fabio.ribas.7 25/12/2022
Vivendo para a glória de Deus
Quais as origens do calvinismo? Qual a doutrina específica da Reforma Protestante? Quais os precursores da Reforma? Joel Beeke traz respostas a estas e a muitas outras perguntas para o leitor do nosso tempo.
Os problemas principais aos quais a Reforma reagiu foram principalmente o abuso do poder papal, a pretensão papal de ser o sucessor apostólico de Pedro e a Bíblia em cativeiro no romanismo. Além disso, a Reforma reagiu à exaltação do monasticismo como sendo um caminho mais espiritual que outros, negou as mediações impostas fora de Cristo somente e também posicionou-se contrário às boas obras como fonte meritória para a salvação. Temos no livro também uma visão geográfica da expansão da Reforma nos países da Europa e ainda a diferença entre o Calvinismo e o Luteranismo.
A grande ênfase do livro é que o calvinismo é a melhor interpretação do cristianismo bíblico. E isso deve ter implicações em todas as áreas da vida do cristão. Veremos também a origem e contexto para o surgimento de cada uma das Confissões de Fé e credos da Reforma, tratando de seus perfis doutrinários. Muitíssimo bom!
Mas retornamos à pergunta: qual o âmago do calvinismo? E depois de tentar traçar algumas respostas, Beek conclui que o calvinismo é caracterizado por ser um sistema de paixão a Deus! Totalmente tomado pela preseça de Deus! O calvinista é aquele que vive para a glória de Deus! Sua vida é teocêntrica!
Por tudo isso, é importante que o autor, entâo, traga os cinco pontos do calvinismo, um por capítulo, para aprofundar cada um deles. A seguir, o autor fará o mesmo expediente com os cinco solas da Reforma. Todavia, um dos melhores capítulos é o que tecerá sobre a vida piedosa do cristão e o Espírito Santo.
O que fica, para mim, da leitura deste livro, é o desejo sincero de montar um pequeno grupo de interessados para uma leitura atenta de cada um dos seus capítulos (cada um dos capítulos termina com perguntas para discussão). É um livro que deve ser estudado por todo que se diz reformado. Outro ponto (e isto só reforça o meu desejo de estudar com outros um livro assim) é que vemos como sabemos tão pouco sobre as doutrinas reformadas, as histórias daquela época e a relevância de uma vida piedosa que deveríamos ter herdado como marca da fé que dizemos possuir, mas que infelizmente nem sempre nos acompanham.
Quem gostaria de estudar este livro? Um capítulo por semana e uma reunião online semanal para conversarmos sobre o que foi lido e conversarmos sobre as perguntas de discussão. Topa? Poderíamos começar na primeira semana de janeiro. Um encontro semanal curto (30-40 minutos) para ouvirmos uns aos outros, conversarmos e nos edificarmos na Confissão Reformada. Minha proposta: toda segunda, das 19h-19h40 ou 21h-21h40 (horário de Brasília). Se você quiser participar, entre em contato no particular.