Jardim de histórias 04/01/2023
Libertador ou controverso?
Ao comentar sobre cultura de massa, não tem como não se referir a escola de filosofia de Frankfurt, que foi a pioneira na dialética do esclarecimento. Isso porque na década de 40 os filosóficos Theodore Adorno e Max Horkheimer realizaram uma contundente crítica ao totalitarismo e a industrialização da cultura, tema que está contido de forma introdutória nos textos deste livro "Indústria cultural e sociedade" Um convite a um pensamento crítico, controverso e libertador, que a todo momento nos arremessa conflituosamente a uma autoanálise, fazendo com que se amadureça ou não nossos entendimentos sobre propagandas ideológicas, ecoando, a todo momento, questões como: "até que ponto fazemos parte dessa contenção do mundo?" Quem de nós, já não se sentiu encurralado pelos domínios culturais, pela moda, ou por uma necessidade social, comportamental, de pertencimento, ou de se inserir em um contexto? Como se fosse nossa consciência a todo momento, nos lembrando o seguinte: "és livre para não pensares como eu, a tua vida, os teus bens, tudo te será deixado, mas, a partir deste instante, és um intruso entre nós" um sentimento de massacre pela dificuldade sociocultural de adaptação. Ainda sobre a importantíssima e influente escola de filosofia de Frankfurt, que surgiu em 1924, "no chamado período entre guerras," que teve uma relevante importância em seus estudos críticos nos comportamentos de introjeção e massificação de ideias, como, por exemplo: propagandas do nazi-fascismo, outro acontecimento importante e muito debatido em 1924, foi a morte de Lenin e a ascensão do secretário-geral do regime Comunista Josef Stalin. Mesmo a escola de filosofia de Frankfurt, tendo um posicionamento totalmente de esquerda, com pautas Marxistas e críticas ao capitalismo, também questionavam severamente o stalinismo e seu extremismo. Um verdadeiro banquete as percepções ideológicas, principalmente, ideias totalitárias. Genial!