Peter Pan

Peter Pan J. M. Barrie...




Resenhas - Peter Pan


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missmirtle 12/06/2024

Forgive me Peter
Eu tenho tantos mixed feelings com Peter. Primeiro porque eu não sou uma grande fã dele, Peter Pan, nem da escrita do Barry.

Mas é aquilo né: como falar que a gente não gosta sendo que viveu a infância toda com os filmes do Peter Pan na cabeça? E sonhando em ser a Wendy? E com a Taylor Swift fazendo referência a história? Ainda fica dentro do coração da gente, sabe.

(Vale dizer que só aguentei a leitura porque foi rápida, uma vez que acho a escrita meio confusa e desconexa)
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Mondschein 30/06/2012

Infantil ou não
Estranhas folhas de árvore no chão do quarto das crianças, um menino, vestido de folhas e de limo, que aparece subitamente... Bem que a intuição da senhora Darling lhe dizia que algo estava para acontecer. Logo, seus filhos estariam envolvidos numa incrível viagem à Terra do Nunca, onde os adultos não entram e de onde muitas crianças não voltam jamais! Nenhum pirata será tão cruel, nenhuma sereia tão sedutora, nenhuma aventura tão emocionante como aqui, onde tudo tudo começou!
Texto na contra capa do livro

Comprei Peter Pan em uma dessas bienais da vida, a editora Salamandra estava com uma promoção boa e o que logo me encantou foi a capa.
A história já é bem conhecida pelo filme da Disney, mas o filme aproveita apenas alguns personagens deixando de lado tanta história. Não vou entrar no mérito de ser ou não uma história infantil. Lembro que não achei o livro realmente para crianças.


Acho essa capa linda demais.


A história

Essa é uma história sobre uma Ilha. Onde sereias, piratas, índios e guerreiros coexistem. Onde adultos são os vilões. Mas, é principalmente a história de um menino com sardas, riso fácil e com todos os dentes de leite na boca e que será menino para todo o sempre.
Peter Pan, o maior aventureiro de todos os tempos, se encanta ao ouvir as histórias contatas por Wendy para seus dois irmãos em Londres. Por achar que Wendy seria uma boa mãe ele resolve a levar até a Terra do Nunca, onde meninos nunca deixarão de ser meninos. Peter a leva junto com seus irmãos João e Miguel e juntos com os meninos perdidos eles poderão viver as mais terríveis em incríveis aventuras, sem nunca ter de se preocupar com crescer.

Minha opinião

Primeiramente, o texto acima soou menos sessão da tarde na minha cabeça....James Barrie constrói seu conto a partir de Peter que me encantou logo de cara. Seu jeito moleque, a vontade de nunca crescer, seu jeito de falar, sua empolgadão, sua vontade de combater a justiça, acabar com o mal do mundo e seu jeito mandão.
Temos a Sininho ainda mais ciumenta no livro, um Peter que se esquece das coisas e vemos a preocupação de Wendy com seus pais, como é tão fácil viver sem responsabilidades, mas tão errado.

Já haviam me dito que o livro era uma crítica a época. De como João tem que crescer para trabalhar em um banco e como Wendy tem que ficar e cuidar da casa. Os esteriótipos são reforçados. Se isso foi feito para ser uma crítica ou não, só perguntando a Mr. Barrie.
Eu penso sim, como uma crítica. Pois, a peça foi primeiramente apresentada para adultos e mais ainda, criança nenhuma vai entender esse medo de crescer. Adultos sim. Adultos entendem o que é "abrir mão das ilusões" e assumir seu papel na sociedade. Isso pode ser uma preocupação do início da adolescência, mas uma criança não sabe o que é ser um adulto. Um adulto sabe como é ser adulto e como é ser criança, logo acho que a história se direciona também a eles.
O final é diferente do dos filmes. E o maior mérito em relação ao livro é justamente como os sentimentos se desenvolvem.
A leitura vale a pena, mas só se você não esperar ver o conto da Disney, Peter Pan é uma peça de 1904, um livro de 1911. Ciente disso, entre no livro, mergulhe de cabeça nas aventuras e aproveite.
"Todas as crianças crescem- menos uma. E bem cedo elas ficam sabendo que vão crescer. O jeito de Wendy ficar sabendo foi assim. Um dia, quando ela tinha dois anos, estava brincando no jardim, pegou mais uma flor e correu com ela para junto da mãe. Imagino que ela devia estar uma gracinha, porque a senhora Darling pôs a mão no coração e exclamou: -Ah, Por que é que você não pode ficar assim para sempre?
Foi só isso que se passou entre as duas sobre esse assunto. Mas, daí para a frente, Wendy ficou sabendo que tinha que crescer. Depois dos dois anos, você sempre fica sabendo. Dois anos é o começo do fim. "

Post-Scriptum: Se possível, pegue essa edição. A tradução da Ana Maria Machado é belíssima e as
ilustrações beiram a perfeição.

"Eu não sei se alguma vez você já viu o mapa da cabeça de uma pessoa por dentro. Ás vezes os médicos desenham mapas de outras partes suas, e seu próprio mapa pode ser muito interessante. Mas eles nunca se metem a desenhar a mente de uma criança. Não só porque é muito confusa, mas porque ela fica girando sem parar. É cheia de linhas em ziguezague parecidas com os gráficos de temperatura. Provavelmente essas linhas são estradas da Ilha. Ah sim porque a Terra do Nunca é, sempre, mais ou menos uma ilha, com manchas surpreendentes de cores aqui e ali, com recifes de coral e embarcações cheias de mastros se fazendo ao largo, com selvagens e covis solitários, com gnomos que quase sempre são alfaiates e com cavernas por onde correm rios, com príncipes que têm seis irmãos mais velhos e uma cabana que está caindo aos pedaços e uma velha muito velha de nariz torto."

Mais em http://porfavorsenhorita.blogspot.com

Se puder dar uma força. :)
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Diego 11/03/2015

Os capítulos iniciais de Peter Pan são encantadores.
A inserção na história é feita por meio de uma narrativa muito subjetiva e cheia de mensagens nas entrelinhas, porém, com o avançar da leitura a sensação que tive foi que a aventura de Wendy e seus irmão pela Terra do Nunca foi perdendo o fôlego e se tornando, em vários momentos, bem tediosa.
A magia inicial só volta a aparecer no fim do livro com passagens muito emocionantes sobre o rito de passagem da infância para a vida adulta. Embora irregular vale a leitura. =D
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Helaina 17/09/2014

Descobri muita coisa que eu não sabia!
O único contato que eu tive com o menino que não queria crescer foi pelo filme da Disney, mas depois de ler o livro com a história original, fazer uma viagem para a Terra do Nunca na companhia de Peter Pan deixou de ser tão convidativo.

Esse livro me marcou. Diferente das Crônicas de Nárnia, Harry Potter ou mesmo Alice no País das Maravilhas/Através do Espelho, perdi a vontade de seguir Peter Pan para a Terra do Nunca. Tudo lá parece uma grande brincadeira. Para ele. Os meninos perdidos seguem suas ordens apenas porque contrariá-lo não parece ser uma boa ideia.

Valeu à pena ler esse livro. Conhecer melhor os Darling e seu comportamento excêntrico na tentativa de, com pouco dinheiro, manter as aparências perante a sociedade. Saber como e por qual motivo Peter foi até a casa dos Darling na noite em que ele acabou voltando para a Terra do Nunca acompanhado por Wendy, Miguel e, João e como realmente foi essa viagem.

Foi legal também descobrir como nascem as fadas e porque existem apenas meninos perdidos e não meninas. Achei muito criativa a explicação. E comecei a me interessar muito pela história do Capitão Gancho. Tem muita coisa sobre ele e seu passado que não foram explicadas na história. Agora é deixar com a criatividade dos produtores de Once Upon a Time.

Postado originalmente no blog: Mente Hipercriativa

site: http://hipercriativa.blogspot.com.br/2014/08/resenha-peter-pan.html
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BibliotecaCCBNB 04/10/2011

Disponivel para emprestimo.
Certa noite, um menino um tanto quanto diferente e especial chamado Peter Pan convida Wendy Darling e seus irmãos a voar, com a ajuda da ciumenta fada Sininho, em direção à Terra do Nunca, uma ilha mágica habitada pelos meninos perdidos que não querem crescer. Wendy e os irmãos chegam àquele local distante e descobrem um universo de seres maravilhosos. Porém, Peter Pan tem um inimigo - o terrível Capitão Gancho, comandante de um grupo de piratas em seu temido e sombrio navio, que tentará acabar com a felicidade de Peter e seus amigos.
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Paula1571 17/02/2012

Gostaria de ter lido esse livro quando criança. No entanto, a narrativa é tão linda e cativante que conseguiu me encantar mesmo hoje. Para mim, Peter Pan é uma das histórias que justifica a frase "Ninguém é velho demais para contos de fadas".
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Nedina 09/12/2012

Quando eu era pequena não tinha acesso a muitos livros. Depois que comecei a ler, li tudo que passava pela minha frente. Sendo que esse clássico nunca cruzou meu caminho antes. Mas o problema está devidamente corrigido!

Só depois de ler a sinopse (eu não leio sinopses as vezes antes de começar uma leitura), percebi que minha visão do livro está correta. Porque tenho a sensação de que eu teria aproveitado muito mais se ainda fosse criança. Não que o livro seja ruim, não me entenda mal. Só que é estranho demais crianças falando em morte. Tudo bem que elas falavam como se não fosse nada demais, sem entender a dimensão que isso atinge.

O livro é fininho e bonitinho, mas tem partes confusas. Faz entender que tudo não passa de brincadeira e as crianças estão em algum parque, mas tem hora que parece que é real. Como se a Terra do Nunca existisse. Como se o autor relutasse em escrever uma fantasia.

Enfim, leiam e tenham suas próprias conclusões porque clássicos não se explicam, apenas se sentem.

Mais resenhas em: http://blogmundodetinta.blogspot.com/
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Deise 04/08/2012

simplesmente lindo.
Esqueça as bobagenzinhas (com todo o respeito) da Disney e produções cinematográficas. Peter Pan é um livro poético, na minha opinião feito por tabela para crianças, mas de propósito a encantar adultos... é um dos meus livros preferidos, então não tem como fazer uma resenha imparcial...ressalte-se que foi bem difícil encontrar o texto na íntegra em português!


Um pequeno trecho:

"Todas as crianças crescem — menos uma. Elas logo descobrem que vão crescer,(...) a partir daí Wendy soube que teria de crescer. A gente sempre sabe, quando tem dois anos. Dois é o começo do fim.

(...) Até Wendy chegar, sua mãe era a pessoa mais importante ali. Uma mulher encantadora, com uma cabeça romântica e uma boca delicada e zombeteira. Sua cabeça romântica era como aquelas caixinhas, uma dentro da outra, que são fabricadas no enigmático Oriente: por mais que você as retire lá de dentro, sempre sobra mais uma. E sua boca delicada e zombeteira guardava um beijo que Wendy nunca conseguiu ganhar, embora ele estivesse ali, bem visível no canto direito."
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Emme, o Fernando 29/09/2014

:´-)
Eu nem sem dizer exatamente o que sinto sobre o capítulo final dessa história!!!

Só não dou 5 estrelas para esse livro pois não gostei ou não entendi bem as ironias e o desprezo que o autor tem pelos meninos e pelos homens.

Todos têm de ler....
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Dani Moraes 26/10/2014

O melhor livro infantil
É o melhor livro infantil que eu li, gostaria muito de tê-lo lido na minha infância.

Se você tem filhos, sobrinhos, irmãos ou conhece alguma criança eu super recomendo que você leia esse livro para eles.

Para saber minha opinião completa sobre esse livro e também a comparação com algumas adaptações cinematográficas clique no link abaixo.

site: http://asverdadesqueopinoquioconta.blogspot.com.br/2014/10/peter-pan.html
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spoiler visualizar
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Camila 30/11/2014

Peter Pan
"Queria ser uma criança alegre, inocente e desalmada" Peter Pan é um amorzinho de criança

site: http://our-owncollection.blogspot.com.br/
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Bruno 29/01/2014

Quem nunca viu uma adaptação de Peter Pan? Não é como se faltassem opções: o desenho da Disney, os filmes em live-action (e suas enésimas continuações e refilmagens), peças de teatro, livros baseados em adaptações, livros ilustrados. Como qualquer clássico infantil, esta é uma história cheia de fontes a jorrar e versões para escolher. É sempre interessante ler ao texto original, o que deu origem à toda a mitologia, e esta oportunidade nos é trazida por essa edição do clássico.

A proposta das edições “luxo de bolso” da Zahar traz justamente à tona estas histórias, com texto integral, um prefácio bonito, capa dura e um projeto gráfico fenomenal. A Cláudia comprou essa edição que encontrou nas livrarias por um preço bem camarada e, após a sua leitura, a própria lindeza do livro (devo ressaltar que adorei a capa) me atraiu para logo em seguida fazer a minha leitura, que terminei hoje.

O prefácio do livro fala um pouco do que acabei de citar: das adaptações, da origem da história, e um curto texto sobre a vida do autor. Qual não é a minha surpresa que a história deste livro – originalmente chamada apenas de Peter e Wendy não é a primeira história na qual o protagonista homônimo ao livro aparece, mas que este já fez parte de uma historinha anterior, The Little White Bird. O prefácio foi resumido para a edição de bolso (a Zahar mantém também uma edição grande, de luxo, ilustrada e comentada), mas já inova em me contar que texto em minhas mãos, a origem do clássico, não é bem a origem origem do clássico, mas ainda um texto anterior e relativamente desconhecido. Para alguém que quer ler e descobrir mais sobre a história, começamos bem.

Além disso, o prefácio ao apresentar um pedaço da vida do autor, adiciona uma camada simbólica que ajuda na história. O irmão mais velho do autor, David, morreu quando aquele tinha apenas sete anos, e Barrie afirma que sempre lembrará de seu irmão como aquele menino que jamais cresceria. Quando aliamos este causo à toda a temática da história, podemos perceber que há algum significado mais profundo por trás daquelas crianças perdidas em uma terra da imaginação.

Peter Pan usualmente dispensa apresentações, mas lá vai uma pelo bem da coesão textual: as três crianças Darling, Wendy, João, e Miguel, moram na Inglaterra com seus pais e sua babá, a cadela Naná. Em seus sonhos vagam pela misteriosa Terra do Nunca, onde tudo é aventura e imaginação – até quando não é mais. Pela janela de sua casa, entra o sempre infante Peter Pan e a sua fada sininho que, após tentar aprontar um pouco, acaba indo para trás e deixando para trás sua sombra, que é cortada pelo fechamento da janela atrás dele. Algum tempo depois, ele volta para buscar sua sombra e conhece as crianças Darlng. Com promessas de aventuras sem fim, convence as três a partirem voando com ele para a Terra do Nunca, onde conhecem os Meninos Perdidos, e tem várias aventuras com piratas, índios, sereias, e o que mais há. Mas lá agora a coisa é de verdade.

Estando acostumado com a adaptação da Disney e um ou dois dos filmes em carne e osso, fiquei surpreso de início com algumas das mudanças que fizeram do original (que fazem sentido no contexto da adaptação, mas é mesmo assim uma surpresa). Por exemplo, Peter neste original é o m enor dos meninos da ilha, inclusive tendo todos os dentes de leite. Para as adaptações, na qual ele deve visualmente aparentar ser o líder que é, o envelhecem para deixá-lo de estatura (quase, no caso do desenho) adolescente. Imagens mentais já são rapidamente quebradas quando sou forçado a imaginá-lo como um garoto de entre seis e oito anos.

Além disso, há um toque quase surrealista que permeia toda a história e que torna a leitura uma coisa mais instigante do que parecia a primeira vista. Uma aura similar a do realismo mágico – onde coisas estranhíssimas acontecem e que parecem se encaixar tão bem no senso comum dos personagens que causa a estranheza típica dos sonhos. Há vários exemplos a serem dados, mas o primeiro a sermos apresentados, com o perdão do leve spoiler, é a noite das crianças, na qual a Sra. Darling disciplinadamente “organiza a mente” das crianças durante seu sono, colocando os pensamentos felizes na frente e “varrendo para os cantos escondidos” aqueles nocivos. Além da própria personalidade da babá Naná, que age piamente como um ser humano decente e na posse de suas faculdades mentais. Após a estranheza inicial, é lógico que um livro que tem um caráter mais “onírico” (afinal, a Terra do Nunca é, a princípio, o lugar dos sonhos) tenha tal característica narrativa.

Narrativa essa que, por sinal, é um dos maiores atrativos de Peter Pan. Eu particularmente gosto muito do estilo, reminiscente das historinhas de ninar, onde o narrador, mesmo o onisciente, é consciente e tratado como um personagem por si só. Aquele do tipo que sabe que é um narrador e sabe que está contando uma história, se auto-referenciando como “se pudéssmos contar tal coisa para personagem, x aconteceria mas não teríamos história”. É algo que, apesar de ser quase comum em clássicos de cunho mais infantil, é algo que dificilmente vemos hoje em dia.

Apesar das comparações adaptação-original cansarem, é inevitável para mim, que tive a adaptação tanto tempo como meu imaginário de Peter Pan, ficar falando destas diferenças. Se antes em estilo, narrativa e aparências, o conteúdo e personalidades também apontam diferenças que tornaram a história original um tanto mais adulta do que imaginei que seria. A morte é tratada com mais indiferença, com piratas sendo mortos pelas mãos de crianças; a tarefa de Wendy como a “mãe” dos garotos é levada bem mais a sério, e acho que os garotos perdidos mantiveram cada um personalidades mais características no texto. Mas a diferença mais perceptível é a do próprio Peter Pan, aqui um garoto meio metido, bastante esquecido e simplesmente diferente que chega a níveis meio sinistros. Sem querer dar muito spoiler por motivos óbvios, mas o seu comportamento é mais alien do que o garoto altivo e enérgico das adaptações (mas é claro que mantendo estas características).

Apesar de ter gostado da narrativa e de desconstruir minhas imagens mentais da história, o estilo me era um pouco cansativo, de modo que parava de vez em quando para relaxar a cabeça. A história é narrada em tons juvenis, e isso parece ocultar para as mentes menores o simbolismo adulto por trás da história e do personagem, e a aura surreal ao redor de todos causa estranheza ao tratar de assuntos sinistros com a displicência de um moleque. O que, considerando o tema, faz todo o sentido.

site: http://adlectorem.wordpress.com/2014/01/29/peter-pan/
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Cheiro de Livro 01/01/2015

Peter Pan
Como a maioria da pessoas assisti o desenho da Disney algumas vezes e a imagem que tenho de Peter e Wendy é a dos traços do desenho. Não é dos meus desenhos preferidos e só fui me interessar em ler o livro depois de assistir ao lindo filme “Em Busca da Terra do Nunca” e conhecer um pouco mais sobre o autor e sua inspiração. A linda edição da Zahar colaborou também para a leitura, uma leitura bastante surpreendente.

“Alegres, inocente e desalmadas” é assim que J.M Barrie descreve as crianças na sua clássica historia “Peter Pan”. Essas três qualidades são essenciais para que as crianças sejam capazes de voar e se aventurar na Terra do Nunca. Essas três qualidades descrevem muito bem o livro. As crianças são inocentes e se jogam pela janela em uma grande viagem em uma terra desconhecida e cheia de magia. Essa é a parte encantadora da história, ai está a alegria e a inocência. A parte que causa estranheza é a violência e como todas as crianças tratam ela como algo comum. Os meninos perdidos matam alguém em toda a aventura e isso é motivo de orgulho. O livro é de 1911 mas isso não justifica o nível de violência exercido pelas crianças. Fui pega de surpresa.

Não é só a violência que torna as crianças desalmadas e aí está o melhor do livro. Elas são desalmadas porque são egoístas. Peter esquece de seus convidados, Wendy, Miguel e João, em muitos momentos, incluindo ai na viagem até a Terra do Nunca. Todos são egoístas na Terra do Nunca e Peter é o pior de todos. Só o que importa é a aventura, os amigos e a família ficam em segundo plano, um segundo plano bem distante. Peter chega a ser irritante de tão orgulhoso que é, está no limite de ser insuportável. Não esperava me irritar com Peter Pan quando peguei o livro, mas foi impossível. Peter e Gancho são bem mais ou menos, como Gancho tem a vantagem de ser o vilão.

O que faz “Peter Pan” ser tão envolvente é sua narrativa. É uma conversa com o leitor, cheia de comentários do autor, de descrições divertidas de considerações sobre os acontecimentos. A narrativa é construída para que o leitor sinta como se alguém estivesse ao seu lado contando uma historia, um narrador onipresente sim, mas que é mais do que isso, é um contador de uma historia fantástica. É uma delicia ler essa narrativa, a forma como ela é construída. A descrição da Sra. Darling, mãe de Wendy, é uma das minhas partes preferidas.

“Peter Pan” foi uma ótima leitura de um livro infantil. Bastante sanguinário, bem mais do que eu esperava em um livro para crianças, mas é um desses clássicos que quando se lê entende-se porque tornou-se um clássico. Um menino que se recusa a crescer, um crocodilo com um relógio que persegue um adulto. É a luta contra o tempo que vem nos pegar e a grande aventura que é ser criança e experimentar tudo pela primeira vez, de sonhar sem limites a ponto de sair voando pela janela.


site: http://cheirodelivro.com
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