Resenhas - Sete

Joachin 02/12/2012

Se para Jeanne-Marie Gagnebin, no ensaio "O início da história e as lágrimas de Tucídides", esse historiador grego foi pioneiro ao tentar compreender a história por meio das relações de poder e da dominação, talvez mais uma vez suas lágrimas sejam evocadas ao percebermos que na historiografia contemporânea essa orientação pode ser muito bem associada a uma retórica poética, lírica - como era praticada por Heródoto - porém, guiada pela noção de prova, alicerçadas pelos documentos que podem ser muito bem analisados por critérios racionais e críticos. A lição dessa disputa levada a cabo por Tucídides que fica para os historiadores contemporâneos, que já podem desfrutar dos louros de integrarem uma vertente institucional do saber, é que retórica, estilo crítico e racionalidade, longe de se excluírem, se integram e se completam.