Ana 11/09/2012
A poesia, te faz viajar. E as pinturas dão cor e vida à sua viagem.
"Olhando de fora, através de uma janela aberta, nunca se vê tantas coisas do que quando se olha por uma janela fechada."
Como eu disse já no título da resenha, o livro é uma junção de duas das maiores artes descobertas e exploradas pelo ser humano: a poesia e a pintura.
Os poemas, como sempre, desmontam e remontam a alma e os anseios do artista, refletindo-se no exterior - e, portanto, em nós mesmos. Por fim, à todo aquele que ler sentindo o que está sendo lido, tais palavras escolhidas com a minúcia de um cirurgião das letras, acabarão por tocar o mais íntimo de si. Pois não há alma nesse mundo que resista ao apelo de outra alma, este transcrito em sábias, vivas e - nesse caso - coloridas palavras.
As cores dão vida à cena. O abstracionismo atiça a imaginação. Os segredos ocultos em cada linha dão diversos significados a cada expressão.
Uma leitura? Eu diria que vai além disso. É mais como uma viagem mesmo... e, mesmo depois de tanto tempo, acredito que eu ainda não tenha voltado dela.
Talvez eu não queira voltar...