Mevitevendo

Mevitevendo Artur da Távola




Resenhas - Mevitevendo


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vaporbarato 06/08/2023

é muito sabido esse Artur da távola. adorei as crônicas porém tem umas chatinhas mesmo, e ele bem sabe!
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Henrique Fendrich 04/09/2019

A empatia de Artur da Távola
Não é de se estranhar que as crônicas de Artur da Távola sejam tão pouco conhecidas entre nós: seu estilo, ao contrário do que se espera para o gênero, não privilegia o trivial senão como motivação para complexas análises comportamentais. E, no entanto, que bom seria se fossem mais conhecidas! Porque o sentido maior que transborda pelas crônicas de livros como “Mevitevendo” (Nova Fronteira) é o da empatia e o da consideração pelo sentimento do outro (coisas importantes, mas que, como o escritor, andam meio fora de moda).

Grande observador, Artur da Távola escreve textos “completos”, isto é, que esmiúçam toda uma realidade para alcançar algumas verdades. Faz isso ao refletir sobre sentimentos, especialmente relacionados ao amor, mas também sobre condições como a juventude, a timidez ou a solidão. Os temas podem parecer batidos, mas é justamente pela originalidade de pensamento que Artur da Távola se destaca.

O cronista, atento às tendências (os textos são da década de 70), também aborda de maneira franca e inteligente assuntos como a posição do pai contemporâneo e as dificuldades na educação dos filhos. E não faz isso de maneira dogmática: ao contrário, expõe todas as suas dúvidas. É também pela sua sinceridade, que chega ao paroxismo em “Ato leigo de contrição”, que Artur da Távola provoca no leitor a mesma empatia em que acredita.

Este livro, ao contrário de “Alguém que já não fui” e “Cada um no meu lugar”, conta com alguns textos de reminiscências, embora o cronista deixe claro que não os escreveu com a nostalgia de quem acha melhor a vida do passado. Estão lá, como em todos os livros, os jogos de palavras que Artur da Távola faz para delas extrair significados maiores (a diferença entre “fazer anos” e “aniversariar”, “neurose” e “neorose”, “vencer” e “venser”, por exemplo).

E se destacam crônicas como a que escreveu sobre a figura do garçom, ou a que escreveu a favor dos perdedores, além de ideias como a que associa cristianismo a comunicação e a interessante defesa que faz do mito diante da ciência. Um ou outro texto não se constitui propriamente em crônica, mas pequenas notas – e nem por isso deixam de evocar a mesma vida mais equilibrada e tolerante que ainda nos parece tão difícil conseguir.
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claudioschamis 16/02/2009

Do saudoso Artur da Távola que tinha a medida certa de fazer crônicas.


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