Resenhas - Beauty Queens

Wonderland of Books 24/03/2020

O audiobook foi maravilhoso. Mais o livro em si, foi bem razoável.

Nath Vares 16/02/2020

Muito mais que drama adolescente
Esse livro foi incrível.

No inicio parece uma paródia superficial, com as meninas tentando sobreviver numa ilha hostil. Mas conforme você vai lendo você descobre a profundidade das personagens. Você descobre que elas estão muito além do estereótipo das misses adolescentes.

O livro é muito divertido e ao mesmo tempo toca em assuntos, como racismo e preconceito, comunidade lgbt, feminismo, aceitação de si mesma.

É uma pena que não tenha sido traduzido para o português. E nessas horas eu agradeço por conseguir ler em outro idioma.

Super recomendo.

Nati 08/02/2017

"Maybe girls need an island to find themselves."
Um dos melhores livros que eu já li. Sério. Estou apaixonada por esse livro e já quero reler. Imagine um acidente de avião, misses adolescentes, uma ilha (não tão) deserta, uma Corporação maligna, um ditador surtado, piratas gatos, uma catapulta de produtos de beleza e uma bandeira de lantejoulas. Misture tudo e junte com humor às vezes negro, muito sarcasmo, a estrutura de um programa de reality show (com comercial e tudo!), temas como LGBT+, feminismo, sororidade, racismo, sexualidade, preconceito religioso e a posição da mulher na sociedade. Pois é, você acabou de descrever o que é essa belezinha aqui.

Beauty Queens é uma paródia estilo besteirol, mas que na verdade usa do humor e de seus personagens inicialmente caricatos para discutir temas bem sérios. E à medida que o livro e o plot avançam, é impossível não estar totalmente imerso nessa ilha deserta e na vida das nossas Misses Teen Dreamers e torcer por elas, seja enfrentando cobras gigantes com uma chapinha, seja treinando para as entrevistas do concurso de beleza. O livro traz várias personagens principais, cada uma ganhando um POV próprio, que vai alternando, para que conheçamos nossas concorrentes, e cada uma delas representa um tema 'polêmico' a ser abordado. Libba Bray tem como característica em todas as suas histórias, como visto na trilogia Gemma Doyle ou na série The Diviners, trazer as temáticas LGBT e feminismo inseridas de alguma forma, mesmo que sutilmente e nas entrelinhas. Em Beauty Queens, ela deita e rola e transforma um livro em um ode à aceitação e igualdade. O livro é gostoso de ler, e é MUITO divertido. Me peguei várias vezes rindo alto de algumas das situações (às vezes bem escrachadas e ridículas mesmo) que essas meninas vivem, e em outras me vinha a vontade de abraçá-las e dizer que tudo ia ficar bem. Foi uma montanha-russa de emoções, que me deixou completamente extasiada no fim. Recomendo esse livro pra literalmente todo mundo. É um dos livros menos conhecidos da Libba, talvez por não ter aquele elemento fantástico (apesar de ter romance também), mas com certeza é o melhor, e isso vindo de alguém que amou a trilogia Gemma Doyle e está arrancando os cabelos porque ainda não comprou o 2º volume do The Diviners (Lair of Dreams, que já ouvi dizer que é ainda melhor que o primeiro). Infelizmente, só posso dar aqui no Skoob e no GR 5 estrelas, porque se pudesse, daria logo umas mil. Já vai pro rol dos livros favoritos da vida.

ka mcd 06/03/2013

Beauty Queens
Sabe aquele tipo de livro que te deixa com um sorriso no rosto ao terminá-lo? Pois é, Beauty Queens foi um desses para mim. Mas não pelos motivos que normalmente nos fazem sorrir assim – como um romance complicado que acabou bem, ou pela personagem conseguir realizar aquilo que ela tanto queria no começo do livro. Ele me fez sorrir por que eu sabia que Libba provaria novamente como é uma autora sensacional. Por que as criticas que ele constrói são completamente perfeitas. Por que é um livro que te faz rir alto. Por que todas as pessoas que o lerem se identificarão com algum dos dilemas apresentados nele. Por que é um livro que expõe nua e cruamente a realidade. Por que é um livro que traz esperança e te ajuda a ficar mais leve por saber que você não é único.

Beauty Queens parece extremamente fútil e hilário em seus primeiros capítulos, quando vemos apenas a realidade superficial das garotas e da estória em si. Mas logo ele se prova incrivelmente profundo e reflexivo quando somos apresentados a história de vida de cada uma delas. Para depois ficar cheio de ação, mistério e teorias da conspiração. E podemos até dizer que tem um toque de romance.

É difícil caracterizar um livro como esse quando há tantas personagens principais. Todas elas - Andina, Shanti, Mary-Lou, Jennifer, Sosie, Petra, Taylor, Nicole ou Tiara - são personagens centrais e essenciais, que têm sua própria estória sendo contada e seu caráter sendo modificado. Não vemos apenas as Misses Teen Dream tentando sobreviver em uma ilha hostil, acompanhamos de perto a trajetória de várias delas e o caminho que cada uma resolve seguir.
Elas caem em uma ilha com seus ideais formados e certas de que nunca mudariam, mas aprendem mais sobre o mundo e sobre si mesmas com a solidão e com suas aventuras. E nós aprendemos com elas.

Mas o mais impressionante quando se trata de personagens é a quantidade e a qualidade de todas. Além delas, ainda existem as outras misses, piratas, agentes do governo, ditadores, as personagens do passado de cada personagem e até um ornitologista. E até agora estou embasbacada com a habilidade de Libba de dar personalidades tão profundas para cada um e mantê-los todos fiéis até o fim. Eu nunca tinha visto alguém se atrever a criar tantas personagens importantes para um único livro.

Junto com as críticas descaradas que faz, principalmente, ao Capitalismo e à nossa sociedade hipócrita – e quando digo isso, englobo Barbies, EUA, ditadores, racistas, estereótipos, pessoas que tentam controlar seus filhos para serem perfeitos, pressões sociais, o governo, marketing, programas de TV, estilistas, homofóbicos, cafajestes e, claro, Concursos de Misses -, Libba Bray conseguiu criar uma estória de superação, amizade e descobertas. E isso sem nunca perder seu senso de humor característico – o que acredito que seja o único defeito da Libba, já que nem todo mundo gosta do tipo de tiradas sarcásticas que ela gosta de soltar.

E, claro, sua escrita continua impecável como sempre, quase me arrancando suspiros com a beleza das emoções que ela consegue implantar em algumas cenas e nas metáforas e palavras que usa.
Libba Bray criou um livro que brinca com seus ideais e sua visão de mundo, mas, dessa vez, escreveu uma estória que agradaria qualquer pessoa que a lesse. E isso e todas as outras características que destaquei antes fazem de Beauty Queens uma leitura indispensável.


http://blogminha-bagunca.blogspot.com.br/2012/02/resenha-beauty-queens.html

Mandy Porto 10/06/2012

http://www.mylittleworldofbooks.com/2012/06/tiny-reviews-leituras-da-semana-3.html

Jules 12/10/2011

Cultura Pop, rainhas de beleza e ironia
Quando eu vi pela primeira vez a capa de Beauty Queens, eu soltie uma risada. Parecia mais um daqueles livros completamente vazios destinados a garotas de 11-17 anos de idade, com o QI abaixo da média. Eu rolei meus olhos, mas era um dos poucos livros quotados como 5/5 pontos num dos meus blogs favoritos sobre livros, Belle's Bookshelf. Então, foi com um suspiro resignado e a sensação de que eu ia morrer de tédio, que eu aluguei esse livro da biblioteca mais próxima.

Eu evitei lê-lo por tanto tempo quanto pude, me enfiando de cabeça em filmes, estudos, no que eu pudesse achar. Então, uma noite, eu resolvi finalmente dar uma chance a ele... E, por todos os vestidos bordados do universo, como eu estou contente que o fiz!

Beauty Queens é um livro satírico, que não deixa nenhum produto da cultura pop de fora. Eles atacam o presidente dos EUA, o aquecimento global, os produtos de beleza, os filmes e seriados que assistimos, os livros que lemos, as estruturas de marketing, o mundo como um todo. Não existe ícone pop que é bom demais para ser depictado pela caneta afiada de Libba Bray, e apesar de nenhum nome ser diretamente citado, as menções são muito óbvias.

Este é um daqueles livros que consegue trazer desconforto, esperança, humor, e uma extensão surpreendente do nosso conhecimento, tudo por trás de uma trama meio maluca, que faz se perguntar o que raios a autora tava pensando quando escreveu essas páginas. A trama não é das mais sólidas, mas a diversão contida nas menções de figuras populares, nas sátiras das mesmas idéias (absurdas) que guiam nossas vidas, faz o livro valer a pena.

Definitivamente um daqueles livros que você não quer ler enquanto está tomando algo quente. O perigo de espirrar café pelo nariz é iminente!