Jois Duarte 27/12/2012
Gabrielle é a princesa de St, Biel, uma país dominado pela Inglaterra. Dona de uma beleza lendária e, por isso, muito desejada entre os nobres ingleses, ela é dada em casamento, pelo Rei, a um chefe escocês, como uma maneira de apaziguar os ânimos entre ingleses e escoceses que estão em constantes desavenças. O dote de Gabrielle consiste em terras na Escócia, que fazem fronteira com vários clãs e, por isso, muito desejadas tanto por ingleses como por escoceses. Além disso, corre o boato de que St. Biel esconde um tesouro e que somente Gabrielle sabe onde encontrá-lo... ou seja, Gabrielle é a figurinha da vez.
Gabrielle não é uma mocinha muito convencional e sabe usar arco e flecha melhor do que muitos soldados. É espontânea, alegre, determinada, mas, também, muito inocente e não percebe as confusões que gera, como: a paixão desmedida de alguns lordes e a inveja de algumas damas... e esses dois fatores são sua ruína.
Tudo pronto para o casamento, chega a notícia de que o futuro pretendente de Gabrielle foi assassinado. Isso gera um pandemônio, pois os lordes querem que o representante do rei decrete quem será seu novo marido e nessa confusão, de pessoas exaltadas, Gabrielle é vítima de calúnias tendo sua reputação jogada na lama. Ela é repudiada em nome do rei, tornando-se uma pária, tendo pior reputação que a de uma prostituta. Agora, Gabrielle, é uma presa fácil para todos os homens, pois já não responde mais a um rei, não tem país e os homens não respondem a ninguém caso queiram tomá-la para si.
Pressionado pelo melhor amigo e parente distante de Gabrielle, Colm MacHugh, o lendário guerreiro escocês, conhecido por sua selvageria, toma Gabrielle sob sua proteção... e, com ela, suas confusões também! Colm não é um homem afeito a demonstrações, mas, apesar de todo o seu temperamento rude, jeito abrupto, tem uma paciência de Jó com Gabrilelle... e olha que a paciência não é pouca porque Gabrielle é um poço de confusão ambulante!
Mesmo tendo Gabrielle em suas terras, ela não deixa de ser perseguida e como não acredita em sua fama de prostituta, só vê um jeito de acabar com todos os problemas e o falatório: casamento! É muito lindinho o modo como se aproximam, a convivência...
~> O começo é lento e chega a ser maçante pelas repetições envolvendo a história do país, a lenda sobre o misterioso tesouro e a obsessão desmedida de alguns lordes e até mesmo do rei por Gabrielle.
~> A história gira em torno de Gabrielle e falta um pouco de espaço para o romance, até mesmo para Colm. O casal, de fato, só têm contanto depois da página 150... o que, pra mim, é um absurdo, pois em 150 páginas mato um bilhão de pessoas e faço outro bilhão nascer. Julie já fez isso em Prazer de Matar e eu ODIEI, fiquei muito revoltada!
~> Apesar do jeito ogro, Colm é um amorzinho com Gabrielle, sempre preocupado com sem bem-estar e alerta para o caso de alguma confusão envolvendo-a... e são muitas, que geram situações hilárias, como é o estilo da autora.
~> Eu amei a guarda real de Gabrielle, composta de homens leais, que colocam seu bem estar acima de qualquer coisa... dão suas vidas por ela.
~> Ótimo livro e, tcharam, sem a linguagem rebuscada e o chatão do "a moça isso", "a moça aquilo"... mais chatinho que isso, foi descobrir que o livro é parte integrante de uma série, não publicada no Brasil, e esse é o último.