Entre Assassinatos

Entre Assassinatos Aravind Adiga




Resenhas - Entre Assassinatos


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Beatriz.Ordonhes 16/02/2024

Cidade fictícia mais real que eu já li
É uma leitura intrigante, realmente não tenho uma palavra melhor para descrever. A escrita do autor é bem envolvente, todavia, no começo do livro tive problemas tentando engajar com a leitura, por não conhecer todas as referencias, o que é um erro pessoal meu. Os contos tem, apesar de se situarem em um período do passado, temas atuais e abrangentes sobre os preconceitos sociais, abordando o machismo, individualismo e exclusão social, dando destaque para a interpretação desses problemas em diferentes perspectivas individuais.
Quando passei da metade do livro, devo admitir que fiquei um pouco cansada do estilo como as histórias eram contadas, pois não tenho o costume de ler contos seguidos um do outro, mas, novamente, isso faz parte da mnha experiencia pessoal. No geral são historias envolventes e relevantes.
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Luana.Clemente 07/08/2023

Me dói dar essa nota pq teve dois contos que me pegaram tanto que eu daria 5 estrelas apenas por eles. Os outros 12 contos são muito bons também e gosto muito da ironia utilizada que se encaixa perfeitamente nas histórias, mas não me fizeram sentir tanto quanto aqueles 2.

A forma como a trama é desenrolada é muito boa. O autor consegue ser, de certa forma, imparcial, te dando liberdade em sua própria emoção dos acontecimentos no lugar de ditar o que o leitor deve sentir. Até porque se tentasse fazer algo do gênero seria muito, por se tratar de temas muito complexo que causam mistos de reações.

Gostei muito da temática geral do livro. Achei que o autor soube trazer as dualidades das relações que já são presentes nos cotidianos, mas que devido ao período -que por si só ja tem uma gama de enorme de questões- são afloradas e constantemente questionadas pelos próprios personagens.
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Marcos Toledo 05/01/2022

Muito bom
Gostei muito desse livro, muito mesmo.

Foi uma imersão na cultura indiana. Entendendo o povo por ele mesmo, sua condições sociais, suas lutas internas e para sobreviver.

Todos os contatos fazem a gente pensar muito. Começamos estranhando a personagem, pois somos um ?estrangeiro? lendo sobre a cultura do ?outro?, depois passamos a entender o porquê da personagem ser assim. E como as coisas naquela cidade funcionam.

Muito bom mesmo!
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Kymhy 04/04/2018

Entre Assassinatos - Aravind Adiga
No maior estilo itinerário, conheceremos alguns locais lindos da Índia. Porém, por trás de tantas belezas escondem-se histórias muito tristes sobre sofrimento, pobreza e fome. Aprenda a ouvir o que as paredes contam.

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-entre-assassinatos-aravind-adiga/
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Igor 28/02/2016

Rápida opinião
Como já existem outras duas resenhas, uma delas bastante grande, escrevo uma curtinha, com apenas o que achei de bom e de ruim no livro, para aqueles que querem apenas uma opinião rápida.

Bom, o livro conta várias histórias curtas, geralmente sobre pessoas de casta baixa e/ou pobres. Isso é interessante, pois o livro trata da pobreza, da falta de ensino, do desespero, da raiva, do sentimento de vingança, da sensação de inferioridade (e etc.) dos personagens com certa delicadeza e, muitas vezes, com um humor negro sutil.
De forma geral, o personagem, ao começar a ser descrito, é chato ou desinteressante, mas com o passar das páginas o autor te faz ter uma certa pena e entender um pouco o porque do personagem ser assim. Quando você menos vê, está gostando do personagem e chateado porque sua história terminou e já começou outra, mas dessa vez é um personagem bem chato e desinteressante, até que você começa a se interessar por ele e... bom, é um ciclo.
Os personagens são até bem variados, uns começam ruins e se mostram bons, outros começam bons e se mostram ruins.... alguns são simplórios e submissos, outros são cheios de sí e teimosos... mas no fim todos, ou quase todos, acabam te mostrando um drama que te fazem pensar "puts, coitado. Até te entendo". Se os personagens possuem histórias bem diferentes, todos se encontram neste pensamento.

O fato de serem histórias curtas tira um pouco do prazer de ler (PARA MIM, CLARO), pois acabo querendo saber o que acontece com aquele personagem, mas o autor não tem piedade e encerra a história sem te dizer o que acontece com ele.
Outra característica boa (ou ruim, dependendo de seu ponto de vista) é que o escritor não enrola muito não. Se um personagem não sabe o que dizer ou pensar, ele não descreve isso, simplesmente diz "e saiu dali". Se for ler o livro com sono, cuidado, as transições de cena podem ser super rápidas e você não notar e se confundir.

O livro é situado em Kittur, uma cidade fictícia, mas que é apresentada ao leitor em quadros, como se estivesse lendo um panfleto de viagens. Se por um lado a ideia soa boa, a execução foi chatinha haha. O problema disso é que são págnicas semi-inúteis em sua maioria, contando fatos que até têm a ver com a história, mas não tão importantes assim.

Então para quem indico?
Posso dizer que o grande acerto do autor é a delicadeza com que conta sua história, fazendo você gostar do personagem. Assim sendo, Indico para pessoas um pouco mais sensíveis (só um pouco mesmo... NÃO precisa ser daquelas que choram com o pequeno principe rs). Se você é o leitor que não consegue se colocar na pele do personagem, talvez esse livro não seja pra você.
Também indicaria para aqueles que querem ter uma ideia do que é a India, especialmente durante os anos 80, pois o autor te mostrar um pouco da mentalidade das pessoas da época, te da uma imagem menos romântica do que é a Índia e discute com você a ideia das castas.

Dou 3/5 estrelas para o livro. Isso quer dizer: Gostei! Se nunca o tivesse lido, o leria pela primeira vez sem dúvidas. Leria novamente? Não.
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Mariah 10/02/2016

Desafio Literário Skoob 2016.02
INTRODUÇÃO: No período compreendido entre 1984 e 1991, anos marcados pelos assassinatos dos políticos Indira Gandhi e seu filho, Rajiv Gandhi, a fictícia cidade de Kittur, na Índia, é palco de uma série de estórias sobre os tipos locais, com foco nas relações sociais (casamento, educação, corrupção, religião etc).

AUTOR: Nascido na Índia em 1974, Adiga viveu em seu país de origem e também nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália – de onde tem dupla cidadania. Ele lançou “Entre Assassinatos” após o sucesso do seu livro de estréia, “O Tigre Branco”, que lhe rendeu o Booker Prize de 2008. Como jornalista, foi articulista de periódicos como Time, Independent, Sunday e Financial Times.

PERSONAGENS PRINCIPAIS: Variam conforme o conto, porém diversos personagens são mencionados nas outras estórias, ainda que isso não seja salientado pelo autor.

DIA PERÍODO ROTEIRO PROTAGONISTA
Um Manhã Estação Ferroviária Ziauddin
Um Tarde Região Portuária Abbasi
Dois Manhã Morro do Farol Ramakrishna
Dois Tarde Colégio São Alfonso Shankara
Dois Noite Morro do Farol Prof. D’Mello
Três Manhã Mercado e Maidan Keshava
Três Tarde Cinema Angel Talkies Gururaj Kamath
Quatro Manhã Umbrella Street Chenayya
Quatro Tarde Poço de Água Fria Soumya
Cinco Manhã Valência Jayamma
Cinco Noite Catedral de Nossa Senhora de Valência George D’Souza
Seis Manhã Forte A Bateria do Sultão Ratnakara Shetty
Seis Noite Grande Floresta de Bajpe Giridhar Rao
Sete - Salt Market Village Murali

TEMAS: História, Migração, Política, Sociedade.

HISTÓRIA: O fio condutor da narrativa é a apresentação de personagens inseridos em uma realidade de opressão (social, sexual, religiosa), em que o conflito de classes permeia a relação de todos os envolvidos. Neste contexto, a cidade de Kittur é revelada: tanto pelos seus habitantes quanto por meio de “panfletos turísticos” na abertura de cada conto – que servem de prenuncio ao tema do texto seguinte.

AVALIAÇÃO: Não consegui escolher um conto só como favorito... E é impossível não se identificar com pelo menos algumas das personagens. Ainda que fictício, o livro me pareceu extremamente real. Se fosse um filme, “Entre Assassinatos” seria do tipo daqueles documentários “fake” elaborados para gerar consciência ativista sobre um tema social real (como “Girl Rising”, disponível na Netflix).

NOTA: 8

PRINCIPAL PONTO POSITIVO: Já tinha lido “O Tigre Branco” e ficado fascinada com a narrativa despojada de Adiga. Por ser jornalista, seu estilo de contos é bem similar a uma coluna de jornal popular.

PRINCIPAL PONTO NEGATIVO: A tradução, pois alguns termos utilizados no livro são muito locais e poderiam ser referenciados em notas de rodapé. Como li o primeiro capítulo no Kindle, poupei bastante tempo ao usar os dicionários do dispositivo.

DICA: É o tipo de livro para se ler com atenção aos detalhes, já que personagens e/ou lugares mencionados em um conto podem ser citados no outro, como uma referência cruzada.

CURIOSIDADE: Pesquisando sobre o livro, descobri que ele faz parte do Plano Nacional de Leitura de Portugal, no currículo do ensino de adultos. Isto demonstra que o caráter ficcional da obra não deslegitima a sua importante contextualização social da Índia do final do século XX.

CITAÇÕES:
“Naquele primeiro dia, uma prima sua lhe mostrou o lugar, apontando para alguns dos principais pontos da cidade [...]. Nunca mais encontrou aquela prima. Lembrou-se do que ocorreu depois: a terrível contração, a vida que ficava cada vez menor a cada dia na cidade. Percebia agora que aquele primeiro dia na cidade estava destinado a ser o melhor: você já foi expulso do paraíso no momento em que entrou na cidade” (página 200). Esta passagem foi uma das minhas favoritas...

“Você sabe qual é a grande diferença entre ser rico e ser como a gente? Os ricos comentem erros muitas e muitas vezes. A gente comente só um, e já era” (página 249). Similar ao Brasil?...

“Murali era um homem instruído [...]. Seus olhos se encheram de lágrimas. Procurou livros de ficção e poesia, mas o que melhor pareceu expressar seus sentimentos foram as palavras de uma música do cinema que tinha ouvido no ônibus. Então é por isso que o proletariado vai ao cinema, pensou. [...] Ela está me evitando – sentiu uma pontada no coração. Agora entendia tantas outras músicas de filmes. Era disso que falavam, da humilhação de ser evitado por uma menina depois de virmos tão longe para vê-la...” (página 331). O básico da Teoria Pedestáltica do Brit Rock... E, tem termos literários, é Nick Hornby purinho – impossível não associar à “Alta Fidelidade”: “Eu era infeliz porque ouvia música pop ou ouvia música pop porque era infeliz?”
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flavisouza 05/01/2016

É uma leitura bem diferente. E me agradou bem depois que compreendi seu formato.

Começa pelo título que achei fantástico. Quando vi o livro, o peguei achando que seria um suspense com assassinatos rs... Não é, entre assassinatos é o período que as histórias são narradas: assassinato de Indira Gandhi, em 1984, ao de seu filho Rajiv, em 1991.

São ao todo 14 histórias que acontecem na cidade fictícia de Kittur, na Índia. As histórias não têm uma ligação direta, mas sempre tem um personagem que acaba aparecendo na história seguinte, não como protagonista, nem nada do tipo, é mais como uma participação especial, ou ainda como os Easter Eggs da Disney ou Pixar.

O que me intrigava no começo da leitura, é que as histórias começam do nada e terminam do nada, sem um fim. Diferente, mas interessante.

O autor morou por muitos anos na Índia então tem um domínio muito grande dos aspectos culturais o que, a meu ver, torna a leitura referencial sobre o assunto.

Gostei bem... Não é excepcional, mas é gostoso de ler...
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