Wes Janson 07/11/2020
História fascinante, com um senão...
Como todo relato de sobrevivente do Holocausto, a história de Eva nos emociona profundamente. Impossível ficar impassível perante o relato detalhado, em primeira pessoa, dos dramas diários de passar por um processo de desumanização além da imaginação.
Mostrando como vivia a família desde antes da chegada de Hitler ao poder, essa progressão traz uma sensação de angústia, pois sabemos o que irá ocorrer, e que uma simples decisão pode determinar vida ou morte, e sofrimentos absurdos.
O senão que me refiro é ao subtítulo do livro: meia irmã de Anne Frank. Todo relato de sobrevivente é importante, mas o que chama mais atenção nesse livro é o parentesco com a conhecida Anne Frank. E aqui prefiro dizer, pois não considero spoiler (sim um alerta), que no meu ponto de vista a autora não é nem meia irmã, nem irmã de criação (talvez um erro de tradução). Desde o início do texto ficava aguardando onde isso ocorreria, pois no meu conceito meia irmã tem ou pai ou mãe em comum, e irmã de criação são pessoas criadas juntas. Isso não ocorre! Não sei se isso foi uma decisão da editora do livro ou da própria autora, mas para um é umas informação errada que me deu mal estar.
Mesmo com esse senão, o livro vale a pena ser lido!