegui depurar de uma existência como a de Harry (ou de Herman), Harry é alguém que precisa usar do que sobrou de sua vida para aprender a rir. Creio que seja essa uma noção apropriada para redenção.
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