Samara 29/07/2013
O Portal
Meus mais sinceros parabéns para a Eliane Raye, que tem uma escrita diferente, mas que continua a nos prender até o final. Gente, não conhecia a editora Vermelho Marinho, mas já fiquei encantada após ler essa obra publicada por eles. O Portal é excelente e muito distinto da maioria de histórias clichês que encontramos por ai. Amei, amei e amei! rs
Vamos lá, Elizabeth é uma menina (ela está na faculdade, mas isso não quer dizer que não seja uma menina, não é?) que cursa História na PUC, é super inteligente (deu para notar né? rs) e tinha uma vida normal quando morava em Nova York com seus pais, porém devido a alguns desafios da vida a dois, eles tiveram que se separar e Lizzie decidiu vir morar no Brasil com o pai, mas mal chegou aqui e já se viu em um problema enorme.
Foi para seu primeiro dia na faculdade, já chegando atrasada (haha ela é a minha cara rs), conheceu a bibliotecária Flávia, uma menina totalmente doida, mas que serve para deixar a vida da Lizzie mais fácil. Nunca diz nada com nada, e acho que é justamente isso que faz sentido. Apesar de adorar a companhia da nova amiga teve que ir para a sala e já enfrentar um professor bastante chato, daqueles que pega no pé e faz você passar vergonha, pois é, esse tipo de professor mesmo, mas depois de algumas páginas percebemos que não é tão mal quanto parece e pode ajudar em alguma coisa mais para frente... rs
Quando retorna, no intervalo, para conversar com Flávia, a menina percebe que a roupa de Elizabeth está suja e vai olhar o que é, e quando levanta a blusa, imaginem a surpresa dela ao ver cortes na pele da amiga formando símbolos estranhos? Nesse momento ela começa a passar mal e sai correndo da faculdade, porém quase cai e um rapaz a segura, mas logo ela se recupera e volta a correr, em direção a algum táxi, tudo o que ela precisa agora é chegar em casa e descobrir o que aconteceu.
A vida de Elizabeth vai virar de cabeça para baixo, primeiro porque ela não se lembra de como conseguiu as cicatrizes, muito menos onde esteve em seu primeiro dia no Rio de Janeiro, ela começa a forçar a mente, porém um grande branco lhe vem a cabeça. Lizzie vai perguntar para seu pai, Robert Macwood, se ele sabe onde ela esteve no dia em que chegaram ao Rio, ele, apesar de estranhar o comportamento da filha, avisa que ela saiu com um amigo, que ela chamou de Marcello.
O Marcello, um italiano de tirar qualquer menina do seu juízo perfeito, se mostra super disposto a ajudar no que ela precisar, desde as maluquices que acontecem em sua vida, até problemas com a autoestima, perto dele não tem como ela se sentir feia de forma alguma, o cara é demais rs, Lizzie apesar de ficar brava com ele de vez em quando, não consegue resistir ao seu charme e por isso sempre acaba saindo com ele.. *-*
Eu comecei a desconfiar de tudo e de todos nesse momento, é terrível achar que o cara que mais parece se preocupar com ela, pode estar por trás de um possível assassinato, na verdade dois caras (olhos brilhando rs). Mas ela precisa estar com alguém para conseguir se manter de pé diante de tantos acontecimentos, primeiro o sumiço do seu namorado (posso contar que eu o odeio? ele nem aparece na história direito, mas acho que me encantei demais com o Leonardo (depois explico quem ele é) e por isso já odeio o Steve)...
Leonardo é um médico que está está cursando pós-graduação em dermatologia na mesma faculdade que Lizzie, foi ele quem a segurou no dia em que mostraram as marcas nas suas costas e ela passou mal... Sim, eu o amo, o cara é perfeito, inteligente, bonito, educado, engraçado, ciumento, ah... (boba kk) Mas como todo bom homem ele também tem alguns problemas, por exemplo mulheres rs (chamada Francine para ser mais exata kk), coisas que eu não imaginava, fiquei muito muito brava, mas está tudo bem, se a Lizzie superou eu também superarei... rs
O livro é engraçado e triste, tem algumas cenas que eu não me aguentava e ria, a Flávia ajudou bastante nessa parte. Mas também é triste eu chorei porque não imaginava que fosse perder uma pessoa na história, só de escrever sobre isso meus olhos já enchem de lágrimas, apesar de não ser quem mostrava ser, uma perda é sempre uma perda, ainda mais se a pessoa pediu perdão e mostrou que realmente estava arrependida. Fiquei curiosa para saber se o acidente foi proposital para manter a Lizzie livre e viva, ou se foi um erro fatal mesmo.
É um livro que recomendo para todas as pessoas de todas as idades, porque mostra até onde o amor pode nos levar, o que pode mudar esse sentimento e como as pessoas reagem diante dessa reação, poucas pessoas são capazes de assumir que aquele sentimento bom e bonito chegou ao fim, talvez fosse apenas o conforto de ter alguém para chamar de seu, ou qualquer outra teoria maluca, como as que Steve criava.
Mas acredito que o mais importante é ser quem você é, independentemente de amar ou não, ser verdadeiro com as pessoas que te cercam, claro que não precisa contar tudo para todo mundo, mas ter em quem confiar é maravilhoso demais. Prestar atenção aos detalhes, às vezes seu(ua) melhor amigo(a) é louco(a) por você e você nem sabia, já pensou? rs
site: http://www.darealidadeaosonhos.com/2013/06/resenha-o-portal.html