spoiler visualizarLeh 22/06/2022
A grande saga familiar de Rosamunde Pilcher, Os catadores de conchas, lançada em 1987 na Europa e, em 1990 pela Bertrand Brasil, está ganhando uma nova roupagem. Em homenagem à 30ª edição no Brasil deste querido romance, Rosamunde Pilcher escreveu uma introdução em que conta a história da gênese desta obra.O livro é um romance de vínculos ? de uma geração para a outra; dos pais que continuam vivos; e dos símbolos e legados do passado que vêm a representar o futuro. Trata da busca da identidade no espelho fragmentado de nossa infância e do confronto com a imagem embaçada pelo aflorar das lembranças do passado. O romance é repleto de pessoas reais e impregnado de valores cotidianos; os personagens de Rosamunde Pilcher poderiam ser qualquer um de nós.O leitor é convidado a partilhar da alegria, da tristeza e da magia do livro. Ambientando a ação em Londres e na Cornualha, desde a Segunda Guerra Mundial até os dias de hoje, Rosamunde Pilcher narra a história da família Keeling, e das paixões e desilusões que a mantiveram unida durante três gerações. A família gravita em torno de Penélope, e são seu amor, coragem e senso ético que determinam o curso de todas as suas vidas.Entre os bens que são mais caros a Penélope encontra-se Os catadores de conchas, que seu pai pintou e lhe deixou como lembrança e legado. É esta pintura que simboliza para ela os vínculos entre as gerações ? o presente, o passado e o futuro. Mas é justamente o destino desta pintura que poderá vir a desagregar a família? Escrevendo com grande compaixão pelas fraquezas, desejos e alegrias humanas, a história de Rosamunde Pilcher transborda de emoção. O mundo por ela criado e descortinado para nós torna-se um lugar onde nos sentimos à vontade, um lugar ao qual mal podemos esperar para voltar, um lugar de que jamais nos esqueceremos.
?? Não entendo, sinceramente, por que o senhor deveria ser tão amável e obsequioso. Afinal, ambos sabemos que minha mãe não era uma assídua freqüentadora da igreja. Jamais foi uma mulher muito religiosa. Para ela era difícil acreditar na idéia da ressurreição e no após vida. ? Eu sei disso. Certa vez discutimos o assunto porém não chegamos a nenhum acordo. ? Nem mesmo tenho certeza de que ela acreditasse em Deus. Ainda sorrindo, o Sr. Tillingham balançou a cabeça, enquanto estendia a mão para a maçaneta da porta do carro. ? Em seu lugar eu não me preocuparia muito com isso. Ela pode não ter acreditado em Deus, mas tenho absoluta certeza de que Deus acreditava nela.?