spoiler visualizarGlauci 25/12/2013
O Amor Está no Ar.
Drama. Comédia. Suspense. Assassinatos. Ação. Amor. Sexo. Poder. Compaixão. A mistura desses ingredientes, compõe de uma forma maestral o enredo desse livro. Em Testemunha Mortal, a tenente Eve Dallas, tem que desvendar o assassinato de um dos mais importantes atores da atualidade, morto durante a estréia de uma peça, diante de milhares de expectadores. Durante o processo de investigação, a tenente se depara com uma vítima que era odiada por seus colegas de profissão e que tinha um passado desprezível. Ele usava mulheres novas e belas para seu deleite, depois as descartava e as humilhava. A parte dramática está presente desde o início, pela audácia e frieza com que o crime foi planejado. As atuações dramáticas estão presentes nos interrogatórios. A vivência dramática está representada pelo sofrimento da tenente ao se deparar novamente com a linha tênue entre a sua história de vida e as histórias e vivências dos envolvidos. Chega a ser dolorida a parte em que Eve se confronta com esse passado tão presente. E, como não poderia ser diferente, a parte dramática também está presente no ato final, em um elaborado plano de ação policial para forçar o assassino a se entregar. As cenas cômicas estão perfeitamente diluídas no desenvolvimento da trama. Peabody e Eve, protagonizam como sempre, cenas hilarias, com diálogos bem amarrados e notamos também o aumento da relação de amizade entre essas duas incriveis personagens. O suspense está presente o tempo inteiro. O clima de mistério chega a ser muito semelhante ao de Agatha Christie. Essa autora chega a ser citada assim como suas obras, e só para deixar registrado, existe muito spoiller dos livros da Agatha. O que quebra um pouco esse clima de mistério Agatha Christie, é a ação policial para acaptura do suspeito. Temos aqui a presença e participação mais ativa de um policial que se tornará importante na série, o gracinha do Troy Trueheart, ele sofre um acidente durante a operação policial, o que nos mostra um outro lado da tenente, um lado protetora que talvez nem ela sabia que existia, pois, na minha opinião ela confude esse sentimento com culpa e responsabilidade. Foi uma das cenas mais comoventes do livro, em que ela testa o limite entre o incentivar a participação e o aprimoramento pessoal e o proteger os membros da sua equipe. Paixões. O amor está no ar em todo o livro. Temos o desabrochar da relação de Peabody e MacNab, este protagoniza uma cena linda em que pede conselhos de Roarke, sobre como conquistar a Peabody. do lado do nosso casal "mara", a tenente enfrenta a grande operação de fazer um jantar romântico para seu marido, a cena de amor protagonizada pelo casal, entra na meu top five de cenas de amor entre Eve e Roarke, a entrega e completa, e percebemos o quanto eles evoluíram enquanto casal. Simplesmente lindo! Sexo e Poder. O que gerou ódio, o motivo do crime. Compaixão. É a primeira vez que Eve não se sente feliz em buscar justiça para seus mortos e sente compaixão pelas verdadeiras vitimas da história inteira, a assassina e a filha que ela tentava proteger. É uma peça de teatro em forma de livro. Uma autora fantástica que consegue ter um ritimo de escrita que homenageia a "Rainha do Crime", mas sem perder de vista o seu estilo próprio.