Claudia Guergolet 14/04/2020
Domando o Highlander
Um bom livro que foge dos clichês...
A história começa no ano de 1352 na escócia, quando a esposa de um laird poderoso morre inesperadamente e, segundo as histórias que se estendiam por toda a escócia, assassinada pelo próprio marido, conhecido após o ocorrido como a BESTA DAS TERRAS ALTAS.
Por ser identificado por sua natureza implacável Connor MacLeire era temido por todos, mas, por ser o Laird e, não ter gerado filhos com sua falecida esposa, precisava casar-se novamente, para assim, conseguir um herdeiro que no futuro poderá substituí-lo. No entanto, ninguém queria enviar uma filha para casar-se com a Besta.
Até que o destino coloca em seu caminho uma forma de conseguir uma noiva, mesmo que usando de maneiras não tão puras.
Connor consegue então um noivado com Jocelyn MacCallum, a jovem filha de um Laird falido e, irmã de um rapaz irresponsável que ao provocar a Besta é preso por ele, e a condição para liberá-lo é a mão de Jocelyn.
Jocelyn amava ao irmão, assim como aos pais e, também seu namorado de infância mas, teve que abandonar todos para salvar a vida do irmão e, também o próprio clã, uma vez que Laird MacLeire prometeu que enviaria mantimentos e auxílio, após o casamento, para recuperar o arruinado clã MacCallun.
Mesmo morrendo de medo, Jocelyn casa-se com Connor e, aos poucos começa a conhecer o marido, e então percebe que talvez, os boatos sobre seu temperamento e, até mesmo sobre a situação que levou a morte de sua primeira esposa não sejam totalmente legítimos. Ela, aos poucos, conhece o prazer nas mãos do homem que no começo temia, e posteriormente aprende que ele pode ser alguém que conquistará seu coração.
O que gostei deste livro é que ele foge um pouco dos clichês. Nenhum dos dois possuía sentimentos amorosos, ou sexuais para com o outro e, nem se apaixonam perdidamente logo após se conhecerem, ou após a primeira noite juntos. Muito pelo contrário. Jocelyn amava o ex namorado com quem pensava que iria se casar e, Connor ainda amava muito a esposa morta e sentia-se traindo ela ao casar-se novamente, ou ao ser amável com a nova esposa.
A primeira noite juntos não foi um conto de fadas, e nem as seguintes. Aos poucos eles foram se conhecendo, então a atração foi surgindo e, somente depois um sentimento maior.
Connor luta contra qualquer forma de sentimento que possa surgir, uma vez que foi o amor que o fez perder a primeira esposa (na verdade, pensa que a morte ocorreu por um ato de amor). E, liga o amor ao seu sofrimento posterior, já que foi por amá-la que sofreu tanto com sua perda. Portanto, Connor tenta afastar de seu coração a mulher com quem casou-se, e tenta mantê-la apenas como a pessoa que gerará seu herdeiro. Mas, calma gente, ele não a trata mal. Ele é carinhoso, preocupa-se com seu bem estar, é educado... apenas tenta ser distante.
A vida segue tranquila e cheia de descobertas até que Connor percebe o perigo rondando novamente o clã e sua nova esposa. Então, vê que precisa fazer algo para evitar uma nova tragédia.
Gostei bastante, assim como de toda a série MacLerie.