Romances de Cordel

Romances de Cordel Ferreira Gullar




Resenhas - Romances de Cordel


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Rafaella270 22/09/2023

Composto por quatro narrativas en forma de cordel, o livro mostra o pensamento comunista dos anos 60 em sua essência. Como todo bom cordel é gostosos de ler, mas a política envolvida aqui é exagera e extravagante o que me incomoda um pouco, porem é própria da época, por tanto compreensível
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Guilherme.Eisfeld 07/12/2022

A sonoridade do cordel
Tenho pouca familiaridade com cordéis, mas gostei das quatro histórias presentes nesse volume. De certa forma panfletários, mas talvez essa seja a premissa dos cordéis, me falta maior conhecimento para dizer. Mesmo assim, é muito gostoso o ritmo e a sonoridade quando lido em voz alta.
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Michele 10/05/2020

Um chamado
Neste livro, Ferreira Gullar nos contempla com um conjunto de 4 poemas estilo cordel, enaltecendo principalmente o trabalhador pobre, o homem do campo, a mulher da favela, o oprimido que levanta sua voz para ser ouvido e para lutar por seus direitos básicos, como a comida e a liberdade.
Além de dar voz a esses personagens esquecidos no contexto dos opressores, o poeta faz um chamado para a luta de classes, em vista da fome, da miséria e da exploração que se dá tanto em nível individual como entre países (mais evidente em "Peleja de Zé Molesta com Tio Sam"), ficando evidente o viés comunista da obra.
O perfil dos personagens é traçado não apenas pela narrativa, mas também pela simplicidade dos versos e das rimas e no gênero escolhido, o cordel, forma popular comum no Nordeste do país. As ricas imagens, feitas por Ciro Fernandes, xilogravuras, como geralmente são feitas nos folhetos dos cordéis originais, trazem um toque a mais para esta edição da Editora José Olympio.
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regifreitas 09/11/2019

ROMANCES DE CORDEL (1962-1967), de Ferreira Gullar; xilogravuras de Ciro Fernandes.
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O livro reúne produções na forma de literatura de cordel, compostas e publicadas pelo autor nos anos 1960, com temáticas voltadas para a conscientização dos problemas sociais brasileiros.
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“João Boa-Morte, cabra marcado pra morrer” (1962) trata da vida difícil do sertanejo nordestino. João, ao bater de frente com o coronel local por conta da exploração sofrida pelos trabalhadores do campo, perde o emprego e não é mais aceito para trabalhar em nenhuma das fazendas da região.
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“Quem matou Aparecida?” (1962) conta a história de uma jovem da periferia, cheia de sonhos. Ainda menina, engravida do patrão, na casa onde vai trabalhar como babá. Expulsa e acusada de roubo pela patroa, volta para a favela. Conhece um bom homem, casa, mas vive uma vida cheia de dificuldades. Tempos depois, o marido é preso ao participar de uma greve operária, e o filhinho morre de fome, levando Aparecida a cometer um ato desesperado.
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Em “Peleja de Zé Molesta com Tio Sam” (196?), rola um desafio entre um trovador popular e a figura que personifica os EUA. Trata-se de uma crítica aberta e direta à cobiça e a exploração dos estadunidenses.
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“História de um Valente” (1966) foi publicado na clandestinidade, com o pseudônimo de João Salgueiro. Narra a vida de Gregório Bezerra. De origem humilde, ele se tornou militar e, posteriormente, deputado, sendo um membro destacado do Partido Comunista Brasileiro. Opositor da Ditadura Militar, foi preso e torturado durante o regime.
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São poemas nos quais predominam, às vezes mais, às vezes menos, o tom panfletário, da arte como instrumento para a conscientização e para a revolução social. Por conta disso, uma ou outra passagem tem qualidades mais políticas que estética. Mesmo assim, é um trabalho importante e relevante, que merece a leitura.
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Obs.: chegou em minhas mãos via Salvador, por conta da amiga @martaskoober, de quem sou extremamente grato!!
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Aguinaldo 31/01/2011

Romances de cordel
Nesta bonita edição da José Olympio estão reunidos quatro poemas de cordel de Ferreira Gullar. São poemas antigos, do inìcio dos anos 1960, feitos para contribuir para a luta polìtica (talvez naquela época um sujeito podia acreditar menos anacronicamente que a esperança é irmã do desejo). São poemas engajados, que têm mais valor para a historiografia do que para a literatura ( digo isto como um sujeito que mal e porcamente consome poesias). Paciência. Um dos poemas fala da vida dura no campo; outro das desgraças da vida em uma favela; o terceiro conta um causo engraçado, um desafio de cordel entre um brasileiro ladino e o tio sam; o último conta um tanto sobre Gregório Bezerra, à época preso pela ditadura militar. Os poemas não têm o frescor das coisas genuinamente populares, naïves, mas são honestos no seu propósito e forma. O livro inclui ilustrações muito boas de Ciro Fernandes, um dos decanos da gravura brasileira. A sintonia entre poeta e gravador é perfeita. O livro é gostoso de ler e de se folhear, excelente para os dias vagabundos destas férias que se avizinham. [início 13/11/2010 - fim 19/11/2010]
"Romances de cordel (1964-1967)", Ferreira Gullar, ilustrações de Ciro Fernandes, editora José Olympio, 1a. edição (2009), brochura 20x20 cm, 95 págs. ISBN: 978-85-03-01019-1
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